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O FRACASSO ESCOLAR

Por:   •  3/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  198 Visualizações

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FRACASSO ESCOLAR

Pesquisas apresentam um cenário preocupante no campo educacional brasileiro, na qual mais de 60% dos jovens, entre 15 e 17 anos, se encontram fora da escola. Esse fenômeno, é resultante do alto índice de reprovação, o que leva a evasão e o abandono do ano letivo. Além disso, a qualidade de ensino e da pratica pedagógica exercida pelos profissionais da educação, acarreta o problema.

Regina e Antônio Flavio, em “Começando uma conversa sobre currículo”, inicia um debate acerca do assunto. É afirmado, que a escola encontra uma certa dificuldade de “o que ensinar” aos grupos oprimidos, gerando uma exclusão sendo tido como um fracasso, pois se a escola não se tem a capacidade de ensinar esses grupos, ela não está capacitada o suficiente. No entanto, é necessário que se traga o conhecimento externo dos alunos das classes populares para o interior da escola. A autora diz que deve haver a socialização de conhecimentos.

Entendemos, portanto, que o professor deve apropriar-se de formas fáceis de apresentar o conhecimento aos alunos, buscando acolher o conhecimento que os mesmos já apresentam, criando uma ligação entre os dois conhecimentos, popular e cientifico, enriquecendo o ambiente escolar.

Como exemplificado no texto, se é posto em confronto a variedade linguística da norma culta e a que de um menino da favela fala, surge uma nova variedade, e não se deve supervalorizar nenhuma das duas linguagens. Segundo Garcia (2012, p. 12),

Nem a supervalorização da cultura que trazemos, nem a supervalorização da cultura popular, mas a possibilidade de se ter a sala de aula como um espaço de ressignificação de conhecimentos, de produção de novos conhecimentos, de problematização dos diferentes conhecimentos, tal como eles estão postos na sociedade.

É notório, que a língua portuguesa apresenta diferentes variações. Sendo assim, o professor não deve tentar corrigir a fala “errada” dos alunos, pelo fato de não coincidir com a variedade linguística de prestígio social, e sim trabalhar com as diferentes linguagens, dando-lhes a consciência de que a língua não é homogênea. Havendo, assim, relações mais democráticas no ensino.

Moreira (2012), afirma que o professor não está sendo valorizado nos dias de hoje. Dessa forma, ele não busca o conhecimento, sendo desvalorizado perde-se a vontade de se especializar. Entretanto, o professor necessita dominar o conteúdo, que nada mais é que o material fundamental; porém, necessita também de conhecimentos didáticos, de conhecimentos mais amplos do processo educativo, relacionando os mesmos.

O processo precisa emancipar, buscar formas de encarar.

Deve-se procurar estratégias, caso não esteja dando certo. O professor deve ser o articulador da cultura.

Se o aluno não for homogeneizado ele será excluído, “diferente", cabe ao professor o homogeneizar. Contudo, políticas à altura da importância do professor, e não é a realidade que temos, disse o especialista...

Acontece, ainda, um distanciamento da teoria e a prática.  É que no curso de formação, aprendemos que a escola se pauta pela homogeneização e que trata o que foge à norma como anormal. Quem sai da faculdade com esse pensamento, apresenta muita dificuldade em lidar exatamente com a diversidade em sala de aula, com a riqueza de diferenças.

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