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Inclusão escolar na escola Bem me Quer em Lajinha/MG

Por:   •  15/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  6.467 Palavras (26 Páginas)  •  713 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A inclusão educacional de alunos com necessidades especiais nas escolas tem sido alvo de debate, e é uma realidade cada vez mais presente no ambiente escolar. Segundo FREITAS (2005), a inclusão dos alunos especiais nas escolas vem sendo um desafio para a educação e principalmente para os educadores. No século XX, iniciou-se uma nova visão a respeito desses alunos, viabilizando as dificuldades encontradas no método da aprendizagem.

Muito tem se discutido a respeito da Educação Especial, movimento que foi estabelecido no Brasil através de instituições privadas de caráter filantrópico. A iniciativa foi tomada por familiares que tinham em suas famílias, membros com alguma deficiência. Quando se fala de educação inclusiva, o princípio fundamental apresentado é a igualdade de direitos e de oportunidades para todos, logo se entende que a sociedade passa a ser inclusiva no momento em que se começa a considerar que todos devem ser igualmente valorizados (ROSSETO,2004).

Mediante tal realidade, essa pesquisa visa esclarecer a seguinte questão: Quais as principais dificuldades encontradas pelos docentes durante o processo de inclusão educacional de alunos com necessidades especiais?

Portanto, o objetivo geral deste estudo é analisar os docentes e a estrutura física do prédio mediante a implementação da educação inclusiva na Escola Municipal “Bem Me Quer” em Lajinha-MG.

Os objetivos específicos são:

  • Verificar as estratégias que os docentes apresentam no trabalho com a educação inclusiva;
  • Verificar como funciona a estrutura física da escola para receber esses alunos especiais;

Incluir é necessário, primordialmente, para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida em sua plenitude, com sua liberdade, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos contemporizar soluções, mesmo que o preço a pagar seja bem alto, pois nunca será comparável ao valor do resgate de uma vida escolar marginalizada, de uma evasão, de uma criança estigmatizada sem motivos. (MONTOAN, p. 36, 2006)

A inclusão, portanto, implica mudanças desse atual paradigma educacional, para que se encaixe no mapa da educação escolar que estamos retraçando. Quanto à inclusão, esta questiona não somente as políticas, e a organização da educação especial e da regular, mas também o próprio conceito de integração. Ela é incompatível com a integração, pois prevê a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática.

Diante do contexto atual, vemos a necessidade de abordar o tema tão discutido perante a sociedade brasileira, a partir do momento em que se fala sobre inclusão, é direcionada pelo fracasso e pela evasão de uma parte de seus alunos. É fácil receber os alunos que “aprendem apesar das escolas”, e é mais fácil ainda encaminhar, para as classes e escolas especiais, os que têm dificuldades de aprendizagem. Devido à falta de preparo, continuamos a discriminar os alunos que não damos conta de ensinar.

Os docentes da educação têm uma grande responsabilidade, pois cai sobre eles o compromisso da efetivação da prática inclusiva e percebe-se então que o tema abordado nesse estudo é de grande relevância, uma vez que essa é uma realidade cada vez mais presente nas escolas.

Como futuros educadores, é nosso dever estar preparados para quando encontrarmos alunos com necessidades especiais sabermos como agir perante tal situação. A escolha do local para a seguinte pesquisa foi realizada através do momento em que a cidade de Lajinha/MG, sendo esta escola a única a receber a educação inclusiva. Nesta perspectiva, essa pesquisa busca contribuir para uma reflexão sobre a implementação da educação inclusiva, sob a ótica dos docentes e a estrutura física da escola.

Para a sociedade, é importante a inclusão desses alunos especiais dentro da sala de aula, pois, em muitos lugares, essa inclusão não tem chegado. Existem pais de alunos que são portadores de deficiência que sonham ter seus filhos incluídos na educação básica e não possuem essa oportunidade.

A Escola Municipal “Bem Me Quer” na Cidade de Lajinha-MG, foi escolhida para realização desse trabalho, pois atende os alunos da faixa etária de 04 a 06 anos de idade da educação infantil. A escola trabalha com o turno matutino e vespertino. Para a observação desta pesquisa foi escolhida a sala de aula do 1º Período Matutino da professora Ana Antonieta Sanglard Fadlalla, contendo 22 alunos, sendo uma aluna Autista, e a sala de aula do 1º Período Vespertino da professora Anair Trindade do Carmo, contendo também 22 alunos, porém, um aluno com Síndrome de Douwn.  Foram observados que a educação precisa de uma atenção especial com esses alunos, mas, nunca deixa faltar para os outros, e nem tão pouco os deixa dividido.

Os alunos sentam em grupos, fazem as atividades iguais, tendo sempre o acompanhamento de cada professora que coordenam sua sala de aula. Esses alunos inclusos sempre fazem suas atividades na sala, juntamente com seus colegas, sendo orientados pelas professoras.

No recreio, os alunos se acomodam, brincam e se divertem sempre juntos. Nesta instituição, a inclusão tem sido novidade, tanto para os alunos quanto para a equipe pedagógica que precisam estar preparados para atender a esses alunos.

Para chegar ao resultado desta pesquisa, aplicaremos um questionário qualitativo, com a equipe pedagógica da Escola Municipal “Bem Me Quer” na cidade de Lajinha-MG, onde obteremos o resultado do ensino inclusivo e da estrutura física do prédio.

 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BREVE HISTÓRICO

Falar de inclusão na sociedade onde vivemos não é uma tarefa fácil, embora a inclusão seja uma prática recente e ainda no começo nas nossas escolas, para que possamos entendê-las com maior rigor e precisão, ela é suficiente para questionar que a ética ilumina as nossas ações na direção de uma escola para todos. Foi na Europa que as primeiras manifestações pelo atendimento aos deficientes, visando transformações na atitude dos grupos sociais, se consolidaram em medidas educacionais. Em seguida essas medidas educacionais foram se propagando, a princípio sendo levada para os Estados Unidos e Canadá e depois para outros países, dentre eles o Brasil. (MAZZOTTA, 2005).

O conceito de inclusão só chega ao Brasil, segundo Miranda (2003) na década de 1970, e opunha-se aos modelos de segregação e defendia a idéia de possibilitar, ás pessoas que apresentavam deficiência, condições de vida o mais normal possível, assemelhando-se com a de todas as pessoas consideradas normais. Assim, as propostas de definição das políticas públicas da década de 1980, foram norteadas pelos princípios da normalização e da integração.

O primeiro momento importante da história aconteceu em 1996, quando a lei nº 9394 começou a defender que os portadores de deficiências especiais devem ter preferência na rede regular de ensino, os artigos 58,59 e 60 dessa lei ressaltam, orientam e asseguram a inclusão do educando na rede regular de ensino.

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