O Cinema na Escola

Pré-Projeto

CINEMA NA ESCOLA: Análise crítica, apropriação do espaço público e diversidade.

Objetivo: Esse projeto visa utilizar as redes cinematográficas no ambiente escolar para o entendimento dos alunos, afim de melhorar a compreensão nas disciplinas de História (enredo e crítica), Português (linguagens) e Arte (áudio visual e fotografia). Os objetivos são de estimular e construir no aluno uma apropriação crítica da mídia com análises, discussões sucintas com o suporte de um questionário.  Iremos apresentar filmes que tenham aproximação com a idade e realidade dos alunos, utilizando da linguagem alternativa que tende estimular a sensibilidade do estudante, tendo em vista que imagens e sons estimulam mais facilmente o cérebro facilitando a compreensão do tema passado.

Queremos fazer com que os alunos se apropriem do espaço escolar inserido, explorando os recursos que lhes são disponibilizados pelo Estado. E por fim, produziremos um curta documentário, onde os próprios alunos serão agentes participativos na montagem. Acreditamos que esse método paradidático complementa o ensino tradicional e estimula o ser pensante e criativo que há em cada estudante.

Faixa etária a se trabalhar: A partir de 9 anos.

Tempo estipulado do projeto: De 10 a 20 horas no total, distribuídas da melhor forma possível, para não atrapalhar o andamento do calendário escolar.

Produto final: Ensinar sobre a arte de fazer cinema e, pelas mãos dos alunos, documentar em filmagens de atividades e pequenas entrevistas, que ao final se transformará em um curta documentário, sobre a importância das aulas paradidáticas e despadronizadas.

CINEMA NA ESCOLA

Raquel de Araújo, Danilo Piló, Graziele Azevedo, Bruna Cristina, Matheus Lucio.

Estudantes de Licenciatura em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte.

Professor Rodrigo Lopes.

Resumo: Esse projeto visa utilizar as redes cinematográficas no ambiente escolar para o entendimento dos alunos, afim de melhorar a compreensão nas disciplinas de História, Português, Arte e outros. Os objetivos são de estimular e construir no aluno uma apropriação crítica da mídia com análises e discussões, instigar o interesse pela arte, apresentar filmes que tenha os mesmos conteúdos das aulas expositivas, porém utilizando da linguagem alternativa que tente estimular a sensibilidade do estudante, tendo em vista que imagens e sons estimulam mais facilmente o cérebro facilitando a compreensão do tema passado. Por fim, queremos fazer com que os alunos se apropriem do espaço escolar inserido, produzindo, eles mesmos, um curta documentário, explorando os recursos que lhes são disponibilizados pelo Estado. Esse método paradidático complementa o ensino tradicional e estimula o ser pensante que há em cada estudante.

Palavras chave: Cinema-educação, estudantes, pensamento crítico, arte e educação, mídia, cultura.

Introdução:

O cinema e os aparatos midiáticos são de extrema importância no ambiente escolar, pois esses recursos quando bem alinhado com outras disciplinas pode ser aplicado combinando com uma atividade de leitura, o que facilita e reforça o entendimento das aulas expositivas juntamente com as aulas de linguagens interativas. Esses recursos estimulam o aluno a se apropriar do pensamento crítico e questionador, além de instigar o aluno o interesse pela arte e o aproximando cada vez mais do espaço em que é inserido e até mesmo em espaços culturais da cidade.

Os recursos paradidáticos nas escolas como mídia educativa não excluem os didáticos, mas os complementam para uma compreensão maior e uma identificação palpável do aluno porque podem utilizar aspectos mais lúdicos que os didáticos e, dessa forma, serem eficientes do ponto de vista pedagógico.  O cinema pode ser compreendido a partir de suas dimensões de aprendizagem relacionada ao objeto da cinematografia como sendo um meio eficaz de comunicação, expressão e arte, e pode ser abordado como máquina de conhecimento, comunicação, expressão, arte e sentimentos. Quando aplicado no âmbito escolar tem força suficiente para transformar socialmente o indivíduo, em sua maneira de pensar e de agir, pois ‘’oferece a oportunidade para comunicar e expressar os sentimentos através de Mostra de filmes e do fazer cinematográfico, integrando, informando, educando, divertindo, gerando conhecimento e envolvendo professores, alunos e a comunidade escolar num trabalho coletivo e segmentado na Arte-educação, de forma bastante criativa, promovendo inclusive o desenvolvimento da arte como sistema cultural’’ ( Faria, Moysés). O estudo da arte nos permite explorar a sensibilidade, uma sensibilidade coletiva, ampla e tão profundas quanto a nossa própria vida social, nos trazendo para mais próximo da realidade.

Desde o período neolítico o homem já sentia a necessidade de reproduzir a sua realidade em pinturas, que com o domínio da linguagem e das técnicas artesanais foram se aperfeiçoando com o passar do tempo. Segundo pesquisas, há aproximadamente oito mil anos atrás, no oriente, os chineses já projetavam sombras de diferentes figuras recortadas e manipuladas sobre a parede com jogo de sombras, próprio do seu teatro de marionetes, e hoje em contexto de século XXI, a indústria cinematográfica cresceu em grande escala nos proporcionando uma interação muito maior com o lúdico e o real além das diversas nomenclaturas para todo tipo de arte produzida pelo recurso audiovisual. Em detrimento disso, não pode excluir a presença do objeto cinematográfico no nosso meio, na nossa história e principalmente no espaço escolar.

É importante trabalhar e dialogar com o cinema e a linguagem cinematográfica na rotina usual escolar com as crianças e adolescentes, pois entendemos que eles precisam aprender de forma flexível o domínio da linguagem cinematográfica, para que possam ir e vir com facilidade nos diferentes campos sociais. Alexandre Arnoux, por exemplo, considera que “o cinema é uma linguagem de imagens, com seu vocabulário, sua sintaxe, suas flexões, suas elipses, suas convenções, sua gramática”.  “O que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder excepcional que vem do fato de sua linguagem funcionar a partir da reprodução fotográfica da realidade. Com ele, de fato, são os seres e as próprias coisas que aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e à imaginação’’ (MARTIN, Marcel).