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BRINQUEDOTECA ESCOLAR: Educação E Ludicidade

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Por:   •  5/5/2013  •  8.451 Palavras (34 Páginas)  •  2.482 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Esse estudo teve como objetivo entender a importância da brinquedoteca sobre a educação e ludicidade estimulando e conscientizando professores, familiares e alunos a importância da brinquedoteca no contexto escolar. São muitas as discussões sobre a importância da brinquedoteca para o processo de ensinar e aprender. A escola para alcançar um ensino mais eficiente e gratificante, aperfeiçoou técnicas didáticas consistindo em práticas inovadoras e prazerosas. Dentre essas inovações surgiram a brinquedoteca, como um recurso didático enriquecedor e dinâmico que garante resultados eficazes na educação escolar.

A brinquedoteca é um espaço criado para proporcionar estímulos para que as crianças possam brincar livremente e interagir com as outras, proporcionando a compreensão da importância dos brinquedos, dos jogos e das brincadeiras, na evolução do processo de seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, físico e social. Esse espaço na escola e na vida da criança tem um papel fundamental, uma vez que vem proporcionar aprendizagem, aquisição de conhecimentos e desenvolvimentos de habilidades de forma natural e agradável.

A brinquedoteca é um espaço de aprendizagens significativas, prazerosas e cooperativas, onde a criança aprende pelo manuseio de materiais, de cores, de tamanhos, de formas, de sons, de texturas e resistências diferentes. Com a riqueza do material lúdico e de sucata, reconhece, identifica as semelhanças e diferenças, abstrai, classifica, simboliza.

É importante que os educadores de hoje faça uso constante do lúdico na educação infantil, pois ao separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar o trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que brinca.

Enquanto a criança brinca, ela recria e revive situações, por exemplo: situações que lhe causaram alegria, ansiedade, medo e raiva podem ser revividas em forma de brincadeiras o que favorece uma maior compreensão de seus conflitos e emoções. (KISHIMOTO, 1994, p.51).

Os efeitos do brincar começam a ser investigados pelos pesquisadores que consideram a ação lúdica como uma possibilidade da criança compreender o pensamento e a linguagem do outro. Portanto, o brincar implica uma relação cognitiva e representa a potencialidade para interferir no desenvolvimento infantil, além de ser um instrumento para a construção do conhecimento do aluno. Diante do exposto acredito que o tema proposto é de relevância social e educacional.

A brincadeira pode e deve ser privilegiada no contexto educacional não apenas na Educação Infantil, mas no Ensino Fundamental também. A escola deve estar sempre atenta aos benefícios das brincadeiras no desenvolvimento da criança, bem como nas possibilidades que elas criam de se trabalhar diferentes conteúdos de forma lúdica, deve “lutar” sempre para que tais atividades sejam privilegiadas e bem aceitas pelas crianças e pelos adultos responsáveis.

Para Kishimoto (2000) “a função lúdica e educativa do brinquedo torna o processo de ensinar/aprender prazeroso e gratificante”. Nota-se que não se encontra nas concepções tradicionalistas da educação, as quais priorizam aquisição de conhecimento, disciplina e ordem como valores fundamentais, pois, a escola é que deve organizar espaços e disponibilizar materiais, com o objetivo de estimular as brincadeiras educativas e corporais, já que sua concepção dimensão corporal não pode estar ausente.

Entretanto, o que se vê hoje em dia é a crescente dificuldade do professor em utilizar a brincadeira como ferramenta pedagógica e temem que o brincar atrapalhe o conteúdo obrigatório que tem que ser dado no decorrer do ano letivo, mas o importante seria que as instituições escolares adotassem espaços como uma brinquedoteca, mas sem deixar de lado o conteúdo das aulas, o que mais impede os professores de implantarem esse sistema nas escolas.

Naturalmente o que se percebe é que as escolas possuem pouca adequação e espaço para as brincadeiras e isso dificulta bastante a saída da sala de aula, e muitas vezes nem possuem brinquedos ou objetos que estimulem a imaginação, a criação, o faz-de-conta. A “brincadeira” é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. A criança, nos seus primeiros anos, gosta de brincar apenas por diversão, mas sabe a diferença entre jogo e brincadeira.

Para que os jogos e brincadeiras ajudem no processo de construção do conhecimento, devem incluir atividades que favoreçam a troca de sugestões e opiniões das questões e criar situações para o desenvolvimento da autonomia. Seria de extrema importância que o jogo e a brincadeira fossem aplicados em várias áreas do conhecimento, pois assim daria á criança a oportunidade de se desenvolver e atenderia suas necessidades básicas no processo de aprendizagem.

A metodologia da pesquisa desenvolvida em pesquisa teórica baseada em livros, artigos científicos e revistas. A monografia foi dividida em três capítulos:

- No primeiro capítulo, foi feito uma análise histórica do lúdico e da brinquedoteca;

- No segundo capítulo, analisamos o lúdico como instrumento de ensino e aprendizagem;

- No terceiro capítulo, finalizaremos com o lúdico na educação e suas contribuições no processo de desenvolvimento da criança e postura do professor diante desta ferramenta.

CAPÍTULO I

ANALISE HISTÓRICA DO LÚDICO E DA BRINQUEDOTECA

O enfoque lúdico constituído por brinquedos e brincadeiras, foi ao longo do tempo ganhando destaque na formação escolar das crianças. Tem aparecido como objetivo enfatizador do trabalho com brinquedos e brincadeiras desde os primórdios com ênfase nas crianças que se encontram no berçário, maternal e nas séries iniciais.

Desde os primórdios da educação grego-Romana com base nas idéias de Platão e Aristóteles utilizavam-se os brinquedos na educação, associando a idéia de estudo ao prazer. Platão sugeria ser, o primeiro ele mesmo, uma forma de brincar. Na antiguidade utilizavam-se dados, assim como doces, guloseimas em forma

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