O Ensino Superior e Diversidade (atividade substitutiva)
Por: UMANDARAKE • 6/4/2023 • Trabalho acadêmico • 5.168 Palavras (21 Páginas) • 82 Visualizações
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
ENSINO SUPERIOR E DIVERSIDADE
Atividade Substitutiva apresentada à Faculdade de Ciências e Técnologia(UNIFTC), como requisito parcial para avaliação do curso de Especialização em Inovação Pedagógica na Docência Universitária.
Professor: .......
SALVADOR-BA
2021
INTRODUÇÃO
As mudanças na sociedade atual evidenciam a importância da educação inclusiva, no processo de ensino aprendizagem, já que as instituições de ensino, em todos os níveis, ainda apesentam dificuldades em romper paradigmas associados a conceitos e preconceitos estereotipados que desfavorecem a diferença, a diversidade e consequentemente a inclusão, havendo necessidade de abrir espaço para a singularidade do aluno, suas limitações, formas de ser e de conviver. Sendo imprescindível uma aprendizagem de qualidade, que ultrapasse a exclusão no contexto do aprendizado, seja na escola regular ou no meio acadêmico.
A educação inclusiva está descrita no Plano Nacional de Educação(PNE), instituído pela Lei Federal nº 13.005/2014, mais precisamente, na sua Meta 4, que propõe garantia de atendimento especializado adequados à educação especial e inclusiva, razão pela qual, evidencia-se maior preparo das instituições de ensino nos aspectos técnicos e estruturais, bem como dos profissionais que a compõem, para que recebam esses alunos e lhes proporcionem uma aprendizagem integradora, efetiva e de qualidade, inclusive porque, a inclusão ainda passa por inúmeras resistências e transformações. E no ensino superior não e diferente.
Historicamente, as primeiras discussões em torno da temática ganharam força na politica educacional brasileira, na década de 1990, influenciadas pela reforma educacional na educação básica, incluindo-se aí, o ensino superior. Entretanto, as diretrizes relativamente a essa seara ainda eram pouco comentadas.
Autores como Mattei e Haiduke (2010), Menezes (2010), Pereira (2008), Oliveira (2011) e Silva e Frota (2011) apontavam a necessidade de aprofundamento em torno das pesquisas acerca das Políticas de Inclusão para o Ensino Superior, por este campo apresentar inúmeras carências, intepretações e pontos divergentes(SANTOS; HOSTINS, 2015).
Ao longo de mais de três décadas, a ideia de incluir o aluno especial no ensino superior avançou consideravelmente, contudo, ainda apresenta suas dificuldades, frente aos entraves que as instituições e a sociedade apresentam, sendo um desafio para os profissionais que trabalham com esse público.
O professor/docente, enquanto promotor e mediador do ensino aprendizado, nesse universo inclusivo, quando preparado adequadamente, pode auxiliar o aluno/docente a desenvolver o seu aprendizado, ainda que este possua algum tipo de deficiência, seja física, intelectual e cognitiva, através de experiências e vivências cotidianas, dentro do contexto escolar/acadêmico e fora dele. Inclusive envolvendo novas tecnologias, que atualmente, são ferramentas importantes para as práticas pedagógicas, a exemplo das metodologias ativas, através de vídeos, músicas, jogos virtuais interativos, enfim, que poderão auxiliar o desenvolvimento cognitivo desses alunos, dependendo da deficiência apresentada, auxiliando na produção do seu próprio conhecimento.
Segundo Vieira (2017, p.3),
Para tanto, é preciso que haja interesse do professor, competência, dedicação e versatilidade na atuação de sua pratica pedagógica. É preciso que o professor compreenda o que está por trás do comportamento expresso e supostamente apresentar ao portador de deficiência desafios a sua capacidade atual de ultrapassá-los, com vistas a que a estas sejam acrescidos novos meios, para isso o professor precisa estar preparado, procurando aperfeiçoá-lo a todo momento.
Daí, pode se perceber a importância da educação inclusiva, nas suas mais diversas formas, bem como a importância das práticas docentes nesse processo.
De acordo com Faria e Camargo (2018, p.2)
A preparação do professor para a inclusão, em geral, refere-se a formação acadêmica; nesse sentido, sugere-se que as dificuldades em relação ao trabalho inclusivo poderiam ser minimizadas por meio da realização de cursos de formação, de capacitação e de educação continuada.
Assim, torna-se necessário que as instituições de ensino estejam preparadas para lhe dar com a diversidade que esse público apresenta, envolvendo todo corpo docente e equipe pedagógica, para de modo que estes possam estar aptos a desenvolver suas funções em torno dessa demanda. O que não é tarefa fácil, pois requer preparo, especialização, competência e habilidades distintas, para cada aluno, especificamente, objetivando apoiar a transformação do sistema de ensino inclusivo.
Por isso mesmo, a prática docente na educação inclusiva, seja no ensino regular e/ou superior, deve e precisa estar pautada na constante busca pelo conhecimento, aprimoramento e capacitação de todo corpo docente, comunidade acadêmica e profissionais afins, para proporcionar ao aluno especial, um melhor desenvolvimento no seu processo de ensino aprendizagem. Não sendo demais lembrar, que todo conjunto da obra, envolve, principalmente a comunidade e sociedade como um todo. Diante disso, discorre nessa atividade substitutiva sobre pontos relevantes derredor da diversidade na educação inclusiva no ensino superior.
1. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL SUPERIOR BRASILEIRA
A questão da diversidade no ensino superior não é algo novo, pois ultrapassa fronteiras ao longo de décadas, sendo considerada questão prioritária, nos seus mais variados aspectos, envolvendo, além da questão socioeducacional, inúmeras vertentes que englobam economia, trabalho, políticas públicas, frente à sua indiscutível relevância, na sociedade global.
Existem
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