O BARROCO BRASILEIRO
Por: Rogerio Bruna • 12/8/2016 • Trabalho acadêmico • 625 Palavras (3 Páginas) • 439 Visualizações
POESIA MATEMÁTICA – MILLÔR FERNADNES
Às folhas tantas 
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida 
paralela à dela
até que se encontraram 
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs) primos entre si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação 
traçando ao sabor do momento e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. 
E enfim resolveram se casar
constituir um lar, mais que um lar,  um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade 
integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes  até aquele dia 
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu 
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos. 
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,uma unidade. 
Era o triângulo, 
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, 
a mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser  moralidade
como aliás em qualquer 
sociedade.
(Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.)
| TERMO | DEFINIÇÃO | 
| ESFERÓIDE | Sólido cuja forma se aproxima da de uma esfera, apresenta articulação que permite movimentos diversos. São exemplos: o planeta Terra e a bola de futebol. | 
| ARITMÉTICA | Parte da matemática que estuda as operações numéricas: soma, subtração, multiplicação, divisão etc. | 
| HIPOTENUSA | Contrário á, representa o lado mais longo de um triângulo retângulo. | 
| CATETO | Cada um dos lados do ângulo reto do triângulo retângulo, são denominados opostos ou adjacentes de acordo com a sua posição em relação a um dado ângulo. | 
| CÍRCULOS CONCÊNTRICOS | Aqueles que apresentam o mesmo centro. São usados para testar o entendimento dos alunos sobre os conceitos de área, circunferência, diâmetro, raio e cordas. | 
| PITAGÓRICAS | Que diz respeito a Pitágoras, à sua escola ou às suas doutrinas. Pitágoras provou que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. | 
| EUCLIDIANA | Baseada nos postulados de Euclides de Alexandria. Ponto = retas e planos. | 
| CONE | Figura geométrica de base circular gerada pela revolução de um triângulo retângulo. | 
| ROMBÓIDES | Figura quadrilátera que tem lados e ângulos opostos iguais entre si, mas não tem quatro lados iguais e nem ângulos retos. Paralelogramo particular. | 
| TRAPEZÓIDE | Quadrilátero que não tem lados paralelos, cujos lados são todos oblíquos entre si. É o exemplo do formato da pipa. | 
| LINHAS SINOIDAIS: | Formas de onda cujos gráficos são idênticos aos da função seno. | 
| PERPENDICULAR | Noção que indica se dois objetos (retas ou planos) fazem um ângulo de 90º. | 
| POLIEDRO | Sólido geométrico cuja superfície é composta por um número finito de faces, cujos vértices são formados por três ou mais arestas em três dimensões. | 
| BISSETRIZ | Segmento de reta com origem em um dos vértices do triângulo com a outra extremidade no lado oposto a esse vértice. | 
| SECANTE: | Relação que admite ser o inverso do cosseno. Pode ser toda reta que intercepta uma circunferência em dois pontos distintos ou função trigonométrica. | 
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