O Lúdico no processo de ensino aprendizagem
Por: Virginiabbatista • 18/6/2018 • Monografia • 8.919 Palavras (36 Páginas) • 409 Visualizações
O LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Aline Eugenio Fidelix
Prof. Orientador: Aline Bittencourt
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1168) – Trabalho de Graduação
11/06/2018
RESUMO
O presente trabalho de natureza teórico-metodológica é fruto de um estudo bibliográfico seguindo da prática e vivencia dos estágios I, II e III, desenvolvida em três etapas em unidades escolar concedentes, aplicado através de uma observação, de uma entrevista semiestruturadas e finalizando com intervenções realizadas em sala de aula, referentes ao tema gerador: O lúdico no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa tem por proposito apontar a importância do uso do lúdico no processo de ensino aprendizagem, com o intuito de mostrar que crianças são seres em processo de aquisição de conhecimento, no qual o lúdico seria a forma mais prazerosa para esse desenvolvimento. Lembrando sempre que a família e a escola devem trabalhar em conjunto, pois se estão pareadas o desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem ocorre de forma mais eficaz.
Palavras-chave: Lúdico; desenvolvimento; conhecimento; criança.
1 INTRODUÇÃO
Ao ouvirmos a palavra lúdico, automaticamente pensamos em brincadeiras e jogos, porém seu significado é mais abrangente, pois são atividades em geral, que são prazerosas a todos os envolvidos, fazendo com que a criança consiga aprender de uma forma mais agradável que uma aula normal. A ludicidade pode intervir no processo de ensino e aprendizagem, desenvolvendo a imaginação, desempenho motor e físico das crianças.
As atividades lúdicas utilizam a imaginação, sonhos, fantasias, e os mais variados meios para que a criança alcance o objetivo do que lhe será ensino, não precisando necessariamente de um determinado tipo de material. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2006). “Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem” (Carlos Drummond de Andrade).
A palavra ludicidade se origina da palavra latina "ludus" que significa "jogo". Se fosse levada em conta a sua origem, o termo lúdico se referiria apenas ao jogo, ao brincar, ou ainda, ao movimento espontâneo, mas começou a ser reconhecido como traço psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente humana, as necessidades lúdicas ultrapassaram o brincar, de modo que a definição deixou de ser um simples sinônimo de jogo.
As atividades lúdicas desenvolvidas na escola devem ter intencionalidade pedagógica direcionada ao desenvolvimento da criança. Ou seja, quando o professor planeja suas aulas, precisa estar atento aos objetivos que deseja atingir com sua ação pedagógica. Nesse sentido, vale lembrar que, mesmo nos momentos de brincadeiras no parque, nas canções antes das refeições, nas cantigas de roda, nas histórias etc., a ação pedagógica está, ao mesmo tempo, divertindo e educando. Por isso, é necessário conhecer quais os efeitos que as atividades lúdicas geram no desenvolvimento da criança.
Para que haja um bom desenvolvimento infantil, a criança necessita os mais variados momentos lúdicos, pois é na brincadeira que são expressos os desejos e frustrações, enfim, é brincando que as crianças demonstram as suas emoções mais profundas, agindo de forma mais natural, sendo elas mesmas. É através das brincadeiras que as crianças demonstram como elas vivem. Com os jogos e brincadeiras, elas conseguem resolver seus conflitos do cotidiano, se relacionam entre si e aprendem a respeitarem as regras a elas impostas.
O lúdico deve fazer parte do processo pedagógico, sendo ele um ótimo recurso utilizado pelo educador, para alcançar integração dos conteúdos com as atividades prazerosas proporcionadas pela ludicidade, nesse sentido, o professor deve apoderar-se desse mundo cheio de imaginação e possibilidades, lembrando sempre que cada criança possui um universo próprio contendo vivências e experiências diferentes umas das outras, e buscando respeitar o ritmo de cada um. Lembrando sempre que as atividades lúdicas são imprescindíveis no desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social das crianças.
A brincadeira também é uma maneira de aproximar o professor do aluno, afinal não é somente a criança que gosta de brincar, qualquer pessoa encontra no jogo uma diversão. Cabe ao professor preparar brincadeiras que, além de divertir-se com os alunos, ajudem com as dificuldades de aprendizagem.
A importância do brincar tem sido cada vez mais ressaltada como mediadora na aprendizagem. Mais do que organizar espaços de brincar em si, a nossa proposta tem uma estratégia maior, que transcende o espaço físico.
Trabalhar de forma lúdica vai além de uma simples brincadeira. Devemos assim, trabalhar o lúdico, sempre de forma bem pensada e organizada, seguindo um objetivo para a aula, pois o lúdico faz parte da vida e interesse dos educandos, pois é através de jogos que os mesmos demonstraram maior interesse e maior facilidade na aprendizagem. Significa muito mais que se comunicar, podendo ser a expressão mais intima de seus sentimentos, afetos e aspirações.
Acordado com supracitado, faz-se necessário que o professor na educação infantil e nas Séries Iniciais, cada vez mais use de criatividade e de recursos que despertem não somente o interesse das crianças, mas também que sejam capazes de despertar um aprendizado de forma prazerosa. Os jogos e as brincadeiras são momentos únicos, onde se busca à vivencia e compreensão da linguagem oral, corporal, expressão de emoções e a abertura de canais sensoriais.
Para que os trabalhos feitos dentro da escola sejam reforçados, a família deve estar trabalhando em conjunto com a escola. A família é a base instrutiva no início do aprendizado da criança, onde apoiados pela escola, conseguem dar um norte a vida e a educação de seus filhos. A escola faz com que a criança seja inserida desde cedo a vida em sociedade, saindo do que antes era apenas o convívio com os familiares da criança em questão para o convívio com outras pessoas diferentes do que estava acostumada em família.
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