Fases do ensino

Fases do ensino

        O método de ensino foi mudando ao longo do tempo. A maioria das pessoas estava acostumada ao tradicionalismo, a forma de decorar a matéria e o medo do professor. Esse método tinha suas vantagens, a matéria era passada de uma forma mais rápida, mas também tinha suas desvantagens, pois limitava o aprendizado do aluno, o poder era dado ao professor, somente ele tinha o conhecimento. Aos poucos tudo foi mudando, os alunos passaram a ser considerados, passaram a ter seu espaço, interagindo em sala de aula, e suas capacidades, independente do grau, passaram a ser respeitadas. Daí surgiu o construtivismo.

A partir do construtivismo, o aluno passou a sentir mais vontade de aprender, de estar em sala de aula, podendo expor suas ideias. Podemos ver através do construtivismo, que as crianças deixaram de ser “depósito de informação”, onde tinham a obrigação de decorar a matéria. A escola e o professor passaram a ter o compromisso de estimular a capacidade e a intelectualidade do aluno, pois o raciocínio e o conhecimento evoluem com o passar do tempo. Segundo Jean Piaget, grande pesquisador da educação, quem desenvolveu o pensamento construtivista, a criança desenvolve-se por fases de sua vida, desde que nasce até sua adolescência, onde define seu modo de pensar. Ainda hoje, há um pouco de dificuldade em relação à adaptação do construtivismo, tanto para o aluno quanto para o professor, pois é um método diferente, onde o aluno interage e se expõe perante o restante da sala, e os professores têm um pouco mais de dificuldade em preparar as aulas. Ainda no construtivismo, segundo o psicólogo Lev Vygotsky, temos o construtivismo sócio interacionista, onde o aluno é incentivado a interagir com a sala, estuda de forma agrupada, ajudando no conhecimento uns dos outros.

        Em Portugal, foi criada a Escola da Ponte, bem diferente das escolas que vemos aqui no Brasil. Lá, o professor José Pacheco, criador da escola, defende que cada um aprende de um jeito, no seu tempo; deve-se ensinar cada um da maneira que consegue aprender.

Segundo Dermeval Saviani, criador da pedagogia histórico-crítica, as pessoas devem ter suas opiniões, expor ideias, serem críticas, para que a educação possa mudar e ser igual para todos.

        De acordo com Philip Perrenoud, sociólogo suíço, o professor não pode deixar de lado sua compreensão, sua sensibilidade, tem que pensar em si mesmo, em seus atos, para ser melhor também como profissional. Para ele, cada dificuldade leva o ser humano a desenvolver suas competências, pois em cada dificuldade busca por algo novo, por aquilo que possa ser útil a ele.

        Portanto, vendo os diversos modos de ensino e suas dificuldades, temos que compreender que cada ser humano, cada criança, cada aluno tem seu modo de agir e pensar, seu modo de aprender. Sendo assim, temos que pensar na melhor forma de ensinar, de interagir com os alunos, professores e escola, para que juntos  possamos transformar a educação e fazer um mundo melhor.