O JOGO SIMBÓLICO E SUA IMPORTANCIA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Por: Natália Santander • 10/11/2016 • Trabalho acadêmico • 3.618 Palavras (15 Páginas) • 617 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2 O QUE É O FAZ DE CONTA? ......................................................................................5
3 O ESPAÇO LUDICO............................................................................................................6
4 OBSERVAÇÃO DA CRIANÇA .......................................................................................9
5 CONSIDERAÇÕES.............................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................12
1 INTRODUÇÃO
A intenção deste trabalho é mostrar a importância da brincadeira de faz de conta para o desenvolvimento infantil (afetivo, cognitivo, motor e social). A infância tem um atributo muito intenso que é caracterizado pelo brincar, e é pelo brincar, e em específico, a brincadeira do faz de conta, que a criança pode vivenciar situações que lhe trazem algum desequilíbrio emocional, permitindo a compreensão da circunstância em que está vivendo e a organização de suas estruturas intelectuais. Assim sendo, o brincar auxilia a criança de várias formas, passando a ser um fato admirável para o seu desenvolvimento.
O faz de conta aceita que a criança aproveite o seu mundo imaginário para que possa compreender o mundo real em que está embutida. Por meio da brincadeira a criança pode vivenciar ocasiões de dificuldades pelos quais estão ocorrendo, admitindo a ela uma acomodação elevada contida na brincadeira pelo qual terá a habilidade de aceitar decisões diante a sua visão. Nas brincadeiras de fazer de conta as crianças inventam a capacidade de imitar, imaginar, representar sem temor da determinação do adulto. A partir do mundo em que ela inventa, consegue entender e internalizar regras no mundo em que está inserida, é brincando que a criança inventa muitas probabilidades de se introduzir no mundo adulto, adquirindo entusiasmo para atuar com facilidade diante de um desafio, tendo a capacidade de controle sobre a circunstância, pois ela sabe que na vida real diante dos adultos esse domínio não permanece, e ela tem que acolher determinação exterior.
Para Vygotsky (1984), ao citar o comportamento social do adulto em seus jogos, a criança está combinando casos reais com informações de sua ação imaginária. Esta fantasia surge da importância da criança, em reportar o dia a dia da vida do adulto da qual ela ainda não pode participar ativamente. Entretanto, essa cópia precisa de informações anteriores da realidade exterior, quanto mais rica for o conhecimento humano, maior será o material disponível para as fantasias. Analisamos que durante uma brincadeira individual ou em grupo, é estabelecida uma série de conhecimentos e várias habilidades são desenvolvidas, além de serem inventadas diversas táticas para resolver os conflitos emocionais.
2 O QUE É O FAZ DE CONTA?
Segundo Vygotsky (1998) o faz de conta é uma prática importante para a evolução mental da criança, pois instrui no objetivo da imaginação, a possibilidade de planejar e inventar situações lúdicas, a criança transmite o controle das situações imaginárias para o comando das regras.
A brincadeira cria zona de aumento proximal da criança que nela se permite além do comportamento tradicional para sua idade, o que vem inventar uma composição simples para as alterações da necessidade e da consciência, ocasionando um novo tipo de atitude em relação a realidade. Na brincadeira, aparecem tanto a ação no campo imaginativo em uma situação de faz de conta, como a criação das intenções voluntárias e as formações dos planos da vida real, constituindo-se assim, no mais alto nível do desenvolvimento pré-escolar. (Vygotsky, 1984, p.117).
O essencial da brincadeira de faz de conta é a formação de uma nova associação entre o conceito e a assimilação, ou seja, entre a concepção e o real. A criação do real se inicia do social (do convívio com outros), quando a criança reproduz o adulto e é direcionada por ele, e aos poucos é assimilada pela criança. Ela se inicia com um contexto imaginário, que é uma representação da situação real; no entanto a brincadeira é a memória de algo que realmente aconteceu, e não uma circunstância completamente nova. No brinquedo, atender as regras é uma fonte de encanto, por exemplo, não colocar na boca uma bala de brinquedo que, pelos princípios, é proibido comer, uma vez que foi produzida com algum material não comestível. As brincadeiras que abrangem a coletivização de uma fantasia necessitam da concordância recíproca dos regulamentos e procedimentos implícitos.
O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130)
À medida que a brincadeira se desenvolve, ocasiona uma proximidade com a realidade em seu meio social, sem que ela perceba. Nesta situação, o autor ressalta o componente como a base da brincadeira e que ao brincar de faz de conta, a criança imagina papéis e afinidades do mundo adulto. A criança passa a administrar o seu comportamento pelo mundo imaginário, sendo assim, o pensamento está desprendido dos objetos e a ação nasce das ideias, passando a combinar reais situações com base na sua fantasia.
Segundo Vygotsky (1998) A fantasia nasce da vontade da criança em representar a rotina da vida do adulto que ela ainda não pode interagir completamente. No entanto, esta representação requer experiências prévias da realidade externa, sendo assim, quanto mais farta for a bagagem da criança, maiores serão as ferramentas disponíveis para a criação que irão realizar em seus jogos. Segundo o autor, não há um limite fechado entre a fantasia e a realidade;
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