HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA
Por: Bruna Steinmacher • 20/6/2016 • Projeto de pesquisa • 8.162 Palavras (33 Páginas) • 386 Visualizações
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA
A educação Contemporanêa no Brasil: Paradigma e Desafios
A chegada do século XXI vem marcada por uma série de características próprias. Hoje, se convive com uma multiplicidade de olhares, incertezas e conflitos de toda natureza. Em meio a tudo isso, como fica a Educação?
As discussões da área educacional convergem para a ideia de que a escola contemporânea deve estar atenta não somente às necessidades emergentes e atuais de formação e conhecimento, como, também, ao seu papel maior, que é o de propiciar processos formativos que contribuam para o desenvolvimento pessoal do educando, no que diz respeito a sua formação para a cidadania. Assim, um dos seus maiores desafios é trabalhar com a reelaboração crítica e reflexiva do educando, de modo a prepará-lo a enfrentar as desigualdades sociais na sociedade capitalista.
Nessa ótica, a Educação deve ser entendida não somente como acesso à ascensão material e retorno financeiro, mas em um sentido transcendental, transformando-se em um instrumento de crescimento pessoal, de aprendizagem para a vida.
Convive-se com o tradicional e o novo, com as teorias idealistas, realistas, sociais, existenciais e caminhamos para uma Educação universal, sustentável e planetária. As novas tecnologias que surgem vêm permitindo a difusão do conhecimento por meio, principalmente, da internet.
Segundo Mascarenhas (2000), a civilização vive um momento de excepcionais possibilidades. A globalização das comunicações iconizadas, pela web, o enorme impulso das pesquisas básicas e tecnológicas, as novas tecnologias rompendo barreiras de povos e culturas, a era espacial que já penetra nas estruturas sociais e culturais, sobretudo pelas telecomunicações, podem oferecer contraposição ao título de “longo amanhecer”, escolhido por Furtado, um “novo amanhecer”, caso se saiba entender e aproveitar essas novas oportunidades.
Gadotti (2006) afirma que a Educação, para o século XXI, deve-se pautar em reflexão crítica e prática, pois elas não podem estar dissociadas. Continuando o autor, a Educação deste milênio deve estar atenta a algumas categorias, tais como cidadania, tendo a escola como um dos objetivos “refletir sobre o processo de globalização da economia, da cultura e das comunicações”.
Uma das tarefas mais importantes no processo educacional, hoje, é ensinar como chegar à informação. Parte da consciência de que é impossível estudar tudo, de que o conhecimento não cessa de progredir e se acumular. Então, o mais importante é conhecer os meios para se chegar até ele.
Defende-se que a Educação no século XXI deverá ser uma Educação ao longo da vida, que deverá se preocupar com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo, e não somente com a formação profissional.
E o professor? Como este se insere nesse contexto e qual é o seu papel em meio a tantas transformações? O que é ser professor no século XXI?
Esta é uma pergunta para a qual não há resposta fácil. Mas, uma coisa é certa, o tempo atual, caracterizado por mudanças constantes e velozes, traz desafios para o professor e o estimula a repensar continuamente sua prática.
Para Smolka (apud ARANHA, 2011), professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a rapidez das mudanças, no mundo de hoje, é quase sufocante e é preciso descobrir como lidar com o acúmulo de conhecimento. O professor do século XXI tem incorporado toda a produção intelectual dos séculos passados e seu desafio é se formar e transformar sua prática constantemente, levando em conta as produções culturais e históricas atuais.
A história da Pedagogia deste século ainda está sendo escrita, mas o que se quer escrever para as futuras gerações?
Vive-se em uma época de crise, mas de ricas potencialidades, na medida em que a sobrevivência do próprio processo civilizatório depende da construção de uma sociedade educacional, ou seja, nenhuma formação social sobreviverá se seus governos, suas instituições e suas classes sociais não entenderem que a única saída está na Educação para toda a vida, de todas as pessoas, pois a cidadania ativa não pode mais ser prerrogativa de uma minoria (ROMÃO, 2006, p.45).
Em resumo, Silva e Cunha (2002) afirmam que a Educação no século XXI estará atrelada ao desenvolvimento da capacidade intelectual dos estudantes e a princípios éticos, de compreensão e de solidariedade humana. A Educação visará a prepará-los para lidar com mudanças e diversidades tecnológicas, econômicas e culturais, equipando-os com qualidades, como iniciativa, atitude e adaptabilidade. Não se pode esquecer, a universidade, neste contexto, tem seu papel ampliado.
Educação Tribal: Esta fase caracteriza-se pela aprendizagem infantil por meio da imitação e reprodução de gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias das rituais atividades diárias e nas cerimônias dos rituais.
Educação no Renascimento: Nesta fase, educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. A meta da escola agora não se restringe apenas à transmissão de conhecimentos, mas também à formação moral.
Educação Contemporânea: Esta fase caracteriza-se pela visão de Educação ao longo da vida, a qual deve preocupar-se com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo, e não somente com a formação profissional.
A Educação Nacional no Século XIX
O século XIX vê surgir das entranhas do Iluminismo do século XVIII duas concepções antagônicas de organização social e de educação. De um lado está o Positivismo, que busca consolidar o modelo burguês de Educação e, de outro, o movimento popular e socialista.
O primeiro tem Augusto Comte como expoente máximo; no segundo, o nome é Karl Marx. Eles representam correntes de pensamento que, ao lado do ideário católico e do liberalismo, influenciarão o pensamento pedagógico brasileiro do século XX.
No século XIX é que se concretiza, com a intervenção cada vez maior do Estado, o estabelecimento da escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatiza-se a relação entre Educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. Daí o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas científicas (SOUSA, 2006).
Dentre os principais pedagogos, destacam-se: Pestalozzi, que é considerado um dos defensores da escola popular extensiva a todos e que reconhece firmemente a função social do ensino, que não se acha restrito à formação do gentil-homem; Froebel, que privilegia a atividade lúdica, por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório-motor e inventa métodos para aperfeiçoar as habilidades; e Herbart, para o qual a conduta pedagógica segue três procedimentos básicos: o governo, a instrução e a disciplina.
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