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LIDERANÇA RELAÇÃO DE PODER-DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR

Por:   •  14/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.140 Palavras (9 Páginas)  •  378 Visualizações

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[pic 1]   PÓS GADUAÇÃO EM LATU SENSU  [pic 2]

LIDERANÇA RELAÇÃO DE PODER-DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR

Profª: Nilza Antenor

Aluna: Ruth Tavares

Belo Horizonte- 2015

LIDERANÇA RELAÇÃO DE PODER-DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR

Liderança e poder coexistem, estão interligados por vários denominadores e podem ser exercidos de forma positiva ou não na vida das pessoas. O líder é aquele que vai a frente, impulsiona, motiva, direciona. Segundo o que entende Heifetz, a tarefa do líder é “ajudar as pessoas a encarar à realidade e mobilizá-las para que faça mudanças”.  

Neste sentido, é importante ressaltar que o exercício da liderança implica em realizar um trabalho árduo e penoso, pois, envolve coragem e determinação. Além do que, o líder precisa ter visão e perspicácia dos valores que defende.

Liderar significa influenciar as pessoas ou organizações a enfrentar seus problemas e aproveitar as oportunidades que surgem advindas das crises geradoras dos problemas, ou seja; mobilizar as pessoas para que possam resolver desafios.

Entende-se que um líder necessita de autocontrole, este deve ser gestor de seu próprio eu. Segundo Cury (2008) Um eu gestor que aprende aos poucos a administrar a construção de pensamentos e emoções e a reeditar as zonas de conflito, expande suas habilidades, desenvolve sua inteligência emocional, interpessoal (como trabalhar com as pessoas, motivá-las e, principalmente, como relacionar-se bem com os outros), desenvolve sua inteligência intrapessoal (autocompreensão, autoconhecimento).

Liderar implica acima de tudo saber lidar com o poder, saber gerenciá-lo para que não desencadeie de forma destrutiva. Conflitos são perigosos, porém, precisos, por ser o motor principal da criatividade e da inovação. Nestas circunstâncias, as pessoas aprendem a conviver com as diferenças, pois, relacionamentos geram conflitos, e fazem parte da realidade cotidiana do ser humano; contudo, lideres necessitam de habilidades para lidar com conflitos e incertezas entre seus subordinados e, internamente com eles mesmos.

Gerenciar uma liderança eficaz requer saber colocar as prioridades a frente, em um nível mais alto, cabendo ao líder, conduzir conversas sobre o que é importante ou não. Assim, saber ouvir e querer ouvir faz parte da arte de liderar. Os grandes líderes, não só permitem que os outros falem como também e acima de tudo, procuram entender o que se diz nas entrelinhas.

Um dos grandes entraves de liderança está na sensação de onipotência, na maioria das vezes criada sem más intenções.  Esta surge da necessidade humana de se sentir importante e até útil a outras pessoas. Assim, quanto mais se demonstra capacidade para resolver problemas dos outros, mais autoridade lhe é conferida.  

Diante disto, notoriamente, percebe-se que se o líder não controlar suas emoções, pode sucumbir no erro de autosuficiência, não será aberto a ouvir os outros e aprender com eles. O líder não tem todas as respostas, pelo contrário, aprende todos os dias.

Percebe-se assim, que se nos envolvermos tanto com nossos papéis profissionais não conseguiremos distinguir sozinhos, nossa posição de nós mesmos. É preciso parceiros que nos ajudem a manter uma posição analítica. É preciso aliados dentro da organização (pessoas que compartilhem da nossa pauta) e de confidentes, dentro ou fora da organização (pessoas que nos auxiliem para não nos perdermos em nossos papéis). (Texto Liderança e Poder- apostila Gestão Estratégica de Pessoas-Senac, pg. 18).

Ressalta-se dentro deste contexto, que todo líder precisa de um santuário para dar sentido de partilha e refrigério para seu eu interior. Todos precisam encontrar suas próprias estruturas que deem significado a sua vida, que os ajudará a suportas as feridas que surgem das questões difíceis do dia a dia.

Segundo Cury (2008) o maior desafio de um ser humano é abrir o leque da sua memória nos focos de estresse para construir respostas inteligentes em situações em que muitos não conseguiriam pensar. (A. Cury, em A sabedoria nossa de cada dia).  

Percebe-se assim, que os focos de estresse consistem em desafios para se construir respostas inteligentes.

Nestas condições, diante de situações desafiantes (Torres e Palhares, 2009) ressaltam que dentre os mais diversos patamares da administração das organizações escolares, o campo da gestão e da liderança destacou-se como um dos mais dilemáticos e controversos no atual contexto das políticas educativas, justamente por ser um espaço onde se disputam e se entrecruzam, de um lado, os valores da cidadania e da participação democrática e, por outro lado, os valores do gerencialismo e da eficácia técnica.

A partir dai, Torres e Palhares relatam que:

O libelo político-ideológico que impede e se avoluma quotidianamente sobre a esfera educativa, no que aos mais variados problemas econômicos e sociais dizem respeito, transformou particularmente a instituição escolar num terreno favorável à eclosão de reformas várias, em última instancia, geradoras das mudanças desejadas. Das escolas espera-se não só o cumprimento das novas orientações centrais como também a sua responsabilização pela procura de soluções mais eficazes para o seu desempenho.  Ao deslocar-se (sutilmente) o cerne das políticas educativas para preocupações mais centradas nos resultados, não custa admitir que os valores emergentes (como eficácia, a competitividade, a performatividade, entre outros) introduzam alguma conflitualidade e erosão nos valores democráticos e participativos consagrados a organização escolar (TORRES E PALHARES, 2009, p. 80).

Nestas circunstâncias é possível inferir que os variados problemas econômicos e sociais geram mudanças desejadas e que estas mudanças forçam a escola pela busca de um melhor desempenho mais centrado em resultados positivos.

Para (Lima, 2007) a produtividade de sucessos escolares a partir de perfis que são centralmente adotados e globalmente definidos, se traduzem por competências para competir, portanto, passa a constituir o mais alto grau de eficácia e excelência que se deseja alcançar. A partir desse ponto a globalização se constitui um marco para medir a qualidade do estabelecimento de ensino e a capacidade competitiva e funcional dos atores envolvidos na liderança da gestão democrática. Neste sentido a cultura da organização escolar pode ser vista sob a ótica de integração, partilha e comunhão de objetivos e valores. Assim, assume uma relevância significativa, na medida em que passa a ser vista como um mecanismo de estabilização social, fundamental para o alcance de metas desejadas.

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