O Coordenador Pedagógico e suas funções no contexto escolar da educação infantil.
Por: Francielli Tapia • 24/11/2016 • Trabalho acadêmico • 4.582 Palavras (19 Páginas) • 568 Visualizações
O Coordenador Pedagógico e suas funções no contexto escolar da educação infantil.
ACADÊMICOS ( Deborah do Prado Nogari Camargo, Francielli Tapia, Telma Roza)
Professora: Andréia Maria Guimarães Leandro Binhara
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura (PED 1605) – paper coordenador pedagógico
22/11/2016
RESUMO
O ambiente escolar é permeado por diferentes funções, buscando uma educação de qualidade. Para que isso seja possivel é necessário que a equipe em geral trabalhe unida de maneira siginificativa e construtiva para o conhecimento, e o coordenador pedagógico precisa estar atento a orientar ações que faça a diferença educacional por isso precisa ter sua função definida, assumindo o que é seu papel. Alguns pesquisadores trazem em seus conteúdos, reflexões reais da função do coordenador pedagógico, sua atuação no contexto educacional, bem como suas práticas que permeiam o cotidiano e suas responsabilidades de formar e manter a equipe escolar firme na proposta de trabalho na unidade escolar, promovendo a formação continuada dos professores, integração com as famílias e diversidades de ações pedagógicas para o desenvolvimento integral das crianças, o pedagogo deve estar constantemente participando também de formação continuada para sua formação profissional. Assim com uma descrição ampliada e descritiva sobre a função real do pedagogo no contexto da educação, será possível compreender e questionar aquilo que é de seu alcance.
Palavras- chaves: coordenador pedagógico, responsabilidades, ambiente escolar
1 INTRODUÇÃO
No cotidiano de nossas vidas profissionais nas ações de um coordenador pedagógico, encontramos diversos questionamentos que passaram a nos inquietar, portanto, mais do que uma pesquisa, este texto apresenta entendimentos, reflexões e a reconstrução de conceitos sobre a função do coordenador pedagógico. Sabe-se que mesmo quando a coordenação tem sua clara responsabilidade de organizar o trabalho pedagógico da escola, fator que tende a dificultar a ação supervisora, bem como da própria direção, que prima pela melhoria na qualidade de ensino.
A função de coordenador pedagógico permite notar no cotidiano escolar que a organização do trabalho pedagógico é essencial, devendo, assim, ser bem planejada e estruturada, sendo muito mais do que somente atender alunos/pais com problemas.
Desse modo, há de compreender que o cotidiano da escola deve se organizado em função da aprendizagem e do sucesso escolar dos discentes, os quais dependerão de diferentes estratégias metodológicas planejadas e executadas. Estas devem estar em consonância com os pressupostos filosóficos e metodológicos definidos coletivamente no PPP, cuja elaboração deve ser sistematizada pelo coordenador pedagógico. Sendo assim, o objetivo que elucida as escolhas desta pesquisa é o de caracterizar as ações do coordenador pedagógico de uma instituição de ensino.
DESENVOLVIMENTO
Refletindo sobre a pedagogia e sua história é possível perceber que a mesma passou por diversas reformulações e rupturas na tentativa de construir sua identidade e definir o papel do pedagogo diante a sociedade.
A escola é um espaço para se trabalhar o conhecimento e fortalecer as relações, onde o coordenador pedagógico tem função formadora e articuladora, oferece orientações pedagógicas por vias do seu conhecimento e ajudando a conduzir o ensino e a compreensão, tem múltiplas funções e por muitas vezes ainda acabam fazendo ações que não é seu papel, dentre suas funções está a de: planejar, executar, orientar, acompanhando e avaliando os processos educativos, levando sempre a reflexão sobre o cuidar o educar no espaço escolar e mostrando ao grupo de docente a importância das ações de cada um no contexto educativo, tem a missão de encontrar formas de relacionar a escola com as famílias, propondo estratégias para que a educação seja transformadora e que as famílias sejam parceiras neste processo.
E através de suas inquietações não deixa que a educação se acomode e sim permita que gradativamente venha conquistando novos espaços e reconhecimento, ser pedagogo é saber lidar com diferentes situações diárias, com mudanças e imprevistos, pois a cada momento tudo se modifica com muita rapidez que competem o pedagogo constantemente reformular estratégias para que o ambiente escolar esteja preparado para tais alterações, é também parte do pedagogo analisar as propostas pedagógicas que serão trabalhadas com as crianças as quais possam possibilitar aprendizados através das experiências vivenciadas na escola.
De acordo com Franco (pg110)
Esse profissional deverá ser investigador educacional por excelência, pressupondo, para esse exercício, o caráter dialético e histórico dessas práticas. Assim, o pedagogo será aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica e práxis educativa e deverá estar comprometido com a construção de um projeto político voltado à emancipação dos sujeitos da práxis na busca de novas e significativas relações sociais desejadas pelos sujeitos.
Pode se pensar que o coordenado pedagógico traz a importância da teoria, pontos importantes de reflexão que servirão como base para vida social atual, já que a sociedade necessita urgentemente descobrir caminhos para humanizar os homens, tornando consciente da sua capacidade de transformar o presente, pensando no bem coletivo. O Coordenador Pedagógico está em fase de conquista do seu espaço e são muitas as discussões em torno da sua identidade e da sua formação. Isto demonstra a necessidade de um maior aprofundamento a respeito da formação desse profissional.
Quem é hoje o coordenador pedagógico dentro das instituições de ensino? A princípio a resposta nos parece clara, aquele profissional que trabalha com a parte pedagógica da escola. O que nos parece claro, não o é, não ao menos para aqueles que desempenham esta função. Franco (2008) realizou uma pesquisa com coordenadores da rede pública e constatou que os mesmos percebem-se
aflitos, exaustos, angustiados, trabalham muito e tem pouco retorno no que concerne às mudanças na estrutura da escola, gastam grande parte do tempo com tarefas burocráticas, atendendo pais ou organizando eventos, festividades e/ou projetos solicitados pela secretaria de educação ou direção da escola, estão atordoados com a indisciplina dos alunos e a falta dos professores, onde precisam dar um “jeitinho” para que os alunos não fiquem sem aula. Desta forma, o espaço para o planejamento é mínimo, e para a improvisação é máximo, ficando as atividades conduzidas por ações espontaneístas, emergenciais, superficiais, baseadas no bom senso. A pesquisa de Franco nos remete às palavras de Bartman (1998, apud LIMA; SANTOS, 2007, p. 82) [...] o coordenador não sabe quem é e que função deve cumprir na escola. Não sabe que objetivos persegue. Não tem claro quem é o seu grupo de professores e quais as suas necessidades. Não tem consciência do seu papel de orientador e diretivo. Sabe elogiar, mas não tem coragem de criticar. Ou só critica, e não instrumentaliza. Ou só cobra, mas não orienta. O coordenador enfrenta o desafio de construir seu novo perfil profissional e delimitar seu espaço de atuação, porém precisa resgatar sua identidade e consolidar um trabalho que vai muito além da dimensão pedagógica, “possui caráter mediador junto aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de uma ação
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