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NEUROCIÊNCIAS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Por:   •  3/5/2022  •  Artigo  •  2.727 Palavras (11 Páginas)  •  185 Visualizações

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INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS

FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS

                                 FELICIANE TEIXEIRA OLIVEIRA DIAS

      NEUROCIÊNCIAS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

BELO HORIZONTE – MG

2022

                         FELICIANE TEIXEIRA OLIVEIRA DIAS

NEUROCIÊNCIAS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Instituto Pedagógico de Minas Gerais, Faculdade Batista De Minas Gerais, como pré-requisito para obtenção do título de especialista em: Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Neurociência e Aprendizagem.

BELO HORIZONTE – MG

2022

DIAS, Feliciane Teixeira Oliveira. Neurociências e Educação Inclusiva: desafios e perspectivas. Belo Horizonte: Instituto Pedagógico de Minas Gerais, Faculdade Batista De Minas Gerais, 2022. Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Neurociência e Aprendizagem.

RESUMO

O artigo visa contribuir e analisar o quadro atual da educação inclusiva por meio de pesquisas bibliográficas sobre temas relacionados à didática, ao ensino e ao funcionamento da mente humana com foco na aprendizagem, a fim de contribuir para a melhoria da integração das pessoas com deficiência no nosso país. Tanto a neurociência quanto a ciência educacional têm desenvolvido constantemente seus estudos, e a escola precisa se atualizar diante dos desenvolvimentos sociais e científicos cada vez mais rápidos. A partir deste estudo, pretende-se clarificar conhecimentos sobre a melhor forma de ensinar todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência. Portanto, o objetivo deste trabalho é examinar teorias que se mostraram eficazes no ensino e podem ser usadas para o sucesso da aprendizagem dentro de uma estrutura de educação inclusiva. Muitas vezes, o despreparo das escolas e professores para lidar com a diversidade em sala de aula é evidente, a legislação por si só não garante a inclusão efetiva. Teorias e leis estão fora da prática, na sala de aula, onde há uma realidade muito específica que precisa ser pensada com cuidado, pois o que está acontecendo nas escolas hoje ainda está longe de se tornar uma educação verdadeiramente inclusiva, no entanto, o objetivo aqui é não encontrar os culpados, mas propor propostas pedagógicas que possam colaborar na melhoria do ensino.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Inclusiva. Dificuldades de aprendizagem. Neurociência.

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        4

2.        DESENVOLVIMENTO        6

2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PAPEL DO PROFESSOR E AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA        6

2.2        Entendendo como o cérebro funciona no processo ensino e aprendizagem.        6

2.3.1 A neurociência e a sua atuação a favor da aprendizagem………………………..7

3.        CONCLUSÃO        8

4.        REFERÊNCIAS        9


INTRODUÇÃO

Muitas questões importantes são levantadas que precisam ser discutidas no atual cenário educacional, uma das quais é; a crescente inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares na contemporaneidade, período esse da nossa atualidade. Onde a cada dia, está sendo cobrado do aluno diferentes áreas do currículo, onde temos uma sociedade excludente, seja culturalmente, na forma como vê o mundo e as pessoas que o criam, ou nas realidades da vida quotidiana.

Cada vez mais pessoas com deficiência estão lutando e conquistando um espaço na sociedade: estão na rua, na escola e estão também no mercado de trabalho. Com isso, há uma série de políticas e decisões importantes, como leis que foram aprovadas ao redor do mundo para garantir a colocação desses alunos em escolas regulares. Entendo que esse despreparo inicial é natural, pois se trata de uma estrutura escolar relativamente recente, pois por muitos anos na história da educação, as escolas para alunos com deficiência foram atribuídas às chamadas escolas.

Para ilustrar um pouco o que sustenta esta visão de todas as escolas, em resposta à diferença do, serão apresentados alguns documentos de referência e legislação nacional que trata da inclusão. Em 1994, na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada de 7 a 10 de junho na cidade de Salamanca, Espanha, foi elaborada a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1998), declarando:

Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas, sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no senti do de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades, escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos, além disso, tais escolas promovem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácias de todo o sistema educacional (UNESCO, 1998, p.1).

Encontramos neste documento uma recomendação clara de que as escolas sejam sensíveis às necessidades educativas dos alunos, independentemente das suas condições físicas e sociais. E, cinco anos depois, em 7 de julho de 1999, na Cidade da Guatemala, capital da Guatemala, durante uma sessão da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Convenção Interamericana sobre a Abolição abolindo todas as formas de discriminação ocorridas em contra pessoas com deficiência, conhecida como Convenção da Guatemala e vigente no Brasil desde o Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001 (BRASIL, 2001).

Das reuniões, participaram os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Este evento tem o compromisso de garantir os direitos das pessoas com deficiência.

Em 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU), com a participação de 192.países, representantes da sociedade civil de todo o mundo, adotou, em Nova York, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto nº 25 de agosto de 2009): um acordo entre os países participantes que reconhece o direito à educação de todas as pessoas com deficiência
, sem discriminação e com igualdade de oportunidades, e exige que os Estados Membros assegurem um sistema educacional inclusivo em todos os níveis de ensino.

O documento menciona que as acomodações, sejam físicas, materiais ou humanas, devem ser adaptadas às necessidades individuais da pessoa com deficiência. Então vemos o movimento global para garantir o direito dessas pessoas de adquirir conhecimento acadêmico na mesma base de qualquer outro ser humano, no sistema de ensino convencional, e sabemos que isso é um desafio em escolas em todo o mundo.

No contexto brasileiro, a Política Nacional de Educação Especial nas Perspectivas da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), elaborada pelo Governo Federal do Brasil, orienta
sobre a garantia da matrícula de pessoas com deficiência na educação.

Da educação especial no Brasil, que deixa de ser alternativa, complementar, complementar e substituta da educação geral, passando por todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, para remover barreiras à participação plena de alunos com deficiência, espectro autista transtornos (TEA) e habilidades altas/superdotadas. Assim, a educação especial deixa de se configurar como um sistema paralelo e passa a ser parte integrante da proposta pedagógica da escola.

DESENVOLVIMENTO

Em um contexto atual. A questão da inclusão da deficiência nunca foi discutida na educação, agora é uma prática muito mais comum do que há algumas décadas. Existem projetos, leis e instituições brasileiras defendem os direitos garantidos de alunos com deficiência que ingressam na rede pública escolas. E como essas escolas têm lidado com a inclusão cada vez mais frequente de alunos com deficiência em suas salas de aula? Porque os alunos estão
em salas de aula com idiossincrasias próprias; e a função da escola de trabalhar com e para todos. Das admissões, a escola não pode “simplesmente aceitar” alunos como “de acordo com a lei”, mas na verdade deve cumprir a lei de fato, garantindo a aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com lacunas ou diferenças significativas que exijam feedback pedagógico específico da escola.

Diante desse panorama em mudança, a prática torna-se tão importante quanto o direito, pois sem ele não há sucesso educacional e seria um fracasso, causando falsa inclusão. Observamos que uma das formas de acompanhar o sucesso da educação inclusiva é por meio do currículo. Como facilitar o aprendizado dos alunos? Muitas pessoas pensam que é quase impossível fazer isso em uma turma com mais de trinta alunos, e um deles tem alguma deficiência?! É certo que este discurso partiu de muitos professores que realmente se preocupam com o seu ofício. A partir de agora, abordaremos algumas das pesquisas realizadas no campo da didática e neurociência que sejam relevantes para o tema em questão, pois a pesquisa e o conhecimento são fundamento em qualquer educação. Pensamento teórico.

Pense na base institucional da escola como a conhecemos hoje e que origens
tem em relação às propostas teóricas e metodológicas de autores ainda no século XVI (TEMPORETTI, 201), e nasceu e se desenvolveu a partir de as teorias e debates sobre o conhecimento que permaneceram nas humanidades europeias do século XVII. Assim, fica claro que tanto no processo de integração do quanto no processo de formação geral, o uso da metodologia e dos conhecimentos da pesquisa didática, aliada a neurociência e suas descobertas, utilizando de todos os artifícios necessário para que a escola tenha sucesso na prática.

Porque a didática é uma atividade especializada e integrada que aborda as políticas educacionais levando em conta o que é oferecido a cada vez. David Perkins (2000), discute o fato de que os educadores parecem estar sempre à procura de um 'salvador' e essa busca parece nunca ser alcançada. Na história, tivemos “salvadores” diferentes e ninguém parece ter resolvido o “problema” da educação. Temos teorias de dever de casa que só aprenderemos se reforçarmos o conteúdo em casa; teorias do behaviorismo, a importância do aprendizado por descoberta, entre outros. Atualmente, a mais popular parece ser a teoria da aprendizagem cooperativa, que propõe que certos conhecimentos e habilidades são adquiridos quando os alunos formam pequenos grupos. Finalmente, parece que, ao longo da história, a educação procurou obter soluções rápidas para uma aprendizagem eficaz. Devemos concordar com Perkins (2000) quando diz que 'a educação é uma tarefa complexa', de fato é. Mas talvez a verdadeira salvação esteja em não procurar um método de backup.

Em outubro de 2015, Odet Moliner e Lucía SánchezTarazaga escreveram um artigo sobre experiências de renovação em seu mestrado em psicologia na Universidade de Jaume I, que tentaram aplicar um ensino autêntico modelo de método. A aprendizagem baseada em projetos (APP) é uma metodologia que apresenta uma proposta didática desenvolvida de forma sinérgica entre dois temas: educação inclusiva e estratégias para melhorar o centro educacional. Desta forma, através do trabalho em equipa e da autonomia e do papel ativo do corpo discente, dá-se o desenvolvimento das competências psicopedagógicas do ensino cooperativo, avalia   positivamente os alunos. De acordo com David Perkins (2000):

Existem três razões pelas quais um método novo e melhor é uma solução falsa. Em seguida, listamos-os brevemente. 1) Temos um grande número de métodos pedagógicos sofisticados, mas não os usamos ou não o fazemos com eficácia. 2) Na maioria dos casos, a instrução nem sequer satisfaz os critérios mínimos de métodos válidos e menos ainda de métodos sofisticados. O que precisamos urgentemente é implementar métodos razoavelmente válidos. 3) Dados esses métodos, a decisão mais importante diz respeito ao currículo e não ao método: ou seja, não como ensinamos, mas o que escolhemos ensinar. Portanto, qualquer reforma educacional voltada para a criação de uma escola inteligente deve ser guiada pelo currículo e não pelo método; não para teorias mais sofisticadas sobre como ensinar - por mais valiosas que sejam - mas para uma concepção mais ampla e ambiciosa do que queremos ensinar. (David Perkins, 2000. p.53).

Prática de ciência neurológica: 10 estágios de seus alunos para estudar melhor.

1. Introduzir o documento para saber como fazer uma chamada com o que você sabe.

2. Crie situações semelhantes à vida real.

3. Criar oportunidades de reflexão e novas associações. Utilizar trabalho de grupo seguido de contato com os alunos.

3 CONCLUSÃO

Os professores precisam alinhar suas metodologias com a funcionalidade cerebral. Para que essas metodologias possam vir a serem trabalhadas de forma efetiva e estratégica em sala de aula. Melhorando e moldando o seu plano de aula, para atender de forma qualitativa os alunos que apresentam dificuldades de aprendizado, e as crianças com necessidades especiais.

A inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais, as vezes a criança apresenta muita dificuldade de interação com o professor, e os colegas.  No âmbito de inclusão escolar estes alunos necessitam de um planejamento conforme suas necessidades e o seu desenvolvimento, contendo metodologias únicas e adequadas, propondo ações, lidando com cada caso de uma maneira individual.

As atividades de intervenção que devem ser trabalhadas são habilidade social, linguagem, comportamentos, comunicação, comportamentos adaptativos e redução de comportamentos problemáticos.

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