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INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO NA REDE REGULAR DE ENSINO

Por:   •  25/7/2016  •  Artigo  •  3.932 Palavras (16 Páginas)  •  510 Visualizações

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRO REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E EDUCAÇÃO ESPECIAL.

                                SIRLENE FARIA DE SOUZA FERNANDES

INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO NA REDE REGULAR DE ENSINO

CORONEL FABRICIANO - MG

2016

                                         UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRO REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM  ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E EDUCAÇÃO ESPECIAL.

                          SIRLENE FARIA DE SOUZA FERNANDES

 INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO NA REDE REGULAR DE            

                                                                ENSINO

Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Atendimento Educacional Especializado e Educação Especial.

CORONEL FABRICIANO - MG

2016

                INTRODUÇÃO

 Este trabalho traz reflexões acerca da inclusão dos alunos portadores do Transtorno de Déficit de Atenção na rede regular de ensino, o direito a inclusão e como o professor trabalhar com esses alunos de forma que sua ação pedagógica seja realmente efetiva no processo de aprendizagem dos mesmos.

O presente trabalho é um estudo teórico, baseado em pesquisa bibliográfica, ampliando o conhecimento através da leitura, levando os educadores a lidar melhor com alunos que apresentam Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, tornando-se um profissional capaz de não permitir que a dificuldade vivenciada no cotidiano escolar apague a chama do desejo de ensinar e nem o de apreender dos docentes e dos discentes respectivamente.

         Conhecer as principais características do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), na perspectiva do desenvolvimento de um trabalho pedagógico inclusivo e que atenda às especificidades do transtorno.

DESENVOLVIMENTO

O que antes era “bagunça” ou “malandragem”, hoje a maior parte das crianças que não conseguem ter um comportamento compatível com a idade, ou seja, não conseguem ficar sentadas nas rodinhas de histórias, correm em lugares ou horários impróprios e perigosos, não terminam a tarefa, são consideradas “hiperativas”. Às vezes esse termo é usado casualmente ou em brincadeiras feitas por profissionais da educação. Na verdade são raras as pessoas que dizem essa palavra conhecendo a gravidade do assunto, ou mesmo o sofrimento dessas pessoas que são portadoras desse transtorno, que sofrem por não serem compreendidas, por serem comparadas muitas vezes com crianças “normais”, claro que injustamente.

Esse é um transtorno que normalmente tem início na infância e necessita de tratamento para auxiliar a criança a ter uma vida normal, em outras palavras “é um problema de saúde mental que tem três características básicas: a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade”. (ROHDE & BENCZIK, 1999, p. 37)

Em crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, há uma falta na parte do cérebro que é justamente responsável por um “freio de inibição”, apresentando por esse motivo maior hiperatividade e impulsividade, é o que tem comprovado:

Recentemente, alguns pesquisadores, como o prof. Russel Barkley, da universidade Massachusetts, têm defendido uma teoria que busca explicar uniformemente os sintomas clássicos deste transtorno. Eles acreditam que o TDAH se caracteriza por um déficit básico no comportamento inibitório. (ROHDE & BENCZIK, 1999, p. 54)

Portanto, o que possibilita manter a atenção focalizada e sustentada em uma atividade é justamente esse “freio de inibição sustentada” que auxilia a criança a conseguir ter um tempo maior de atenção, mesmo se o ambiente oferecer estímulos para distrair-se. Como as crianças e adolescentes portadoras desse transtorno têm uma falha nesse “freio”, é muito difícil para elas conseguirem essa atenção, principalmente se as tarefas não as motivarem fortemente.

É muito importante que a criança ou adolescente faça o tratamento adequado ao tipo e ao grau do mesmo. Dessa forma o tratamento auxilia o portador do distúrbio a controlar esses sintomas.  

Grande parte de crianças com TDAH apresentam muitas dificuldades para controlar a coordenação motora grossa e fina, não conseguindo ouvir completamente as frases ou instruções que as pessoas dizem para elas, não conseguem ouvir ou fazer atividades com atenção, interrompem conversas ou brincadeiras, tem atitudes sem pensar, não conseguem se concentrar entre outras. Todas essas dificuldades que muitas vezes as deixam com sentimentos de inferioridade, pode ser a apresentação dos sintomas do transtorno.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, apresenta além das três características, segundo ROHDE & BENCZIK (1999, p. 39-40) dois grupos de sintomas.

A desatenção é um dos grupos desse transtorno. E tem como sintomas: não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuidos; ter dificuldades para concentrar-se em tarefas e/ou jogos; não prestar atenção ao que lhe é dito (“estar no mundo da lua”); ter dificuldade em seguir regras e instruções e/ou não terminar o que começa; ser desorganizado com as tarefas e materiais; evitar atividades que exijam um esforço mental continuado; perder coisas importantes; distrair-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que está fazendo; esquecer compromissos e tarefas; Outro grupo sugerido por ROHDE & BENCZIK (1999), é a hiperatividade (agitação) e impulsividade e tem como sintomas: ficar remexendo as mãos e os pés quando sentado; não parar sentado por muito tempo; pular, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude (ter “bicho-carpinteiro por dentro”); ser muito barulhento para jogar ou divertir-se; ser muito agitado (“a mil por hora”, “ou um foguete”); falar demais; responder às perguntas antes de terem sido terminadas; ter dificuldade de esperar a vez; intrometer-se em conversas ou jogos dos outros;

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