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O BRINCAR NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES

Por:   •  6/5/2015  •  Tese  •  2.712 Palavras (11 Páginas)  •  195 Visualizações

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO IDA CARNEIRO MARTINS AS RELAÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM A BRINCADEIRA: DO BRINCAR NA RUA AO BRINCAR NA ESCOLA PIRACICABA 2009 ii IDA CARNEIRO MARTINS AS RELAÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM A BRINCADEIRA: DO BRINCAR NA RUA AO BRINCAR NA ESCOLA Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Ciências Humanas da UNIMEP, como exigência parcial para a obtenção do título de DOUTORA em Educação, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Nazaré da Cruz, área de concentração em Formação de Professores PIRACICABA 2009 iii AS RELAÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM A BRINCADEIRA: DO BRINCAR NA RUA AO BRINCAR NA ESCOLA. Orientadora: Maria Nazaré da Cruz Palavras Chave: Brincadeira; Infância; Educação Infantil; Prática Pedagógica; Lembranças de Infância PPGE - Unimep Martins, Ida Carneiro. As relações do professor de educação infantil com a brincadeira: do brincar na rua ao brincar na escola / Ida Carneiro Martins – Piracicaba, 2009. --- f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação / Faculdade de Ciências Humanas - Universidade Metodista de Piracicaba. Orientador: Profª Drª Maria Nazaré da Cruz. l. Educação infantil. 2. Prática pedagógica. 3. Infância – Brincadeiras. 4. Infância - Lembranças. I. Martins, Ida Carneiro. II. Título. CDU: 681.3.01 iv Comissão Julgadora: __________________________________________________________ Profª. Drª. Maria Nazaré da Cruz (PPGE – UNIMEP) __________________________________________________________ Prof. Dr. Ademir de Marco (FEF – UNICAMP) __________________________________________________________ Profa. Drª. Maria Sílvia P. de M. L. da Rocha (PPGE – PUCCamp.) __________________________________________________________ Profª. Drª. Ana Maria Lunardi Padilha (PPGE – UNIMEP) Profª. Drª. Roseli Pacheco Schnetzler (PPGE – UNIMEP) v Dedico este trabalho: às minhas filhas Mariana e Camila, pela sensibilidade e alegria que manifestam cotidianamente e pela parceria constante, expressada de diferentes modos na concretização deste sonho; ao meu companheiro Mauro, por ser o porto seguro para onde retorno, ao final do dia, repousando em seu peito macio; à minha mãe Martha (em memória), por me ensinar brincadeiras e acreditar em sonhos; ao meu pai Renê, pelo seu jeito brincalhão e por me ensinar a não desistir daquilo em que se acredita; às minhas irmãs, Thelma, Tânia, Eliana e Martha pelo apoio e por sermos capazes de brincarmos e rirmos em soltas gargalhadas até hoje; aos meus sobrinhos e sobrinhas, crianças para os quais eu ensinei muitas brincadeiras e me diverti junto; aos meus sobrinhos netos, estímulos para novas brincadeiras e aos melhores sentimentos de ternura. De modo especial, dedico esta tese à professora Maria Nazaré da Cruz: Não posso lhe chamar de orientadora, pois você fez mais do que isso. Não posso lhe chamar de amiga, pois você foi mais do que isso. Então lhe chamarei de “Luz”, de olhar “maroto”, suave, que não ofusca, mas que ilumina os caminhos. vi AGRADECIMENTOS À Universidade Metodista de Piracicaba pela concessão da bolsa de estudos relativa ao Programa de Capacitação Docente. À Profa. Dra. Maria Nazaré da Cruz pelo tempo dedicado a este trabalho e pela leveza de gestos e de fala, pelas intervenções precisas, pelo pensar o trabalho conjuntamente, na condução do processo de orientação. À Profa. Dra. Roseli Pacheco Schnetzler pelas valiosas contribuições ao trabalho, nas discussões realizadas na disciplina “Necessidades Formativas de Professores” e no Núcleo de Formação de Professores do PPGE - UNIMEP, que modificaram a nossa concepção sobre encontros de formação, aspecto essencial para a condução desta investigação. À Profa. Dra. Maria Cecília Rafael de Góes, pela generosidade com que fez os seus apontamentos, pelos conhecimentos partilhados e pela sua grande contribuição à conclusão deste trabalho. À Profa. Dra. Ana Maria Lunardi Padilha, por sua pronta disponibilidade em participar da banca de defesa, pelas contribuições ao trabalho e por sua argüição ao nos despertar o desejo de nova investigação. Ao Prof. Dr. Ademir de Marco, pelas propostas de modificações ao trabalho e suas correções primorosas permitiram a estruturação final deste e, em especial, pela forma carinhos com que se dirigiu à nós durante todo o processo. À Profa. Dra. Maria Sílvia P. de M. L. da Rocha, por ter aceitado o nosso convite e permitir o nosso reencontro em outros campos, nos brindando com a sua competência. Aos professores do PPGE UNIMEP, pela competência na estruturação do programa, pelas magníficas aulas que ministraram e, em especial, pela dignidade e ética que mantiveram nos tumultuados tempos que vivemos na universidade. Sintome orgulhosa ser aluna de vocês. vii Aos amigos do Núcleo de Formação de Professores e, em especial, à Naílde, Patrícia e Ana Angélica, pela diversidade de momentos partilhados, pela bons trabalhos desenvolvidos juntas e pelas trocas enriquecedoras, vocês serão inesquecíveis. Aos professores, sujeitos de nossa pesquisa, pela disposição em partilhar o seu cotidiano pedagógico e que, com confiança, nos colocaram na mão as suas histórias de infância. O meu profundo respeito. À Secretaria Municipal de Educação, em especial à supervisora, Profa. Ms. Sandra Perina, que possibilitou o desenvolvimento da pesquisa. Ao meu diretor Prof. Dr. Olney Leite Fontes e às coordenadoras dos diversos cursos de graduação Maria Sílvia, Taís, Maria Rita, Patrícia, Márcia, Vera, Kelly e Ana Cláudia com quem partilhei dúvidas e dos quais recebi valiosas colaborações no encaminhamento da coordenação do curso de graduação em Educação Física. Sem a participação de vocês, nos momentos vividos na universidade, não chegaria ao final deste trabalho. Aos companheiros, coordenadores do Programa de Mestrado em Educação Física, com quem dividi momentos de lutas e conquistas, Ademir de Marco, Wagner Wey Moreira, João Paulo Borin e Cláudia Cavaglieri. Obrigada pela parceria! Aos professores, Wagner Wey Moreira, Regina Simões e Eline Porto do Núcleo de Corporeidade e Pedagogia do Movimento – NUCORPO com os quais partilhamos, além da boa amizade e de momentos significativos de nossas vidas, o desenvolvimento de pesquisas que foram relevantes ao nosso desenvolvimento acadêmico. Ao amigo João Paulo Borin, pelas boas conversas, pelo compartilhar de conhecimentos, pelas discussões que propiciaram o direcionamento de nosso encaminhamento acadêmico e pelo apoio incondicional e reconhecimento de nossas ações. Aos funcionários da secretaria Pós-Graduação da UNIMEP, que fazem parecer que ali “nada é impossível”. Em especial, à Elaine, da secretaria do PPGE, pelo empenho em nos ajudar. viii Ao professores do curso de graduação e mestrado em Educação em Física, amigos, irmãos, que nos fizeram sentir acompanhada na coordenação do curso e nas decisões tomadas durante esse processo. Aos funcionários do curso de Educação Física, em especial à Valéria, vocês nos ajudam a caminhar cotidianamente. Às minhas filhas Mariana e Camila, pelas horas dedicadas às transcrições dos depoimentos dos professores, sem elas este trabalho não seria possível. Ao meu afilhado Eric, mestre do computador, carinhoso e sempre solícito a resolver os problemas surgidos. Obrigada pela tranqüilidade que me proporcionou. À minha sobrinha Raquel, pela interlocução acadêmica e as dicas, vindas de um novo olhar. À amiga Cuca, pelo companheirismo sempre presente e a preciosa ajuda na tradução do resumo da tese. Aos meus alunos de graduação, ouvintes de minhas histórias - em especial aos alunos, Rafaela, Carina, Viviane, Taline e Luís pelo empenho nos trabalhos do NUCORPO. E... às crianças, alunos de muitos anos, razão maior de nossa pesquisa. ix RESUMO Neste trabalho, investigamos as relações que professores de Educação Infantil estabelecem com as brincadeiras, tanto em sua história pessoal, vivida durante a infância, como em suas práticas pedagógicas e de formação, buscando apreender em seus depoimentos as suas concepções sobre a infância, o brincar e a Educação Infantil. Considerando que nascemos inseridos em relações sociais, nestas nos constituímos e desenvolvemos a nossa especificidade humana, nos apoiamos na teoria histórico-cultural proposta pelos estudos de L. S. Vigotski. Para o encaminhamento da pesquisa, nos baseamos nos procedimentos da metodologia da História Oral, sendo os dados da pesquisa obtidos através da gravação dos depoimentos dos professores ocorridos em dois momentos: um de discussões coletivas sobre o brincar na prática pedagógica dos professores, que ocorreram durante encontros de formação promovidos pela Rede Municipal de Ensino de uma cidade do interior do estado de São Paulo e outro em entrevistas individuais, com os sujeitos que aderiram a esta segunda fase, quando estes nos falaram sobre as suas vivências de brincadeiras de infância. Os resultados revelaram que as brincadeiras são relevadas nas práticas pedagógicas cotidianas, no entanto, no contexto da Educação Infantil, convivem contraditoriamente relações diversificadas e complexas, decorrentes de concepções e significados atribuídos pelos professores a esta prática social, marcadas, entre outras coisas, pelas suas experiências de infância. Neste sentido, a organização de espaços de discussão, onde os professores possam contrapor ou referendar suas concepções, são fundamentais para a estruturação de uma processo pedagógico para a Educação Infantil, de modo que legitime o brincar e considere todo o seu potencial educativo. x ABSTRACT In this work we investigate Child Education teachers’ relation to children’s games, both in the experience during their own childhood as well as in their teaching training and practice, looking for learning from their testimony what concept they have about childhood, the act of playing, and Child Education. Considering we are inserted into social relations from birth, and into them we grow and develop our human characteristics, we based our work on the cultural-history theory proposed by L. S. Vigotski. We based the procedures of our research on the Verbal History methodology, being the data collected by recording teachers’ testimony in two phases: during the group discussions about “playing” in their teaching practice during educational forums promoted by the Education Department of a city in São Paulo State (Rede Municipal de Ensino); and during individual interviews with those who participated on this second phase, when they told us about their childhood experiences. The results tell us that childhood games are part of daily teaching practice; however, in Child Education the relations are contradictorily diverse and complex in consequence of teachers’ given concept and meaning to this social practice due to their own childhood experience. In this sense, the promotion of teachers’ discussion meetings, where they can expose and debate their concepts, is fundamental to the Child Education process structuring, allowing the whole educational potential of “playing” to be explored. xi SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 01 1. A INFÂNCIA E O BRINCAR ............................................................................... 06 1.1.Os diferentes tempos e espaços da infância ........................................... 11 2. O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL .......................................................... 17 2.1.O brincar e a Educação Infantil através dos tempos .............................. 17 2.2.O brincar na Educação Infantil brasileira ................................................. 21 3. A BRINCADEIRA E OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL ............ 25 3.1.A perspectiva de Vigotski sobre a brincadeira da criança pequena ..... 25 3.2.A constituição dos professores ................................................................ 33 4. O PROCESSO DA PESQUISA .......................................................................... 42 4.1.Os sujeitos da pesquisa ............................................................................ 45 4.2.Os encontros de formação ........................................................................ 47 4.2.1. As discussões coletivas ................................................................... 50 4.2.2. Os estudos das teorias ..................................................................... 52 4.2.3. As vivências das brincadeiras ......................................................... 53 4.3.As entrevistas individuais ......................................................................... 55 4.4.A transcrição dos depoimentos ................................................................ 59 4.5.A análise dos depoimentos ....................................................................... 60 4.6.A publicação dos resultados ..................................................................... 62 5. O BRINCAR NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES ........... 63 5.1.Fase 1 – Análises e discussões dos depoimentos obtidos nos encontros de formação .............................................................................. 64 5.1.1. Quais são as condições físicas e as condições materiais para o desenvolvimento da brincadeira? ................................................... 65 5.1.2. Como vocês têm tratado o brincar no cotidiano pedagógico? .... 75 5.1.3. Brincar é importante para a criança? .............................................. 89 5.1.4. A escola é ou não é o espaço da brincadeira? .............................. 94 5.1.5. Toda vez que a brincadeira é trabalhada enquanto estratégia educacional ela dá certo? .............................................................. 103 5.1.6. Como foi para vocês vivenciarem as brincadeiras? ................... 107 xii 5.1.7. Considerações sobre as discussões realizadas nos encontros de formação .......................................................................................... 112 6. O BRINCAR NAS LEMBRANÇAS DE INFÂNCIA DOS PROFESSORES ..... 116 6.1.Fase 2 – Análises e discussões dos depoimentos nas entrevistas individuais ................................................................................................ 117 6.1.1. Caracterização das professoras ................................................... 118 6.1.2. A infância ........................................................................................ 123 6.1.2.1. A própria infância ................................................................ 126 6.1.2.2. A infância na atualidade ...................................................... 129 6.1.3. O brincar .......................................................................................... 135 6.1.3.1. O brincar na rua ................................................................... 136 6.1.3.2. O brincar em outros espaços ............................................. 139 6.1.3.3. O brincar entre crianças ...................................................... 141 6.1.3.4. O brincar na escola .............................................................. 143 6.1.4. A Educação Infantil ......................................................................... 147 6.1.4.1. A prática pedagógica ........................................................... 149 6.1.4.2. O que trazer para os alunos brincarem .............................. 151 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 157 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 163 1 INTRODUÇÃO E lá se vinha novamente Dona Antônia1 ..., olhos miúdos, pretos como jabuticabas, vivos! Lá se vinha ela, nos seus oitenta e dois anos (e ainda dirigindo), a nos contar histórias de seu tempo de menina. Ao caminhar em nossa direção, algo percebíamos: iluminava-se e o seu corpo que, com tantas pregas, mal escondia o seu jeito “moleca” de ser: - Sabe professora, quando eu era criança, eu brincava assim... E passava a nos relatar as suas brincadeiras de infância, com infindáveis detalhes, falando também da cor do sol no cair da tarde, dos sons das crianças, do cheiro de manga que vinha do quintal vizinho. De outra feita, ao ministrarmos cursos para professoras de Educação Infantil em cidades do interior do estado de São Paulo, pudemos observar estas jovens senhoras que, ao nos contarem as travessuras dos tempos de infância, suas brincadeiras, manifestavam o mesmo gozo. Estas situações, entre muitas outras vividas durante os anos de 2001 a 2002, quando ministramos cursos de formação para professoras e, posteriormente, para os alunos da Universidade da Terceira Idade da Universidade Metodista de Piracicaba, foram responsáveis por despertar em nós o desejo dessa pesquisa. Havia algo de diferente, de especial, no relatar daquelas alunas. O que acontecia durante estes momentos? O que estariam estas pessoas a relembrar? Estariam esses nossos sujeitos iniciais, revelando em seus relatos, em suas brincadeiras, a criança que neles ainda fazia morada, vivências de infância que os constituíram? Por que, assim como Dona Antônia, todos os adultos encontrados nestas oportunidades apresentavam tanto prazer em relatar as suas vivências das brincadeiras de infância? Caminhando um pouco mais longe no tempo, observando a mudança do dia-a-dia das crianças que foram nossos alunos de Educação Física Infantil numa instituição particular de outra cidade no interior de São Paulo, entre 1979 e 2000, pudemos perceber que, ano após ano, o acesso aos momentos de brincadeiras 1 Dona Antônia, nome fictício, foi nossa aluna no módulo especial da Universidade da Terceira Idade da UNIMEP no ano de 2003. 2 coletivas era diminuído e novas atividades, como computação, inglês, cursos de artes ou esportes, eram acrescentadas às suas agendas. Claro que estamos falando de crianças que possuem uma melhor condição socioeconômica. Já aquelas que, ao contrário, apresentavam menor poder aquisitivo, apesar de sonharem, pelas condições de vida em que se encontravam, dificilmente mudariam seu status. Desde longa data, muitas crianças são introduzidas precocemente no mercado de trabalho, seja ele informal, ou ainda, relativo à mendicância. Infelizmente em nosso país, este é o maior número, pois aproximadamente seis milhões delas trabalham, nas ruas, em carvoarias, na lavoura e nos mais variados ofícios, geralmente em condições subumanas2 . Crianças das quais não só a possibilidade de brincar é tirada, mas muitas vezes, a esperança também. Por outro lado, especialmente nos grandes centros, o espaço da brincadeira também ficou restrito. A rua e a praça, pontos de encontros das crianças, nem sempre podem ser freqüentados, pois a violência que, por vezes, impera não nos permite deixar que os pequenos brinquem à vontade, nesse caso, não importando a classe social a que pertençam. Com pouco tempo e com pouco espaço, reduz-se por demais a possibilidade das crianças brincarem em grupo. Visto assim, em decorrência destas mudanças sociais, as relações cotidianas da infância com o brincar e seus modos de funcionamento foram gradativamente transformados. Do mesmo modo, a escola e a Educação Infantil sofrem a influência de tais mudanças, ao mesmo tempo em que contribuem para que estas aconteçam. Assim, a presente pesquisa nasceu da inter-relação destes dois aspectos por nós vivenciados: por um lado, o prazer que os professores apresentavam ao relatar as brincadeiras de infância, em cursos que ministramos e, pelo outro, a diminuição gradativa de oportunidades de vivência de jogos e brincadeiras coletivas na infância contemporânea. Partindo da inter-relação destes dois aspectos é que iniciamos a problematização de nossa pesquisa. 2 BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios: trabalho infantil. Rio de Janeiro: MPOG/IBGE, 2001. Disponível em

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