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O LÚDICO E A PEDAGOGIA HOSPITALAR

Por:   •  29/11/2017  •  Ensaio  •  3.532 Palavras (15 Páginas)  •  671 Visualizações

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Universidade de Brasília – UnB

                                                Faculdade de Educação - FE

O LÚDICO E A PEDAGOGIA HOSPITALAR

Viviane Lima dos Santos - projeto 2/UnB

RESUMO

Neste artigo discute-se a história do lúdico na educação e dentro da área hospitalar, onde os pedagogos atuam para atender as necessidades das crianças enfermas e para que elas não se afastem por muito tempo dos estudos. O artigo aborda o brincar como uma terapia e o espaço dentro do hospital para essa função do lúdico. A criança quando está num período de internação ela está distante de todas as pessoas que ela convive e até mesmo da sua rotina, nesse período o pedagogo entra para dar apoio em suas atividades escolares e ajuda a criança a passar por essa fase delicada, e o brincar além de ser divertido pode trazer conforto para a criança e pode aprender em diversas formas.

Palavras-chave: Brincar. Pedagogia hospital. Criança.

ABSTRACT

This article discusses the history of playfulness in education and within the hospital area, where the educators act to assist the sick children's needs and so that they don't stand back for a lot of time of the studies. The article approaches playing as a therapy and the space inside of the hospital for that function of the play. The child when it is in an internment period she is distant of all of the people that she lives together and even of his/her routine, in that period the educator enters to give support in their school activities and help the child to pass for that delicate phase, and playing besides being entertaining can bring comfort for the child and he can learn in several forms.

Key Words: Play. Teaching Hospital. Child.

INTRODUÇÃO

A brincadeira é um processo de aprendizagem para a criança e constrói a criatividade e sua autonomia além de liberar a sua imaginação. É uma forma de se comunicar com ela e possibilita um conforto e tranquilidade principalmente quando elas estão hospitalizadas. Os aspectos manifestados pela a criança durante a brincadeira, além de serem usados para um bom desenvolvimento, podem ser conduzidos durante toda a sua vida, contudo, o brincar é fundamental para a infância. Confirmando as minhas palavras, Vigotsky (1984) também relata que, com o brinquedo a criança faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Ele ainda afirma que, como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento.

Este trabalho tem como objetivo, a tarefa de entender a importância do brincar na vida de uma criança, principalmente hospitalizada e a focando em sua base que é a história do lúdico dentro da educação desde os tempos antigos até os dias atuais e a pedagogia hospitalar.

Esta pesquisa é para contribuir com os profissionais que atuam no ambiente hospitalar e que possa também fazer com estes, o entendimento do funcionamento do lúdico em seu trabalho diário dentro dos hospitais. O espaço do pedagogo em ambientes hospitalares é o meu foco, pois é uma área que necessita de mais atenção e espaço. Há hospitais que esse atendimento é precário e desconhecido.

  1. A história do lúdico

O lúdico tem sua origem latim ludos que significa jogo, que estimula através da fantasia, do divertimento e da brincadeira. Uma atividade lúdica é uma atividade de entretenimento e o conceito desta, está ligado ao ludismo, ou seja, ato de brincar e essa atividade oferece oportunidade para que a criança experimente comportamentos que, em situações normais jamais aconteceriam, devido ao medo e punição. Há cinco pilares básicos nas ações lúdicas das crianças em suas brincadeiras: a imitação, o espaço, a fantasia, as regras e os valores.

Estes animais são os primeiros em que se encontra a plasticidade das capacidades inatas; surge a infância no sentido próprio da palavra e, ligada a ela, o brinquedo infantil. Sendo ele próprio um tipo de atividade instintiva, o brinquedo é também um exercício para outros instintos, a escola natural para o animal jovem, sua autoinstrução ou autotreinamento (Vygotsky e Luria 1996, p.57).

A questão do entendimento do brincar está relacionada com o conceito que se tem de infância, pois na Idade Média a infância não existia socialmente porque o sujeito pequeno não tinha uma vida ativa dentro da sociedade. Só depois com o desenvolvimento do capitalismo que surge a família nuclear, que é toda organizada em torno da criança, onde se passa a pensar a criança como um ser ingênuo, inocente e graciosa, a partir daí surge uma concepção de infância diferente. Hoje em dia a concepção de infância é a mesma inocência.  E para que surgisse a valorização dos jogos e brinquedos foi preciso que houvesse essa mudança de imagem do ser criança e a concepção de infância. O aparecimento do jogo e do brinquedo como um fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico.

Por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração, ainda que desordenada, e exerce papel fundamental na construção do saber-fazer (Kishimoto 2002: p146).

A brincadeira é considerada como uma atividade inteligível, do qual se apoiou toda a coisa sensível. Em que as crianças inventam suas próprias brincadeiras, levando a imaginar e combinar os gestos ao faz de conta. São linguagens não verbais, nas quais as crianças expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo. Além dessa expressão a brincadeira pode também dá um papel em que a criança pode assumir enquanto brincam, elas podem utilizar a brincadeira como forma de aprendizagem do seu cotidiano, por exemplo, a educação que a mãe lhe dar na hora de comer, pedindo pra lavar as mãos antes da refeição e comer verduras e legumes, a criança vai começando a aprender e quando brinca com sua boneca ela vai repetindo as mesmas coisas que sua mãe faz com ela. Assim como ela faz com tudo que ela presencia na hora da brincadeira.

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