O Museu Anchieta

INTRODUÇÃO

O interesse em visitar o Pátio do colégio, especificamente o Museu do Anchieta, se deve as aulas de História da Educação, que fez parte da grade curricular no primeiro semestre do curso e conta a História da educação no Brasil que l inicia-se no período colonial, quando ocorreram as primeiras relações entre Estado e a Educação através dos jesuítas usando-se de um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos e acreditando assim, que o Cristianismo era vocação humana universal. A ordem missionária católica foi considerada um marco no período da exploração inicial, juntamente com os esforços educacionais que foram dirigidos aos indígenas, submetidos à chamada “catequese” promovida pelos missionários jesuítas que vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. José de Anchieta usava recursos como teatro, música, poesia, diálogos em versos para chamar atenção das crianças.

As nossas indagações seriam a respeito do que encontrar lá? Quais tipos de artes?  De qual época? De que forma pode contribuir para nossa formação?  E o nosso maior objetivo é relacionar as obras com a cultura, história e arte de um povo, comparar com os materiais discutidos em sala de aula e pesquisas.

A pesquisa está dividida em três partes; o desenvolvimento, onde apresentamos a caracterização do lugar e a fundamentação, a outra parte é a conclusão do trabalho e por fim os anexos que são as imagens do local que visitamos.  Como metodologia, fizemos pesquisas bibliográficas e a visita ao Museu do Anchieta.

        

DESENVOLVIMENTO

Em 1556, o padre Afonso Brás concluiu o prédio do Colégio e da Igreja do BomJesus, em Taipa de Pilão. Em 1640, os jesuítas foram expulsos da vila de São Paulo, por pressão dos exploradores. A pós-negociações, os jesuítas retornaram em 1653. O Colégio estava bastante danificado uma reforma foiconcluída em 1680. Com a expulsão dos jesuítas, da América Lusitana determinada em 1759 pelo Marquês de Pombal, o prédio tornou-se o palácio dos governadores, em 1765. Sua arquitetura foi modificada.

Em 1896, a capela do Colégio foi modificada. Parte do altar mor foi levada paraa igreja do sagrado coração de Maria, em Santa Cecília. Em 1953 o sítiohistórico do Colégio foi devolvido aos jesuítas. O palácio dos governadores foidemolido e o Colégio atual, Museu do Anchieta foi reconstruído, com suaarquitetura do século XVII e as novas instalações foram inauguradas em 1979.

Localizado dentro do pátio do Colégio, na Sé, no Centro de São Paulo, o Museu Anchieta é composto por cerca de 700 objetos distribuídos em arte sacra, cultura indígena e pinturas, além da pia batismal utilizada na antiga igreja de uma maquete de São Paulo no século XVI, tendo ainda fundações remanescentes de 1680 e uma parede em taipa de Pilão de 1585 que integram a coleção, hoje composta em seis salas.

Sob a área do museu há uma antiga Cripta da antiga igreja do Pátio do Colégio, onde é possível apreciar reminiscência das paredes dotada do século XVII, o espaço é utilizado para abrigar exposições. A primeira instalação do colégio era em uma cabana de pau a pique de cerca de 90 m2.

O acervo foi construído a partir de coleções particulares pertencentes a padres residentes na comunidade do Pátio do Colégio de doações e da devolução de alguns dos objetos que pertenceram à igreja e ao colégio dos jesuítas.

O local conta ainda com intérpretes de libras, além de profissionais para tratamento ao público com deficiência intelectual. Há uma entrada especial para cadeirantes e bilheteria acessível e obras em uma altura acessível. Para deficientes visuais o museu oferece mediação e percurso tático.

O que pode ser encontrado no museu:

Maquete: Oferece ao visitante a oportunidade de se situar geográfica e historicamente frente ao sentido que tem o espaço para o nascimento da cidade de São Paulo. Iconografia inédita, textos explicativos, mapas e maquetes recentemente restaurados estão registrados ali.

Pia batismal: A pia batismal simboliza o sentido da missão evangelizadora da Companhia de Jesus junto às populações indígenas.

Pinacoteca: Conta com 12 telas dos séculos XVII, XVIII e XX todas restauradas.

Arte sacra: O espaço abriga exemplares da coleção de arte sacra. Dentre as peças encontram-se mesas de altar, oratórios, crucifixos, relicários, ostensórios, pias de água benta e outros objetos.

Baldaquino: Apresenta uma única peça, um banquinho, espécie de dossel sustentado por quatros colunas.

Companhia de Jesus: Apresenta os pressupostos fundamentais da companhia de Jesus, sua identidade, seu desenvolvimento ao longo do tempo e o papel que desempenhou no passado.

Cripta: A antiga cripta do Pateo do Collegio constitui hoje mais um espaço do museu, onde encontram-se reminiscências de paredes construídas no século XVII. O espaço abriga exposições relacionadas ao Pateo do Collegio e a história do Estado de São Paulo. O museu oferece ainda visitas monitoradas e o agendamento e realizado de terça à sexta-feira das 8h40 às 16h30.

O Pátio do colégio é o centro histórico de São Paulo, conta a história do nascimento da cidade, e os principais personagens desta história são os Jesuítas. De acordo com Beuteenmuller(2002) a companhia de Jesus chegou ao Brasil para catequisar os índios e dar apoio religioso aos colonos, posteriormente vieram outras duas ordens religiosas. Esses missionários iniciaram a produção de santos e construíram mais igrejas, iniciando a arte Sacra Brasileira. Infelizmente, pouco dessa arte sobreviveu ao tempo.

           A arte devia servir a Deus e transformar a cerimonia em algo grandioso e fascinante. Entalhes, pinturas, ouro, prataria, estatuaria, ricos tecidos constituíam o cenário propício ao culto religioso. (Garcez, 2004, pág.32).

      Ainda segundo Beuteenmuller (2002),a companhia de Jesus fundada por Santo Inácio de Loiola foi a que mais se destacou, estimularam a confecção de imagens e a construção de igrejas, como viajavam muito, traziam influencia de outras culturas para a construção de igrejas, colégios e conventos. Inclusive, assim que chegavam a um local construíam a igreja e ao lado, o colégio.

Para erguer as igrejas e colégios usavam uma técnica da taipa de pilão, e foi a partir de uma casinha simples construída com essa técnica que São Paulo foi fundada. Até hoje, lá no pátio do colégio, tem um muro de taipa de pilão que resistiu ao tempo, que inclusive é considerado patrimônio cultural.

A arte sacra se confunde um pouco com a religiosa, é importante acentuar que, há obras de inspiração religiosa, porém não são destinadas ao culto e ou a adoração e isso a diferencia da arte sacra.

Na visita ao Museu do Anchieta encontramos objetos de arte sacra, mesas de altar, oratórios, crucifixos, relicários, ostensórios, pias de água benta, pia batismal.