O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE
Por: andresa14 • 16/5/2022 • Trabalho acadêmico • 3.268 Palavras (14 Páginas) • 713 Visualizações
O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE
Andresa Schvartz¹
Andreza Aparecida Sens¹
Beatriz Roberta Hamm¹
Paula Caroline Giovanella¹
Rozeli Benner²
1. INTRODUÇÃO
A construção deste trabalho surgiu a partir da reflexão quanto à responsabilidade social que a escola tem como entidade formal, como também sobre a importância do papel social que a mesma exerce como agente influenciadora na sociedade a que pertence, principalmente no desenvolvimento do caráter e conhecimento social realizando uma mediação entre conhecimento introdutório e conhecimento formal dos alunos.
O direito a educação é garantido por Leis, como o do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prioriza o acesso e a permanência do aluno na escola, objetivando a formação do usuário para o exercício da cidadania, preparação para o trabalho, e sua participação social.
A educação é um assunto de grande relevância para ficar a cargo de somente da família ou da escola. A parceria da escola com a família é um fator marcante, sendo uma ponte para sua relação e vem sendo um dos principais pontos para sustentação do indivíduo.
Pretende-se através da abordagem do tema sugerido, levar a comunidade escolar a refletir sobre a importância do papel social que ela exerce sobre a sociedade local em que está inserida e mostrar que a educação ultrapassa a prática dos ensinamentos em sala de aula, onde a escola passa a ser um diferencial positivo na comunidade.
A escola precisa repensar sobre que tipo de sociedade ela pretende construir, haja vista que ela tem participação preponderante na formação do caráter social dos indivíduos, e, portanto, tem em suas mãos o poder de intervenção através da educação, consolidar as relações sociais de acordo com os padrões exigidos pela sociedade.
A realização deste trabalho se concretizou através da revisão bibliográfica, buscando leituras em livros, revistas, artigos, pesquisas na internet, visualizações de vídeos e vários encontros semanais.
2. A RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM A EDUCAÇÃO
O ser individual contém estados mentais, referentes a nós mesmos e a nossa vida pessoal, que se relaciona consigo mesmo. O ser social contém ideias, sentimentos, hábitos, crenças, práticas morais, tradições, etc., e é construído socialmente. Esse ser social não nasce conosco, nem se forma por livre e espontânea vontade, é adquirido ao decorrer de nossa evolução social.
Nesse sentido, a educação tem o objetivo de formar esse ser social, transmitindo os ensinamentos morais cultivados na história que não são hereditários. A socialização se tornou complexa necessitando de reflexão, pensamento e organização. Por meio da socialização despertou-se a necessidade de conhecimentos, onde todos procuram a educação para viver em harmonia social. ‘Cada sociedade fixa um certo “ideal do homem”, do que ele deve ser, do ponto de vista intelectual, físico e moral, sendo esse ideal o próprio polo que norteia a educação. (FILLOUX, 2010, p. 15).
A educação, para Durkheim, é entendida como uma ação junto às crianças, havendo contato entre mais gerações sem intenção. Essa educação poderia acontecer pela escola, como também pela igreja, pelo exemplo, tradições e por tantos outros métodos.
A relação da escola e sociedade resulta num convívio junto com as diversidades de culturas e línguas. Os educadores buscam por mais conhecimento para aprimorar seus métodos, acompanhando as tecnologias e suprindo a necessidade do saber, de conhecer algo novo, pois tanto a sociedade quanto a educação passam por transformações ao longo do tempo.
Além do respeito, a vida das crianças e dos adolescentes tem uma preparação que não se limita as competências e conhecimentos que serão necessários para a vida adulta. Elas não aprendem a ler e escrever somente para saber, mas para facilitar as suas outras aprendizagens e acessos na vida fora dela, como ler livros, revistas, internet, entre outros.
2.2 SOCIEDADE X ESCOLA
O mundo mudou, as pessoas mudaram, as famílias e consequentemente as crianças e jovens também mudaram. Em muitas reuniões de escolas ouve-se educadores dizerem: “quem deveria estar aqui não está”, “as famílias estão muito ausentes” ou ainda, “os alunos não querem nada com nada”. Se fosse só esse o problema seria mais fácil de resolver, mas é muito mais complicado. As famílias não estão mais tão preocupadas com as reuniões escolares e os alunos já não se interessam tanto pelas aulas.
Precisamos reconhecer que as novas gerações estão diferentes, o que requer maior reflexão e responsabilidade em um mundo com mudanças de valores e crenças. A família está mudando, muitos pais e mães que se separam acabam jogando a responsabilidade um para o outro, ou então, as mães inseridas no mercado de trabalho acabam disponibilizando menos tempo para cuidar da educação primária dos filhos. E a família deve entender que a primeira educação de seus filhos começa em casa, orientando desde cedo, pois é neste momento que as crianças irão se orientar como sujeitos para sua vida futura. Filloux (2010, p. 16), afirma que a educação “[...]se opera, não resta dúvida, desde o nascimento, no seio da família, porém, é na escola que é sistematizada[...]”.
Talvez, o mundo atual requer mais simplicidade no falar e convidar as famílias para as suas reuniões.
Vejo comunidades que se apropriam da escola, seja ela pública ou privada. Adianta chamar o pai para reuniões? Adianta, mas é preciso seduzir a família. Alguns colegas dizem que pai e mãe não entendem de educação. Entendem sim, eles não entendem de escolarização. Mas como envolver a comunidade? Dá trabalho. É preciso pensar em palestras para discutir o uso da tecnologia, do namoro precoce, da sexualidade. É indicado começar pelas beiradas, por aquilo que gruda no pai e na mãe no dia a dia. Com o que os pais estão preocupados? Com o uso de drogas, com a sexualidade, com o mercado de trabalho. Devemos começar por essas discussões para chegar ao debate. Nós ainda temos uma perspectiva de que a família não se envolve com a escola, mas isso não é de todo verdade nem é de todo mentira. Conheço escolas privadas que têm escola de pais dirigida pelos pais com reuniões mensais, com 100, 200 pais. E também há escolas públicas com escolas de pais que funcionam. Vejo soluções interessantes, como parcerias com a igreja local, seja de qual religião for. Nos cultos ou missas pedir um espaço para o pastor ou padre fazer uma fala sobre a escola. As pessoas vão à igreja, a comunidade está lá reunida, então por que não usar o espaço da igreja para divulgar as ações da escola? Claro, mais uma vez não é fácil, é preciso criatividade. Tolice é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes, como dizia Einstein. (CORTELLA, 2014)
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