Fundamentos teóricos e metodológicos da educação inclusiva
Pesquisas Acadêmicas: Fundamentos teóricos e metodológicos da educação inclusiva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alinetarcila • 26/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.537 Palavras (11 Páginas) • 1.726 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O direito de acesso à escola, resguardado atualmente pela Política Nacional de Educação a todas as crianças, independentemente de gênero, etnia, classe social e condições de aprendizagem, traduz o reconhecimento da fundamental importância deste espaço na formação de cidadãos, e nos remete ao controverso tema da inserção do indivíduo com necessidades educacionais especiais preferencialmente no ensino regular, como dita a Lei no. 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu capítulo V, artigos 58, 59 e 60, bem como as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, editada em 03/07/2001, sob o parecer no. 17/2001.
As discussões acerca da inclusão estão se tornando mais constantes, sistemáticas e sentidas por muitos como algo recente, entretanto tais discussões, há tempo, vêm norteando reflexões referentes á construção de uma sociedade inclusiva. Ao considerarmos a inclusão como um tema complexo, que envolve a sociedade como um todo, as mudanças de atitude devem ocorrer em todas as instâncias, escola, trabalhos, lazer, oportunizando a todas as pessoas o acesso aos bens coletivos.
Com a realização de uma pesquisa jornalística de uma instituição educativa fundamenta-se no paradigma de suporte que norteia a educação inclusiva, a qual prevê ajustes educacionais para que todos os alunos participem da escola comum. Com o intuito de organizar melhor as discussões a cerca do atendimento especializado aos alunos com necessidades especiais em sala de recursos dividimos como se dar o funcionamento da sala de aula com a intervenção realizada de uma professora especialista. A coleta de dados consistiu das fases: (a) descrição da sala de aula de recursos; (b) análise do plano de ensino da professora; (c) aplicação de entrevista e discussões sobre teorias e praticas na educação inclusiva com a professora especialista; A analise contou com os procedimentos: caracterização da realidade investigada, análise das entrevistas. Como resultados o estudo aponta a existência de divergências entre políticas educacionais e realidade escolar investigada. O objetivo em caracterizar o funcionamento dessa sala de recurso e realizar a intervenção junto a uma professora especialista para auxiliá-la na implementação de ações educacionais inclusivas, entre elas, a adoção e preenchimento de um documento de adaptações curriculares, para favorecer que os alunos dessa sala pudessem acessar o currículo comum como qual que aluno comum da escola. A intervenção permitiu que a professora refletisse sobre a sua atuação com base em novos procedimentos de ensino.
Considerando que os fundamentos teórico-metodológicos da Educação Inclusiva, baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à diversidade dos educando, é imprescindíveis uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para o atendimento das necessidades educativas de todos os alunos, com ou sem deficiências. Infelizmente, o despreparo dos professores figura entre os obstáculos mais citados para a educação inclusiva.
1. INCLUSÃO.
Antes de tudo, é melhor que se defina o que significa Inclusão Escolar. Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como “perfeitos e não perfeitos”, “normais e anormais”.
É aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica.
Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada “privilegiada”, mas uma conduta que possibilitasse o “fazer parte”, um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática traz vários benefícios que serão abordados em um próximo artigo.
A escola inclusiva é aquela, como dito anteriormente, que se organiza para atender alunos não apenas ditos “normais”, mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.
Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.
Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre “ensinar inclusivamente”? É como se quiséssemos colher os frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.
A Inclusão Escolar só pode ser viável enquanto fruto e não como terra ou arado. Ela só poderá acontecer realmente quando aquele que tem a função de plantar, ou seja, o professor e toda a equipe que faz parte do funcionamento da escola, desde a direção até o servente, mudarem sua atitude em relação ao lidar com a diferença, aceitando-a, estabelecendo novas formas de relação, de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores que abarcam pena, repulsa e descrença.
A Inclusão Escolar depende antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da Escola e da Sociedade, da qual aquela faz parte, da necessidade de se educarem a si mesmas para lidar com a diferença, antes de criarem técnicas, estratégias ou métodos.
Quando reflito sobre a Inclusão Escolar, dois sentimentos se apropriam de mim: o receio de como esta será conduzida e a preocupação com um equilíbrio filosófico que lhe dê suporte.
As atitudes extremas e radicais, não e um bom caminho a ser percorrido, por serem eles disfuncionais. A meta tem que se basear num enfoque
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