O CONTEXTO AMAZÔNICO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA ATUALIDADE
Por: francileiderodri • 8/3/2018 • Relatório de pesquisa • 6.296 Palavras (26 Páginas) • 234 Visualizações
FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS – FAMETRO
CRISLEY JANE LUCAS BATISTA
FRANCILEIDE RODRIGUES DE LIMA
KÉRINA ROCHA BARBOZA
SHIRLEY LIMA DE CARVALHO
MIRNA KÉZIA MIRANDA DOS SANTOS
O CONTEXTO AMAZÔNICO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA ATUALIDADE
Manaus
2017
CRISLEY JANE LUCAS BATISTA
FRANCILEIDE RODRIGUES DE LIMA
KÉRINA ROCHA BARBOZA
SHIRLEY LIMA DE CARVALHO
MIRNA KÉZIA MIRANDA DOS SANTOS
O CONTEXTO AMAZÔNICO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA ATUALIDADE
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia, área de Educação no Amazonas, da Faculdade Metropolitana de Manaus – Fametro, como requisito pra obtenção parcial de nota N2.
Sob Orientação da Prof. Socorro Lima
Manaus
2017
- SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
1. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENAS NO CONTEXTO HISTÓRICO 5
2. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NO CONTEXTO ATUAL 11
3. EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DE NÍVEIS E MODALIDADES 13
4. OS DIFERENTES NÍVEIS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO ESCOLAR 13
4.1 Educação Básica 15
4.2 Educação Infantil 15
4.3 Ensino Fundamental I 16
4.4 Ensino Médio/Ensino Médio Técnico/Educação Profissional 16
4.5 Ensino Superior 17
4.6 Educação Quilombola 18
4.7 Educação no Campo 20
4.8 Educação Especial 21
4.9 Educação EJA 21
CONCLUSÃO 23
REFERÊNCIAS 24
INTRODUÇÃO
A educação indígena se caracteriza pelos processos tradicionais de aprendizagem de saberes e costumes característicos de cada etnia. Estes conhecimentos são ensinados de forma oral no dia-a-dia, nos rituais e nos mitos. Entretanto, várias etnias indígenas têm buscado a educação escolar como um instrumento de redução da desigualdade, de firmação de direitos e conquistas e de promoção do diálogo intercultural entre diferentes agentes sociais.
As lideranças indígenas distinguem a educação indígena da educação escolar: a educação indígena é responsável pela aquisição das tradições, costumes e saberes específicos da tribo, da etnia a qual o indivíduo pertence; já a educação escolar complementa os conhecimentos tradicionais e garante o acesso aos códigos escolares não-indígenas. Além disso, a formação da consciência da cidadania, a capacidade de reformulação de estratégias de resistência, a promoção de suas culturas e a apropriação da estruturas da sociedade não-indígena e a aquisição de novos conhecimentos úteis para a melhoria da condição de vida dos índios fazem parte das pautas relativas à educação escolar indígena.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENAS NO CONTEXTO HISTÓRICO
A escola para índios no Brasil começa a se estruturar a partir de 1549, quando chega ao território nacional a primeira missão jesuítica enviada de Portugal por D. João III. Composta por missionários da Companhia de Jesus e chefiada pelo padre Manuel da Nóbrega, a missão incluía entre seus objetivos os de converter os nativos à fé cristã. No processo de catequização, os missionários jesuítas procuraram antes se aproximar dos indígenas, para conquistar sua confiança e aprender suas línguas. Esses primeiros contatos entre jesuítas e índios ocorreram ora em clima de grande hostilidade, ora de forma muito amistosa.
. Segundo Leonardi (1996), quando o índio se recusava a trabalhar ou se revoltava, opondo resistência ao processo de escravização (completa ou parcial), ele era duramente perseguido e reprimido. Os índios que ofereciam resistência eram vistos como selvagens e embrutecidos. A resistência à escravização levou a batalhas sangrentas com os colonizadores ao longo de todo processo de ocupação do território brasileiro. Em decorrência disso os africanos acabaram por se tornar o principal contingente a fornecer força de trabalho escrava a partir do segundo século da conquista. A princípio, para ensinar os índios a ler, escrever e contar, bem como lhes inculcar a doutrina cristã, os missionários jesuítas percorriam as aldeias em busca, principalmente, das crianças. Por não disporem de instalações fixas e próprias para o ensino, essas missões foram chamadas de volantes. [pic 1]
Aos poucos foram se definindo dois ambientes distintos onde os jesuítas ensinavam: as chamadas casas - para a doutrina dos índios não batizados - e os colégios, que abrigavam meninos portugueses, mestiços e índios batizados. Nos colégios a educação tinha um caráter mais abrangente e estava voltada para a formação de pregadores que ajudariam os jesuítas na conversão de outros índios. Mas esses ensinamentos, impostos e distantes da realidade dos nativos, não produziram mudanças no seu modo de vida, da forma direta e com a rapidez e facilidade que esperavam os portugueses. Bastava que eles voltassem ao convívio com outros índios que, mesmo aqueles que eram batizados, retornavam aos seus costumes e crenças. A população indígena brasileira nessa época era bastante diversa; estima-se que existiam aproximadamente 10 milhões de índios e cerca de 1.200 línguas diferentes faladas por grupos étnicos com costumes e tradições próprios. As diferenças no tratamento dispensado pelos jesuítas aos povos nativos eram proporcionais à resistência que os mesmos ofereciam ao processo de escravização. Um exemplo seria a violência praticada contra os índios Tremembé, no século XVII; todavia, a expedição militar que foi enviada para reprimi-los foi chamada de “atividade de pacificação”.
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