O PAPEL DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: LudmillaGCA • 11/7/2016 • Artigo • 6.498 Palavras (26 Páginas) • 748 Visualizações
FUNDAÇÃO ANTARES DE ENSINO E PESQUISA - FAESP
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
O PAPEL DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
ANÁPOLIS - GO
2013
O PAPEL DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Artigo apresentado ao curso de Pedagogia da Fundação Antares de Ensino e Pesquisa – FAESP, como requisito final a obtenção do título de Pedagogo.
Orientadora: Profª. Ms. Isabel Ana
ANÁPOLIS - GO
2013
O PAPEL DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
RESUMO
O presente artigo teve o objetivo de demonstrar que os jogos e brincadeiras podem contribuir para a construção do conhecimento, uma vez que promove a socialização e motivação, além de agir positivamente no desenvolvimento social emocional e intelectual das crianças. Nesse sentido procurou-se demonstrar por meio de pesquisa bibliográfica, que o jogo é muito importante no processo pedagógico, uma vez que jogando a aprendizagem se torna mais atrativa e prazerosa. Os principais autores utilizados para embasar a pesquisa foram Vygotsky (2002) e Piaget (1998), cujas teorias explicam o desenvolvimento biológico e social das crianças, contribuindo desta forma para com a educação. Especialmente no caso das vigotskianas, que defendem a importância da interação do indivíduo com o meio para que sua estrutura social, psicológica e cognitiva sejam formadas. O lúdico, incluindo os jogos e brincadeiras são aspectos que contribuem para o processo educativo, uma vez que estimula a imaginação e torna as atividades mais prazerosas para as crianças.
Palavras Chave: Jogos. Criança. Desenvolvimento Social. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
O brincar é um ato que leva a criança a compreender melhor o funcionamento do mundo em que está inserida. Através dessa prática, ela tem a oportunidade de expressar seus sentimentos, sejam eles de amor, ódio, dor ou alegria. Esse artigo levantou a questão do jogo em uma perspectiva pedagógica sócio-interacionista, procurando enfatizar a importância do brincar para o desenvolvimento cognitivo e social infantil. Pois a brincadeira é algo que proporciona muito prazer para a criança e apresenta importante papel na formação da personalidade e no aprendizado infantil. Contudo, nem todos os professores lhe dão a devida valorização enquanto importante instrumento de construção do intelecto.
A importância do jogo tem sido discutida ao longo dos anos desde a antiguidade, por diversos estudiosos, cuja crença está no fato de que todo ser humana traz em sua essência uma disposição para a diversão. Pois evidencia-se que a motivação é maior quando o que se tem que realizar é prazeroso. E no caso da criança, nada é mais prazeroso que a brincadeira.
Atualmente, diversos estudiosos têm considerado os jogos e brincadeiras como recursos que devem ser usados para facilitar a aprendizagem dos alunos, sendo necessário para tanto, que ele seja vivido junto com os procedimentos docentes, para que seus resultados sejam a nível cognitivo e não simplesmente de laser. As novas concepções educacionais preconizadas pela Lei n. 9.394/96, e enfatizadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, e Referenciais Curriculares da Educação Infantil, consideram o lúdico, uma importante forma de abordagem do conteúdo, bem como um estímulo para o desenvolvimento social dos indivíduos.
O jogo precisa ser pensado, organizado previamente a fim de que os objetivos educativos sejam atingidos. Pode-se desenvolvê-lo à partir de materiais que o professor tenha a sua disposição em sala de aula, porém pressupõe especialmente a forma como o trabalho é realizado, requerendo que o profissional seja criativo, competente e sensível. É partindo dessas considerações que os jogos e brincadeiras serão considerados nessa pesquisa, como componentes básicos do que é denominado lúdico por esse estudo, e os principais aspectos, que os professores devem observar para esse tipo de trabalho. Pois o objetivo básico do artigo foi de explicitar através de revisão bibliográfica a importância do lúdico no desenvolvimento social e cognitivo das crianças.
1 Lúdico: brincadeiras e jogos no desenvolvimento da criança
O lúdico se relaciona essencialmente ao brincar, que é uma ação criativa e recriativa tanto física como mental, na qual a criança se desenvolve espontaneamente ao realizar as atividades que para ela são prazerosas. Através dessa ação o indivíduo reproduz um discurso externo e o internaliza, formando assim o seu próprio pensamento. Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.
O termo “brinquedo”, empregado por Vygotsky (2002) num sentido amplo, se refere ao ato de brincar. É necessário ressaltar também que embora ele analise o desenvolvimento do brinquedo e mencione outras modalidades (como, por exemplo, os jogos esportivos), dedica-se especialmente ao jogo de papéis ou à brincadeira de “faz-de-conta” (como, por exemplo, brincar de polícia e ladrão, de médico, de vendinha etc.). Este tipo de brincadeira é característico nas crianças que aprendem a falar, e que, portanto, já são capazes de representar simbolicamente e de se envolver numa situação imaginária.
A imaginação é um modo de funcionamento psicológico especificamente humano que não está presente nos animais nem na criança muito pequena. É, portanto, impossível à participação da criança muito pequena numa situação imaginária. Ela tende a querer satisfazer seus desejos imediatamente: ninguém jamais encontrou uma criança muito pequena, com menos de três anos de idade, que quisesse fazer alguma coisa dali a alguns dias, no futuro (VYGOTSKY, 1984, p. 106).
Na visão sócio-histórica a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. É uma atividade social humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
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