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Indagação e Convicção: Fronteiras entre a ciência e a ideologia

Por:   •  17/11/2019  •  Resenha  •  429 Palavras (2 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE TEORIA E PLANEJAMENTO DE ENSINO – DTPE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO – IE

Resenha sobre o texto:

BRANDÃO. Zaia, Indagação e convicção: Fronteiras entre a ciência e a ideologia. Cadernos de Pesquisa, 2010.

        A Autora do presente texto traz a idéia de que ciência e ideologia encontram-se em dois pólos diferentes, o da indagação e o da convicção. Existem muitas dificuldades para uma fronteira entre esses dois domínios, pois são frequentemente problematizadas  por isso a autora afirma que o texto procura preservar o distanciamento entre os dois âmbitos.

        A Ciência situa-se no campo dos ofícios, são os agentes responsáveis pela produção do conhecimento que são submetidos ao que a autora chama de ritos de passagem, por exemplo, pesquisas a nível de pós graduação e bancas examinadoras.

      A ideologia constitui-se no campo da ação social é marcada pela experiência, pela trajetória dos agentes em diferentes contextos sociais. Caracteriza-se pelo seu papel na definição da ação social e da política, e pela não formalidade.

      Sendo assim no texto a autora focaliza a ciência delimitando limites dentre os quais procura provar que não pode haver uma intromissão ideológica no campo do conhecimento acadêmico. Defendendo que no campo científico os principais ofícios do pesquisador são a curiosidade e a indagação.

     Segundo BRANDÃO, a ciência  foi aos poucos deixando de ser vista como um lugar de produção, de um saber definitivo , não desenvolvendo mais a perspectiva cumulativa. Sendo assim seu próprio progresso, provoca a redefinição de seus parâmetros, desestabilizando paradigmas, linguagens e métodos num fluxo permanente.

      Existe uma consciência da precariedade das fronteiras entre ciência e ideologia e isso implica principalmente para o pesquisador no exercício da auto- objetivação, que possibilita o controle sobre as motivações, as escolhas teórico metodológicas do problema e do objeto investigado. Nesse sentido os aportes teórico-metodológicos devem se ajustar aos problemas e as condições sobre investigação e não as preferências ou limitações de quem pesquisa, evitando assim imposições ideológicas decorrentes dos engajamentos sociopolíticos dos pesquisadores.

     O problema é sempre a principal questão, pois ele remete a uma indagação, quando o pesquisador sabe de antemão aonde vai ou quer chegar, é provável que ele não esteja diante de um problema a investigar e sim de uma resposta a confirmar, e isso se situa no âmbito da ideologia e não da indagação.

 

     

   

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