O Mito e Desafio: Uma Perspectiva Construtivista
Por: karlyane Sanches • 12/3/2022 • Seminário • 907 Palavras (4 Páginas) • 203 Visualizações
Introdução
No quarto capítulo da obra “mito e desafio: uma perspectiva construtiva”, Hoffmann (2009) aborda discussões sobre a avaliação enquanto uma postura avaliativa mediadora e de contribuição para a construção de uma prática efetiva. No início de sua dissertação, a mesma relata um pequeno acontecimento de uma situação em sala de aula para se chegar à necessidade das indagações tomadas pelos professores sobre a aprendizagem do educando. Em seguida, é respondida a pergunta de modo simplista como ponto de justificativa para a ação avaliativa.
Uma concepção do erro construtivo
Essa perspectiva avaliativa como mediação serve como reorganização do saber, através da reciprocidade intelectual entre aluno e professor, para uma coordenação entre ponto de vista, troca de ideias e organização de conhecimento, considerando essas tarefas como elementos essenciais para observação das hipóteses construídas pelos alunos. Por meio disso, o professor estabelece uma relação dialógica com os estudantes para identificar o momento em que estes se encontram com relação à produção do conhecimento. Porém, a autora evidencia que o professor até entende essa perspectiva mediadora e a compreende como possibilidade, mas não consegue por isso em prática.
Enquanto à postura do professor em relação à correção de tarefas, apresenta defasagens e lacunas na hora da correção, todavia, esse procedimento se torna determinante no momento de correção para o julgamento de resultados finais. No entanto, a autora defende a perspectiva construtivista, na qual o erro pode ser visto de forma positiva, quando no momento da correção passa a existir reflexão sobre as hipóteses construídas pelo aluno, problematizando o diálogo. Entretanto, o que acontece em muitas escolas, é que os professores corrigem as respostas dos alunos não considerando ou impossibilitando novas hipóteses.
Para que os erros construtivos tornem-se algo positivo e normalizado na educação, é necessário levar em consideração as dificuldades dos alunos como ponto de partida para planejar novas ações educativas, tomando a negação de acertos e erros como caráter de constatação avaliativa, como resultados mensuratórios. Logo, uma avaliação de forma mediadora requer a observação individual de cada aluno, com atenção ao seu momento no processo de construção do conhecimento. Para isso é necessária uma relação direta, por meio de tarefas orais ou escritas subjetivas, para que se possa entender os motivos das soluções apresentadas, considerando o estágio de pensamento do aluno nas áreas do conhecimento e as experiências de vida do mesmo.
Fazer e compreender
É explicado por Hoffmann que existe uma visão distorcida sobre a relação entre fazer e compreender do aluno, tendo a ver com a concepção de avaliação como mediação, no qual objeto compreensível ao sujeito não significa repetir e memorizar, mas sim favorecer a iniciativa e a curiosidade para a construção de novos saberes. Para demonstrar essa comparação, são conceituados esses dois termos para explicar que a ação avaliativa deve partir do fazer do aluno.
Fazer é compreender consciência elementar para conceituação superior; fazer é compreender a ação em grau suficiente para atingir os fins propostos. Compreender é interiorizar as situações até rever os problemas por elas levantados. Dessa forma, cabe ao professor promover o caminho de uma avaliação consciente através da mediação. Portanto, o professor se torna um mediador em refletir a produção de conhecimento do aluno, promovendo uma aprendizagem efetiva, favorecendo, assim, iniciativas e curiosidades no perguntar e responder, construindo novos saberes juntos aos alunos.
Corrigir, por que?
O ato de corrigir na escola tem a ideia de que o
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