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O Ensinando História Com Ludicidade: Um Enfoque Na Cabanagem

Por:   •  26/6/2018  •  Artigo  •  3.785 Palavras (16 Páginas)  •  144 Visualizações

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 “ENSINANDO HISTÓRIA COM LUDICIDADE:

 Um Enfoque Na Cabanagem”.

Cíntia Rejane Cunha De Souza 1 
Graduanda Em Pedagogia, Licenciatura – IFPA/Belém.

e-mail: cintiarejane29@gmail.com

Cheila De Fátima Pimentel Da Silva 2
Graduanda Em Pedagogia, Licenciatura – IFPA/Belém.
e-mail: cheilapimentel@hotmail.com

Karla Cristina Soares Pinheiro 3

Graduanda Em Pedagogia, Licenciatura – IFPA/Belém.
e-mail: kristinafeliz@hotmail.com

Maria Madalena Lima Da Silva 4 
Graduanda Em Pedagogia, Licenciatura – IFPA/Belém.
e-mail: mada12345lima@gmail.com

Paola Rossi De Carvalho Gibson 5

Graduanda Em Pedagogia, Licenciatura – IFPA/Belém.

e-mail: paolagibson83@gmail.com

Orientadora:

Natália Conceição S. B. Cavalcanti.

Professora De FTM No Ensino De História Do IFPA/Belém.

e-mail: natalia.cavalcanti@ifpa.edu.br.

RESUMO

        O presente artigo discorre sobre a valorização do ensino da História Regional, abordando como tema principal “A Revolta Da Cabanagem”, como instrumento de resgate da história sociocultural paraense. Com a finalidade de fazer com que o aluno deixe de ser um sujeito passivo e se torne um sujeito crítico e ativo consciente de sua construção histórica, fizemos uso do diferencial existente na utilização de recursos didáticos como ferramentas metodológicas relevantes no âmbito da construção do conhecimento. Refletindo sobre a relevância de se adotar o ‘brincar’ como ferramenta auxiliadora para uma aprendizagem mais significativa, para que o ensino de História deixe de estar fundamentado em apenas meras reproduções de informações históricas enfadonhas e conteudistas.

Palavras-chave: Lúdico, Recurso, Ensino, História, Cabanagem.

INTRODUÇÃO.

        

        Este trabalho busca a reflexão sobre a importância do ensino de História com ludicidade – em específico o ensino de História Regional –, desde as séries iniciais, despertando no aluno a compreensão de que ele é também um sujeito histórico. Para a produção deste trabalho, com base em nossos conhecimentos e vivências em escolas públicas, escolhemos o tema “A Cabanagem”, após percebermos que se trata de uma temática quase inexplorada pelos professores e pouco conhecida pela grande maioria dos paraenses, apesar de ser um marco histórico de grandes proporções para a história sociocultural paraense.        

        Vale ressaltar que o ensino da História Regional é pouco reconhecido e valorizado, não só na sociedade paraense, mas, em todas sociedades das demais regiões brasileiras ou estrangeiras. A maior prova disso é que o estudo da História Regional só teve reconhecimento a partir do século XX com o surgimento de um novo conceito de História na França chamado de Nova História” que trouxe abordagens historiográficas mais diversificadas.

“[...] A Nova Historia, em suas diversas expressões, contribuiu para renovação e ampliação do conhecimento histórico e dos olhares da história, na medida em que foram diversificados os objetos, os problemas e as fontes. A História Regional constitui uma das possibilidades de investigação e de interpretação histórica. (...) Através da História Regional busca-se aflorar o específico, o próprio, o particular”.

(OLIVEIRA, p. 15, 2003).

        Desde então a História deixou de seguir um conceito linear e totalizante, possuindo caráter mais investigativo se tornando uma História plural resgatando temas distantes onde os menos favorecidos se tornam sujeitos participantes dessa História. Partindo dessa proposta podemos entender que o ensino de história na sala de aula não precisa ser apenas conteudista, não é uma questão de simples memorização. O professor deve fazer uso de novas propostas partindo da realidade dos alunos para que o aprendizado seja mais significativo e assim se tornem sujeitos participantes da História.

  1. Um Olhar Sobre A Revolta Da Cabanagem

        A Cabanagem foi um evento histórico importante que ocorreu no período regencial na Província do Grão-Pará entre 1835 a 1840 e ficou conhecida por esse nome devido ao fato de que a grande maioria dos envolvidos no conflito morava em cabanas. Essa revolta popular contou com diversos participantes como: comerciantes, fazendeiros, intelectuais, negros (escravos e libertos), indígenas, mestiços e mulheres.

        Embora por causas diferentes, os cabanos e os integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) uniram-se contra o governo regencial nesta revolta. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida). Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província. Mas o objetivo principal, que permitiu a ocorrência da união de classes tão distintas, era o desejo de se conquistar a independência da província do Grão-Pará.

        Uma grande façanha nessa revolta foi a participação feminina. Relatos sobre a presença da mulher no conflito são praticamente inexistentes na maioria dos livros didáticos. Apesar disso, a participação delas na Cabanagem é fato comprovado, uma vez que, existem no Arquivo Público do Pará, no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro documentos comprobatórios de tal façanha. Inclusive alguns deles foram analisados e expostos pela pesquisadora Eliana Ramos Ferreira, da Universidade Federal do Pará, em seu artigo “As Mulheres Na Cabanagem: Presença Feminina No Pará Insurreto” (FERREIRA, 2003).

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