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Guia teorico do alfabetizador

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.398 Palavras (10 Páginas)  •  363 Visualizações

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PERCURSO HISTÓRICO DOS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

O primeiro período da alfabetização iniciou na antiguidade e foi até a idade média com o método de soletração, o segundo durante os séculos XVI e XVIII e foi até 1960 que rejeitou a soletração e criou o método sintético e analítico, com cartilha com métodos analisados a luz da linguistíca,já no terceiro  período iniciou na década de 1980 com a teoria da psicogênese da língua escrita associando os sinais gráficos  ao som da fala para aprender a escrever, o quarto período foi a reinvenção da alfabetização em decorrência do fracasso  da alfabetização no brasil com a necessidade da organização do trabalho docente e a sistematização do ensino  para alfabetizar letrando.

1PRIMEIROS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

O quarto período a da reinvenção da alfabetização surge em decorrência de práticas equivocadas e inadequada sobre a teoria construtivista. O alfabetizar letrando vem baseado na sociolinguística e psicolinguística com organização do trabalho docente, com base na realidade do aluno, uso da oralidade por dialogo, com leituras, produção e interpretação de textos de vários gêneros.

No primeiro período foi criado o alfabeto, a alfabetização ocorria de forma lenta, as criança tinham que decorar as 24 letras (gama, beta, alfa etc.) na ordem alfabética e no sentido inverso, depois é que era apresentado a forma gráfica para associar o valor sonoro, as primeiras letras apresentadas eram as maiúsculas e depois as minúsculas, tinham que memorizar a a associação das letras as formas igualmente ocorria com a família silábica.

Na idade média os textos usados tinham cunhos religiosos escritos em latim, as crianças aprendiam O abecedário quatro letras por, A, B, C e D, nesta época foi encontrado em museus suportes de textos em couro tecido e ouro e em tabuletas de gesso ou madeira o alfabeto, nesta época surgiu também alimentos com formato de letras dando origem a sopa de letrinhas

A partir do século XVI, surgiram vários métodos, que não deram certo, o fônico foi rejeitado, mas no século XVIII alguns defensores voltaram a usá-lo dizendo que a metodologia resolveria o fracasso escolar, na língua portuguesa, a menor unidade pronunciável perceptível para o aprendiz é a silaba e não o fonema, pois embora tenha escrita alfabética, na oralidade, o português é silábico. Surge na França o método silábico que é a junção das consoantes com a vogal formando silabas e de silabas para forma palavras, já o método global parte da da realidade das crianças, trabalha o sincretismo, a análise e a síntese. O autor parte da lógica de que a criança aprende a falar com palavras inteiras do mesmo modo aprenderão ler e escrever com palavras significativas.

A soletração, o fônico e o silábico são de origem sintética parte da unidade menor para a maior une a letra sílaba e a silaba apalavra que formam sentenças que formam textos, a palavração é analítica partem da unidade que possui significado.

O MÉTODO DA CARTILHA

A cartilha teve origem em Portugal veio para o brasil como material para ensinar a ler e escrever, não apresenta os abecedários. A Partir de 1930 cresce o número de cartilhas publicadas tornando um grande negócio, em 1944 surge o manual do professor ensino-o como usar a cartilha, as cartilhas apresentam falhas que ainda são cometidas pelos professores em sala de aula, a cartilha não está em sala de aula mas sua metodologia sim nas atividades mimiograficas nos cadernos. Alguns dos seus problemas a mesma estruturação lições que partem de uma palavra chave, com exercícios de monta e desmonta palavras que visam a memorização limitando o conhecimento, no final traz um texto que que são compostos por palavras dominadas que não deixa o aluno a desenvolver-se.    

O mesmo modelo de cartilha é usado em todo o pais não considerando as diversidades culturais. Linguagem falada tem marcas típicas da oralidade, o modo que se fala de acordo com a região não pode ser escrito da da mesma maneira, a cartilha trabalha em cima disso no quesito repetição de palavras para memorização. Um problema frequente é que a atividade escrita prevalece sobre a fala, podendo, os textos apresentados não tem   unidade semântica não apresentam contextualidade, o aluno traz habilidades de reproduzir textos orais, mas ao deparar com textos artificiais conclui que sua oralidade é errada.

Sua metodologia tornou-se insuficiente para atender a sociedade atual, o aluno tem que saber codificar de descodificar sinais, é necessário que saiba se comunicar plenamente por meio da escrita, com diversos tipos de discurso, tem que transpor habilidades verbais da criança para a escrita aproveitar suas habilidades como falar contar histórias para desenvolver textos.

O respeito pelo aluno é fundamental e tudo que ele produzir deve ser elogiado e não criticado, todo o material didático pode ser melhorado para ser desenvolvido um bom trabalho dentro da sala.

O objetivo da cartilha é fazer as crianças memorizarem letras e silabas, saberem decodificar e descodificar esses sinais transformando a fala em escrita. A cartilha não dá ao aluno o direito de falar, só de escrever, não pode expressar o que pensa, e apresenta os piores textos diminuindo o gosto pela leitura.

O MÉTODO DE PAULO FREIRE

Criou o método de alfabetização de adultos com dialogo e conscientização, com decodificação e descodificação, busca transformar a consciência ingênua do alfabetizando em consciência crítica, por meio de leitura do mundo, com analise e síntese fixação de leitura escrita desenvolvendo a consciência silábica e alfabética, levando o aluno ao domínio das correspondências em grafemas e fonemas.

A ESCRITA ALFABETICA:POR QUE ELA É UM SISTEMA NOTACIONAL E NÃO UM CODIGO? COMO AS CRIANÇAS DELA SE APROPIAM?

Para os antigos métodos de alfabetização as crianças eram tabula rasa, para ler e escrever era preciso habilidades perceptivas e motoras, recebendo aos poucos informações sobre a leitura e seu valor sonoro, o professor esperava que o aluno se alfabetizassem com os treinamentos de repetição de correspondência.

O alfabeto é um sistema nocional diferente de código, a escrita alfabética por ser um sistema notacional seu aprendizado é um processo cognitivo complexo, no qual as habilidades perceptivas e motoras não tem um peso fundamental.

Para um aprendiz que ainda não está alfabetizado dominar o alfabeto é bem mais complexo, pois é preciso compreender o (SEA), é a própria criança que reconstrói em sua mente as propriedades do (SEA), para domina-lo, ela tem que compreender os aspectos conceituais para que possa memorizar as relações letra som de forma produtiva sendo capaz de gerar leitura ou a escrita de novas palavras.

O principiante pensa sobre fonemas como unidade que está disponível em sua mente, as crianças compreenderiam que cada letra substitui um fonema Nesta visão equivocada, a apropriação da escrita alfabética é sempre vista como a “aprendizagem de um código”. Ler seria “decodificar” e escrever seria “codificar”.

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