Gestão Democrática na Escola
Por: Paula Gabi • 30/8/2019 • Trabalho acadêmico • 1.279 Palavras (6 Páginas) • 140 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO - UERJ
Pedagogia
Gestão democrática da escola: bases epistemológicas, políticas e pedagógicas
Rio de Janeiro - RJ
1º Semestre, 2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO-UERJ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Gestão democrática da escola: bases epistemológicas, políticas e pedagógicas
Resenha apresentado como requisito para avaliação da disciplina Top. Esp. VI-Educação II- Gestão Democrática (EDU02-08281) do curso de Pedagogia - UERJ
Rio de Janeiro - RJ
1º semestre – 2014
Gestão democrática são fruto de ideias e valores que conduzem e aparam a organização sociopolítica da nossa sociedade. As ideias, os sentidos, os valores de determinadas práticas sociais estão embasadas no que chamamos de paradigma. Paradigma entendido não apenas como modelo ou padrão, mas também como um campo complexo de conceitos que contém e comporta uma determinada concepção de homem e de mundo e das relações que se estabelecem entre sujeito e objeto do conhecimento. A análise das bases epistemológicas da gestão democrática da escola supõe, e até exige, uma análise dos paradigmas que estão na fundação das formas de organização social e política assumida pela sociedade atual.
Genuíno Bordignon e Regina Gracindo (2002), ao abordarem e mesma temática, afirmam que a gestão democrática pare se construir enquanto tal deve se amparar num paradigma emergente que tem como características básicas uma concepção dialética da realidade, o entendimento de que existe uma relação intersubjetiva entre sujeito e objeto do conhecimento e que entende o homem como sujeito histórico que sofre os condicionantes da realidade atual, mas que traz consigo a capacidade histórica de nela intervir.
Esse paradigma vai se contrapor ao racional-positivista ou empírico analítico que está na base das orientações para a condução da gestão da educação e da escola em seu formato técnico-científico. Suas características básicas consistem em considerar a realidade como um todo estruturado e advogar a neutralidade da relação entre sujeito e objeto do conhecimento (SANTOS FILHO, 2000). Tal paradigma constitui a base da concepção técnico-científico de gestão escolar que por muito tempo dominou, e ainda domina os processos de gestão da escola e da educação.
Vitor Paro (2001b) e Líbâneo (2001) nos explicam que na gestão escolar e da educação com base nesse modelo, existiam os técnico-formuladores das políticas que detinham o conhecimento e que, portanto, traçavam os caminhos, as metas e as estratégias que a escola deveria seguir pra assegurar a boa condução do trabalho pedagógico, garantindo, assim, a efetivação de uma educação de qualidade. Vale ressaltar que a ‘qualidade da educação’ também era determinada por eles.
A base de organização da gestão da educação e da escola não será piramidal e hierarquizada, mas adotará um desenho circular que pressupõe a inter-relação entre os atores sociais (diretores, coordenadores, professores, pais, alunos etc.) e uma partilha de poder, o que implica co-responsabilidade nas ações da escola. LIBÂNEO (2003) deixa essa explicação bem clara, inclusive, um desenho esquemático da organização escolar com base numa gestão democrática. Os atores sociais são considerados sujeitos ativos do processo, de forma que sua participação no processo deve acontecer de forma bem clara e com responsabilidade. Aqui se torna necessário enfatizar a participação e autonomia como dois princípios básicos da gestão democrática.
O processo de redemocratização, iniciado aqui no Brasil em meados da década de 80, em que ganham representatividade nos movimentos sociais, baseadas numa perspectiva de direitos sociais coletivos e da cidadania coletiva (GOHN, 1997, p.226), é, ao mesmo tempo, um reflexo e um exemplo dessas mudanças. Contrariamente a esses ideais e bandeiras, esse processo vê ganhar forças e assumir a direção do país, correntes com base nos postulados neoliberais, que têm vindo a nos impor paulatinamente uma reforma do Estado com base nos princípios do neoliberalismo. Nesse contexto, as políticas sociais, dentre elas, a educacional, tornam-se alvo de adequações e ajustes que as conformem, numa perspectiva de minimizar as ideias e tendências que têm se revezado no poder.
Importante destacar a ruptura do regime autoritário para um regime democrático que veio para organização o país, com inclusão dos princípios democráticos no seu caráter universal que atingiu os processos de políticas publicas. Já no campo educacional se consolidou através da Constituição Federal (1988) e a nova Lei Diretrizes Básicas da Educação Nacional que promulgada em 1996.
Anderson (1995), Gentili (11996), Soares (2000), estudam as políticas educacionais no contexto neoliberal, nos entendimentos dos autores o estado neoliberal reafirmar sua s responsabilidades sobre o oferecimento da educação básica, mas divide a responsabilidade com iniciativa privada e a comunidade geral e sugerem que os problemas na campo educacional são frutos de uma crise de eficiência e da eficácia. Para Gentili (1996) e um processo causador precariedade da qualidade de ensino que resulta nas improdutividade das praticas pedagógicas.
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