Inferno Urbano
Por: pires.bianca • 27/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.039 Palavras (9 Páginas) • 211 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4, 5, 6, 7, 8
3 CONCLUSÃO 9
4 REFERÊNCIAS 10
1 INTRODUÇÃO
As primeiras manifestações sobre o tema do transporte, na verdade, ocorreram em 2012. No dia 27 de agosto de 2012 na prefeitura de Natal, capital do Rio grande do Norte anunciou um súbito aumento de vinte centavos na passagem de ônibus. Após o anuncio houve uma serie de manifestações do movimento intitulado Revolta do Busão. Na cidade de São Paulo, a onda de manifestações teve seu inicio a partir de 02 de junho de 2013, data anunciada para aumento das tarifas e teve sua representação popular em 6,7 e 11 de junho de 2013. O que segue não são reflexões sobre todas as manifestações ocorridas no país, mas localizada principalmente em São Paulo, embora algumas palavras de ordem e atitudes tenham sido comuns às manifestações de outras cidades, a forma da convocação, a questão da tarifa do transporte coletivo como ponto de partida, a desconfiança com relação à institucionalidade política com ponto de chegada, bem como o tratamento dado as elas pelo meio de comunicação condenação inicial e celebração final, com a criminalização dos “vândalos”, permite essas considerações gerais a titulo de introdução.
2 DESENVOLVIMENTO
Como todos devem saber existe um significado efetivo para essa manifestação urbana, a qual abrange os seguintes pontos a destacar.
- Explosão do uso do automóvel individual. A mobilidade urbana se tornou quase impossível, ao mesmo tempo em que a cidade se estrutura com o sistema viário destinado aos carros individuais em detrimento do transporte coletivo, mas nem mesmo esse sistema é capas de resolver o problema;
- Explosão imobiliária com os grandes condomínios (verticais e horizontais) e Shopping Centers, que produzem uma densidade demográfica praticamente incontrolável, alem de não contar com as redes de água, eletricidade e esgoto, os problemas sendo evidentes, por exemplo, na ocasião de chuvas;
- Aumento da exclusão social e da desigualdade com a expulsão dos moradores das regiões favorecidas pelas grandes especulações imobiliárias e a conseqüente expansão das periferias carentes e de sua crescente distancia com relação aos locais de trabalho, educação e serviço de saúde. (no caso de São Paulo como aponta Erminia Maricato, deu se a ocupação das regiões de manancial, pondo em risco a saúde de toda a população; em resumo: degradação da vida cotidiana das camadas mais pobres da cidade);
- O transporte coletivo indecente, indigno e mortífero. No caso de São Paulo sabe se que o programa do metro previa a entrega de 450 km de vias ate 1990; de fato até 2013, o governo estadual apresenta 90 km. Alem disso, a frota de trens metroviários não foi ampliada, esta envelhecida e nau conservada; à insuficiência quantitativa para atender a demanda, somam se atrasos constantes por quebra de trens e dos instrumentos de controles das operações. O mesmo pode ser dito dos trens da CPTM, também responsabilidade do governo estadual. No caso do trans porte por ônibus sobre responsabilidade municipal, um cartel domina completamente o setor sem prestar contas a míngüem: os ônibus são feitos com carrocerias destinadas a caminhões, portanto feitos para transportar coisas, e não pessoas; as frotas estão envelhecidas e quantitativamente defasadas com relação as necessidades da população sobre tudo das periferias da cidades; as linhas são extremamente longas porque isso as torna mais lucrativas, de maneira que os passageiros são obrigados a trajetos absurdos, gastando horas para ir ao trabalho, as escolas aos serviços de saúde e voltar para casa; não há linhas conectando pontos do centro da cidade nem linhas inter bairros, de nodo que o uso do auto móvel individual se torna quase inevitável para trajetos menores. Em resumo: definidas e orientadas pelos imperativos dos interesses privados, as montadoras de veículos, empreiteiras da construção civil e empresas de transporte coletivo dominam a cidade sem assumir nenhuma responsabilidade publica impondo o que chamo de inferno urbano.
Dentro deste contesto uma verdade vem em mente sobre o nosso país, um pais geograficamente gigante por natureza entre as seis posições das maiores potencias econômica do planeta e com um a historia de existência de mais de 500 anos como republica, ainda se arrasta em relação aos avanços sociais, econômicos, constitucionais e político de uma sociedade democrática moderna, as liberdades civis direitos constitucionais, direitos humanos ainda continuam sendo um dos seus maiores desafios e obstáculos para alcançar o status e prestigio de uma verdadeira democracia. Que para piorar mostra à quebra dos canais de comunicação de imensa porção da sociedade brasileira com as instituições que deveriam representá-la.
Não era novidade para ninguém que o distante planeta Planalto, a Brasílha da Fantasia ia se tornando, governo, após governo, uma entidade divorciada do Brasil real e focada a penas na arrecadação da maior carga fiscal entre os países emergentes. Um país dividido pelo poder dos partidos políticos, pela ineficiência do poder judiciário e pela incompetência do estado em solidificar os alicerces e pilares da democracia. Apesar dos avanços sociais, econômicos e constitucionais separados na ultima década, não se pode negar a verdade dos fatos de uma realidade que vem a séculos mantendo o Brasil em passos curto ou paralisado no tempo, uma verdade que se esconde na sombra dos supostos avanços obtidos pelo povo brasileiro nas ultimas três décadas. Apesar de estarem entre as seis maiores potências econômicas mundiais de ser geograficamente gigante, de possuir uma das maiores reservas de riquezas naturais do planeta e de ser economicamente autossuficiente ainda existem barreiras e obstáculos que promete deixar para sempre a prática brasileira e o seu povo entre as republicas democráticas de maior desigualdade econômica e injustiça social, de maior violação de direitos constitucionais e direitos humanos estão enraizados na estrutura da hierarquia dos poderes, na ineficiência da administração das instituições publica e na inexistência de um verdadeiro estado democrático.
Para ter uma ideia da verdadeira cara do Brasil e do que realmente é o país, basta dar uma olhada na cara dos partidos políticos, o que eles apresentam o que eles são de verdade. Na verdade a democracia
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