O .PORTFÓLIO PEDAGOGIA
Por: portogil • 18/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.718 Palavras (7 Páginas) • 252 Visualizações
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
GILMAR DA SILVA PORTO
METODOLOGIA CIENTÍFICA/FUNDAMANTAÇÃO TEÓRICA
Educar para vida ou para o trabalho?
Garanhuns - PE
2015
GILMAR DA SILVA PORTO
METODOLOGIA CIENTÍFICA/FUNDAMANTAÇÃO TEÓRICA
Educar para vida ou para o trabalho?
Trabalho do Curso de Licenciatura em pedagogia , apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, para obtenção de média da disciplina de Metodologia Científica.
Orientadores: tutor: Gabriela Morgado
Garanhuns
2015
1 Introdução
O texto discutido neste trabalho traz reflexões importantes para o cenário da educação, de modo a provocar discussões pertinentes sobre o processo do conhecimento.
Ao introduzir indagações reflexivas sobre a educação, discute-se sobre esta, verificando-se se ela estaria direcionada para vida ou para o trabalho, levando assim, a partir dessa leitura, a perceber que torna-se possível a associação entre esses dois aspectos.
O educador, nesse sentido, ao contribuir para formação integral do sujeito, enquanto ser político e social, fornece subsídios ao estudante para que ele possa promover o empoderamento diante do conhecimento, atuando na vida de forma crítica e reflexiva.
Dessa forma a educação volta-se para formação do cidadão consciente de si e do mundo, que consegue de modo eficiente conduzir sua vida e consequentemente a sua inserção no mundo do trabalho.
Associada a essa discussão, promove-se uma retomada histórica e filosófica sobre a educação, de modo a evidenciar a importância das concepções filosóficas advindas da Grécia, tendo como seus principais representantes Sócrates, Platão e Aristóteles, que questionaram o modo como se dava o processo de conhecimento, afastando-se assim de um saber meramente mitológico, para um saber racional.
Nesse sentido, reflete-se em como a filosofia surge nesse cenário enquanto possibilidade de responder de forma racional aos aspectos da realidade, desvelando-se também como forma de educação dos sujeitos.
A filosofia grega, então, enquanto proposta cientifica racional de busca da verdade e do conhecimento, mostra-se associada a ideia de educação através da chamada Paideia.
As discussões promovidas são direcionadas então, à reflexão sobre o saber, buscando compreender como se dá o conhecimento, levando-se a perceber a importância da interação social entre os seres, que já não são mais concebidos como seres isolados compreendem assim, o ato do conhecimento como processo interativo e em constante construção.
2 Desenvolvimento
2.1 Fundamentação Teórica
No texto "Educar para a vida ou para o trabalho?" pôde ser suscitada a discussão sobre a relação existente entre formação escolar e os questionamentos éticos e sociais. De tal modo que pode-se constatar alguns impasses e distanciamentos entre essas duas categorias, pois, na contemporaneidade, o capitalismo vigente e as práticas de consumo tem perpassado e influenciado no modo como o sujeito enxerga o seu próximo, tornando assim as relações entre as pessoas permeadas pelas necessidades individuais, onde o outro passa a ser visto não como pessoa, mas como objeto. Essa visão perpassa também as concepções educacionais, onde em muitos momentos vê-se a formação educacional do sujeito não mais calcada numa formação cidadã, sendo frequente práticas educativas voltadas ao aperfeiçoamento prático e competitivo, direcionando a formação para o mercado de trabalho, ou seja, em muitos momentos, o outro é visto enquanto concorrente que tem que ser derrotado ou até mesmo como instrumento pelo qual pode-se alcançar os objetivos almejados. No entanto, percebe-se que uma educação pautada na formação do sujeito enquanto cidadão, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento de um sujeito político e social, consequentemente fornece subsídios para a inserção do cidadão em diversas práticas sociais entre elas, a do universo do trabalho. Nesse sentido a prática educacional mostra-se enquanto processo em constituição, não havendo elementos estanques, mas vários aspectos que vão sendo edificados a cada momento. Severino ( 2000, p. 68) a esse respeito comenta:
Assim, a educação não poderá mais ser vista como processo mecânico de desenvolvimento de potencialidades. Ela será necessariamente um processo de construção, ou seja, uma prática mediante a qual os homens estão se construindo ao longo do tempo.
A educação nessa direção toma um novo direcionamento, enquanto processo interativo e em constante construção.
Diante dessas discussões, torna-se plausível a reconstrução histórica da educação, de modo a perceber as mudanças de paradigmas ocorridas ao longo dos tempos, compreendendo assim, que as diferentes concepções de educação, fazem parte de uma construção histórica e social e cada uma traz sua contribuição para o cenário educacional.
O texto traz também reflexões sobre a filosofia e a educação, mostrando assim, como essas duas vertentes permeiam a construção histórica do conhecimento. Dessa forma vê-se as diferentes compreensões sobre o modo como o sujeito apreende o conhecimento, de modo que na Idade Média o conhecimento era concebido como algo interno, ou seja, o acesso ao conhecimento era dado individualmente. O empirismo traz o entendimento de que o conhecimento advém dos sentidos, ou seja, da própria experiência com o outro; já o pragmatismo que foi discutido por alguns teóricos, como William James (1842-1910), concebe a busca da verdade/conhecimento como algo com finalidade específica, ou seja, aquilo que mostra-se útil ao sujeito revela-se enquanto verdade, trazendo então o subjetivismo a concepção de verdade.
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