Guia de Regras e Código de Conduta
Por: julialacerda • 13/4/2015 • Resenha • 6.328 Palavras (26 Páginas) • 289 Visualizações
SISa 2014
O Presidencialismo de João Goulart -
1963 e a Pré-Ditadura Guia de Estudos
Diretores:
Julia Amed
Julia Cotrim
Julia Lacerda
Larissa Consoli
Yuri Barreto
[pic 3]
CONTEXTO HISTÓRICO
Jânio Quadros página 3
Parlamentarismo, Plebiscito e Presidencialismo página 3
Radicalização: Reformas e Política Externa página 4
Oposição Ascendente página 5
Sociedade página 5
BANCADAS E REPRESENTAÇÕES
Bancada Aliada a João Goulart página 6
Bancada Opositora a João Goulart página 8
GUIA DE IMPRENSA
Jornais /Rádio página 12
APPLICATIONS
Proposta de Application página 13
[pic 4]
♦ Jânio Quadros
Jânio Quadros foi eleito e tomou posse em 31/01/1961 em Brasília. Foi o primeiro presidente a tomar posse na nova capital, em uma época conturbada no cenário mundial: estava acontecendo a construção do muro de Berlim e a Guerra do Vietnã já se estendia desde 1959, ou seja, a Guerra Fria estava no auge.
Jânio tinha a responsabilidade de administrar a crise causada pelo governo de seu antecessor, Juscelino Kubitschek. Por conta principalmente de medidas como: projeto de modernização a partir da industrialização, ‘invasão’ das indústrias estrangeiras no território nacional e o Plano de Metas, várias mudanças ocorreram no país. Entre elas: a dívida externa aumentou muito, consequentemente os impostos e a inflação também; a dependência externa se intensificou; surgiram problemas de infraestrutura urbana causados pelo êxodo rural; sucateamento da produção agrícola; houve inchaço na máquina administrativa do Estado. Por isso, sob o governo de Jânio o país vivia o caos, porém, via-se na sociedade um nível de organização política que nunca se tinha visto no país.
• Política interna:
Com uma postura desconcertante ocupou-se com questões irrelevantes para a importância de seu cargo, como a proibição do lança-perfume, do biquini e das brigas de galo, além da implementação de uniformes para funcionários públicos. Porém, também tentou alinhar a política brasileira aos princípios do FMI e tinha simpatia com a reforma agrária. Dessa forma, desagradava conservadores e esquerdistas.
• Política externa:
Rompe com as orientações norte americanas, e busca novos parceiros econômicos, pois desejava maior autonomia do que os EUA proporcionavam. Visitou Cuba após eleito, em 1960 - demonstrando simpatia ao governo de Fidel – e a URSS. Já quando presidente condecorou Ernesto Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, enfurecendo os conservadores. Esse gesto simbolizou sua política externa independente, que consistia na busca de uma terceira via para o país, aproximando-se do bloco socialista. Além disso, essa política prezava pela ampliação dos mercados externos, busca da paz por meio da coexistência pacífica e do desarmamento e emancipação completa dos territórios que ainda não haviam conquistado a independência.
Recebendo críticas de todos os lados, sem apoio no Congresso, recebendo veementes críticas de Carlos Lacerda e do seu próprio partido, Jânio renuncia em 25/08/1961, falando sobre as ‘forças terríveis’ que o levavam a isso. Esse ato, para alguns historiadores, foi uma tentativa de conclamar a opinião pública, fazendo-o voltar com mais poder. Porém, o comunicado foi recebido pelo Congresso sem maiores alvoroços.
♦ Parlamentarismo, Plebiscito e Presidencialismo
Segundo a Constituição, quem deveria suceder Jânio era seu vice, João Goulart – do partido PTB, de esquerda. Porém, João Goulart estava em visita a China nesse momento, e quem assumiu provisoriamente foi o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili. Porém, alguns ministros militares de Jânio (Gal Odílio Denys, Brigadeiro Grun Moss e Almirante Spilvio Heck), tentando um golpe, vetaram a volta de Jango para o país por razões de ‘segurança nacional’. Porém, não contavam que haveriam militares a favor da posse do vice. Gal Machado Lopes – um desses militares - iniciou a batalha da Legalidade, movimento que assumiu caráter mais civil do que militar. Leonel Brizola, governador de estado do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango, liderou a Legalidade chamando a população pelo rádio e promovendo assim diversas manifestações populares contrárias aos militares golpistas. Quando recebeu a notícia de que o ministro da Marinha estava enviando forças navais para o Sul, ameaçou fechar a entrada de Porto Alegre e afundar os navios.
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