Minha Tragetória

Minha trajetória

Desde pequena, eu já achava interessante ver minha professora de prezinho dando aula. Algo me dizia que eu seria uma educadora. Cada ano que passava, eu conhecia professoras diferentes e em nenhum momento eu quis ser outra coisa, senão, professora.

Quando estava na 7ª série, comecei a me rebelar e o desejo de ser professora foi deixado de lado. Eu ia à escola obrigada e quando ia acabava me rebelando contra todos. Mas esta situação começou a mudar quando passei de série. Um professor começou a pegar no meu pé. Ele via em mim uma pessoa cheia de potencial. Mesmo quando eu ia mal na prova dele, ele nunca deixou de acreditar em mim, e sempre me dando força, principalmente quando ficou sabendo que meu sonho antigo era de ser professora.

Comecei a ir bem novamente à escola e o meu sonho voltou muito forte. Infelizmente quando estava para adentrar no 3º ano, tive que parar de estudar e fui trabalhar na roça para ajudar meus pais em casa. Mesmo meus pais recebebdo um aviso do conselho tutelar para eu voltar a estudar, eu já havia me acostumado a ficar sem escola, sem amigos, sem estudos.

Mas com a pressão acabei voltando, e percebi que só as cores das paredes haviam mudado. Os professores eram os mesmo e não havia ninguém dos meus antigos amigos, pois os mesmos já haviam concluído o ensino médio. Mesmo passado um ano, aquele professor que sempre pegava no meu pé, não havia se esquecido de mim, e continuou me dando força prosseguir com meu sonho.

Já havia me decidido a fazer magistério na minha cidade, mas mesmo assim eu sabia que devia trabalhar para ajudar meus pais em casa. Então, preenchi uma ficha para uma empresa que estava contratando, passei e logo comecei a trabalhar. Como eu estudava na parte da manha, tive que pegar uma declaração para poder estudar a noite e durante o dia eu trabalharia na empresa.

Mesmo cansada, desanimada, continuei. Levantava cedo para trabalhar e ia direto para a escola, mesmo cansada, com sono e com fome. Com muito esforço, terminei o ensino médio e o sonho de fazer magistério ficou para trás, afinal, eu precisava ajudar meus pais em casa.

As portas foram se abrindo nesta empresa e subi de cargo e o salário aumentou. Conseguia ajudar meus pais em casa e a empresa ainda me proporcionou alguns cursos relacionados com meu cargo.

O sonho de ser professora ainda ardia em meu peito, fraco, mas ainda estava la. Conheci meu marido nesta empresa e algum tempo depois fomos morar juntos. Como eu não ajudava mais em casa, comecei a guardar dinheiro e a vontade de estudar voltou com força.

Comecei a pesquisar na cidade alguma faculdade que não exigisse presença todos os dias. Descobri a UNIP Interativa no pólo de Extrema e com o apoio da família e do esposo me inscrevi e passei no vestibular. Fiz questão de ligar na antiga escola e contar a novidade para o professor que tanto havia me apoiado.

La na frente quero ser como este professor que tanto me apoiou e ser a força para os meus futuros alunos.

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