Lazer, aprendizagem, inclusão e acessibilidade de crianças com deficiência
Por: Noir Papillon • 19/4/2022 • Trabalho acadêmico • 2.038 Palavras (9 Páginas) • 145 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 9
4 REFERÊNCIAS 10
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo aprofundar os conhecimentos obtidos através das disciplinas aplicadas durante o primeiro semestre do curso de Pedagogia e, a partir dos mesmos desenvolver a melhor solução para a Situação-Problema proposta, onde Amanda se depara com a dificuldade para que crianças portadoras de deficiências possam interagir e brincar com as demais.
Nesse contexto, será apresentado as vantagens da inclusão de crianças com deficiência no ambiente escolar, apontando os diversos avanços em termos de leis e estudos feitos por especialistas que mostram como a inclusão se faz necessária. Será abordado o lazer como incentivo ao aprendizado, afinal o ato de brincar estimula a imaginação, além de ser direito de qualquer indivíduo, e também os benefícios que a tecnologia vem trazendo para o desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais, seja para facilitar sua locomoção ou facilitar os momentos de estudo.
- DESENVOLVIMENTO
Há anos, a inclusão escolar de pessoas com deficiência vem figurando como tema de conferências internacionais, tais como a Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em 1990 na cidade de Jomtien, Tailândia, e também a Conferência Mundial sobre Educação Especial, realizada em 1994 em Salamanca, Espanha, ambas com a cooperação da UNESCO. A última citada resultou em um documento que ficou conhecido como Declaração de Salamanca e ela defende a inclusão vídeo de crianças com deficiência na escola comum afirmando que todos devem aprender juntos, independente de suas diferenças.
A lei federal nº 13.146/2015, institui a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência e prevê que é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
A inclusão dessas pessoas no ambiente escolar ainda é um grande desafio para muitas instituições, já que envolvem desde o setor administrativo até o pedagógico, onde todos estejam preparados para lidar com tais alunos. Em relação à educação especial, o artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que: Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL-MEC/SEESP, 2001, p. 1). Uma escola que pratica a inclusão além de cumprir as leis, demonstra que está preocupada com a formação de seus alunos, sejam os que possuem deficiência ou não.
Segundo o Censo Escolar (MEC/Inep), entre 2005 e 2015, o número de alunos com deficiência em escolas comuns subiu 6,5 vezes, passando de 114.834 para 750.983 estudantes. A pesquisa também aponta o crescimento na implantação de salas de recursos multifuncionais a nível nacional.
No Atendimento Educacional Especializado (AEE), a oferta de aulas de reforço é uma boa saída para que a inclusão de fato ocorra e o apoio de professores auxiliares é extremamente importante para garantir o bom andamento das atividades em sala de aula.
O convívio com pessoas diferentes é benéfico para todos e para a criança com deficiência se torna uma experiência ainda mais rica, a interação com os demais alunos amplia suas referências, sentir-se integrado e parte de uma comunidade, com certeza, torna o indivíduo muito mais confiante para enfrentar os desafios. As formas de comunicação também se expandem, os colegas de turma sempre buscarão por métodos de interação. Assim é possível abrir espaço para a discussão sobre o lazer desses indivíduos, que muitas vezes são esquecidos por quem não possui nenhum tipo de limitação.
No ano de 2013, o então secretário Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Antônio Ferreira, comentou sobre o fato do turismo ter entrado a pouco tempo na lista de prioridades dos cerca de 45 milhões de brasileiros que convivem com algum tipo de deficiência.
“O resultado das políticas públicas empreendidas no Brasil tem possibilitado que esse público, que infelizmente ainda está situado dentro das camadas mais pobres da nossa sociedade, comece a ter outras prioridades”, afirma Antônio Ferreira. “As nossas prioridades hoje não são só o emprego e só a saúde, mas também a possibilidade de lazer e turismo.”
Porém, o turismo envolve diversos produtos e serviços e por mais que as pessoas com deficiência queiram desfrutar de viagens e passeios, sempre encontram barreiras, sendo a falta de acessibilidade nos hotéis, restaurantes, aeroportos e nos próprios pontos turísticos. Se para um adulto essas situações causam aborrecimento, para uma criança a situação é ainda mais delicada, presenciar os colegas se divertindo e brincando sem poder fazer o mesmo, faz com que as diferenças, que deveriam ser insignificantes, se tornem ainda mais visíveis.
Em relação às diversas opções de lazer, Meneghetti (2013, p. 13) adverte que “devem estar ao alcance das pessoas com deficiência, pois contribuem para seu processo de desenvolvimento pessoal e social e pode garantir processos de autonomia para quem dele participa”.
Quanto às questões sociais, Blascovi-Assis (1997, p. 99) afirma que, para a pessoa com deficiência mental, o lazer acaba sendo visto apenas como um meio de passar o tempo, sendo desprovido de um caráter educacional. Para essas pessoas, são oferecidas poucas ou nenhuma chance de trabalho, contribuindo para que não sejam consideradas produtivas socialmente e, como consequência, tenham também pouca ou nenhuma oportunidade de lazer.
Toda criança tem o direito de brincar, tal ato estimula a curiosidade e proporciona descobertas, auxilia na concentração e aprendizado. De acordo com Vigotski (2007), “a brincadeira deve ser sempre entendida como uma relação imaginária e ilusória de desejos irrealizáveis. A realização desses desejos não se trata de algo pontual e específico. Na criança não há fenômenos isolados, mas tendências afetivas generalizadas externas ao objeto”. Numa situação imaginária do brincar, surgem as primeiras manifestações de emancipação da criança em relação às restrições situacionais. “A criança, ao brincar, segue o caminho do menor esforço, faz o que gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras, e por conseguinte renunciando o que ela quer.”(VIGOTSKI, 2007)
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