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O Curso de Licenciatura em Pedagogia

Por:   •  20/8/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  198 Visualizações

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                                   UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB

Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

Disciplina: educação e trabalho

                                   Coordenadora: Débora Barreiros

Aluno (a): Vivianne Ogando dos Santos          Matr.:17212080299

Pólo: Petrópolis                              

 Questão 1: Assim como a educação, o trabalho é atividade essencialmente humana, pois só os seres humanos (dotados da racionalidade) são capazes de executá-lo. É por meio do trabalho, da ação transformadora sobre a natureza e não de simples adaptação a ela, que os seres humanos produzem /reproduzem a sua existência. Ao longo da história da humanidade, isto é, das comunidades primitivas ao atual modo de produção capitalista - o trabalho adquiriu distintos formatos, produto das relações humanas. Com base no texto de Suzana Albornoz (aula 1) e de Demerval Saviani (aula2) , disserte sobre o conceito de trabalho, demonstrando a forma que o trabalho adquire no atual estágio capitalista, além de explicar a que grupos da sociedade o desenvolvimento da tecnologia tem beneficiado em maior proporção.

Resposta: Históricamente, o trabalho representa a concretização da relação estabelecida entre o homem e a natureza para a satisfação de suas necessidades. É um processo contínuo e dialético, onde o homem transforma a natureza para um fim determinado. Paralelamente, ao transformar a natureza, ele também se transforma.

Diferentemente dos animais, que executam suas atividades de forma instintiva, o homem planeja sua intervenção, possuindo consciência de sua ação. O resultado de seu trabalho foi antecipado idealmente na imaginação de seu executor. Neste processo, o homem produz seus meios de subsistência, construindo indiretamente sua vida material; com isso ultrapassa o determinismo natural, executando uma ação criadora frente à natureza. Em seu sentido ontológico, o trabalho é o intercâmbio entre homem e natureza, em um processo onde ele a transforma teleologicamente, ao produzir valores de uso.

Quando o homem exerce atividade criativa, livre e consciente por meio da qual ele produz e cria, ele também transforma o mundo a seu redor e a si mesmo. Essa atividade é específica do ser humano. A sociedade capitalista, ao mercantilizar toda a vida humana, acaba por ocultar a atividade do indivíduo de sua própria consciência. Com isso as relações entre os homens, transformam-se em relação entre coisas, os produtos de sua atividade mostram-se como algo autônomo, alheio em sua essência. As relações sociais convertem-se em algo “coisificado”. Com isso, a sociedade capitalista consegue romper o vínculo entre indivíduo e comunidade.

 A Revolução Industrial tornou as organizações maiores e mais complexas, trazendo consigo avanço tecnológico e uma visão focada para a lucratividade e produtividade, onde homens já não identificam-se com o produto de seu trabalho.

Nas relações capitalistas de trabalho com o desenvolvimento tecnológico ocorrendo em contínuas reestruturações produtivas da organização do trabalho com o aumento da tecnologia embarcada nos processos e produtos, na economia globalizada e da divisão internacional do trabalho, o dimensionamento de cada pólo da relação capital e trabalho tende a beneficiar o capital. O trabalhador imerso na economia global, sempre a depender da venda de sua força de trabalho, na posição submissa de contínua expropriação. No capitalismo, os objetivos são divergentes: enquanto o capitalista busca lucro, acumulação com crescente produtividade e competitividade, o trabalhador busca o consumo e os meios de sobrevivência; portanto, não há possibilidade de consenso na relação capital/trabalho e, evidentemente, de autonomia do trabalhador.

 

 Questão 2: Embora não seja possível ao homem viver sem trabalho, já que é por meio do trabalho que os homens garantem a produção/reprodução da sua existência, a apropriação privada da propriedade tornou possível aos proprietários viverem do trabalho alheio (do trabalho dos não-proprietários), dando origem às sociedades de classes. Saviani (2007) demonstra que a divisão dos homens em classes irá produzir a divisão do trabalho, a divisão na educação e a emergência histórica da separação entre trabalho e educação. Explique como se deu historicamente a separação entre trabalho e educação, a que objetivos atende e como essa separação se configura na atual sociedade de mercado.

 Resposta:  A divisão dos homens em classes é apontada por este autor como sendo o que provocou esta a separação. Estas divisões em classes se deram a partir da acumulação da produção e apropriação privada das terras, que separam a sociedade em duas classes, a dos proprietários e não proprietários de terras. Um apontamento importante é que esta divisão permitiu aos proprietários viverem sem trabalhar. Entendimento nosso é que sem trabalho o homem não pode viver, a natureza não produz os bens elaborados de que necessitamos, mas a partir deste fato os proprietários das terras passaram a viver sem trabalhar e os que não tinha sua propriedade além de trabalhar para si, trabalha para os donos. Esta divisão é notada por desde a antiguidade, de um lado a aristocracia detentora da propriedade privada e por outro lado os escravos. Neste caso apenas os escravos realizavam o trabalho. Na idade média entre escravista e senhores feudal, recentemente em donos das indústrias e mão de obra assalariada. Chegamos num ponto importante, esta separação da sociedade em classes implicou numa separação na educação. Se antes o trabalho tido por essencialmente humano, em que todos os indivíduos o realizavam e educação entendida como atividade que todos estes praticavam imbricada no processo de trabalho de forma coletiva e espontânea; agora a educação ganhou dois vieses distintos. Passou a existir uma educação para os proprietários das terras e outra forma para os que produziam nestas terras, ou seja, os escravos. Surgiu uma modalidade de educação desassociada dos processos produtivos. Para a classe proprietária destinavam-se as atividades intelectuais, de caráter lúdico e militar, enquanto para os não proprietários, direcionada os processos produtivos.

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