O Paper de Estágio

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Autor: Dionilse Barroso da Costa ¹

Kawany Lemos de Lima ²

Tutor externo: Luzinei Costa^[1]

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED5425) – Estágio

dd/06/2023

RESUMO

Este artigo tem como objetivo provocar a reflexão sobre a educação inclusiva na educação infantil, apontando que a educação inclusiva como padrão de ensino reconhecido pelas políticas públicas está distante da realidade nas escolas. A reflexão é pensar nas mudanças necessárias a partir do jardim de infância, pois esta é a primeira etapa da educação básica e um período crítico no desenvolvimento e aprendizagem das crianças com deficiência. Construir uma escola inclusiva desde a Educação Infantil é pensar de forma integral espaço, tempo, talentos, recursos pedagógicos, etc., e focar na possibilidade de matrícula, crescimento permanente e integral de alunos com deficiência. Entre outras coisas, o texto levanta a necessidade de repensar a prática docente como parte essencial da integração escolar na educação infantil. Todos devem ter um espaço próprio para o seu desenvolvimento, sem deixar de ser incluso. A prática pedagógica inclusiva deverá se constituir pela junção do conhecimento adquirido pelo professor ao longo de sua trajetória e da disponibilidade em buscar novas formas de fazer considerando a diversidade dos alunos e as suas características individuais.

Palavras-chave: Educação Inclusiva. Educação Infantil. Prática Pedagógica

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é introduzir o tema da educação inclusiva. A inclusão é um assunto muito sério que deve ser tratado não apenas como conteúdo do curso, mas como base na lógica do consenso social, enfatizando a importância do aluno como pessoa com todos os interesses, dando-lhe a oportunidade perfeita para praticar suas habilidades. Este tema se justifica pelo fato de que a inclusão e o respeito à diversidade humana podem contribuir para a melhoria da qualidade da educação, pois enriquece o aprendizado e a convivência. Todos saem ganhando porque os alunos com necessidades especiais vivem em modelos mais ricos e desafiadores, e os alunos considerados “normais” aprendem a lidar e respeitar as diferenças.

A importância e o cuidado com a educação infantil consideram a diversidade como a construção de uma sociedade inclusiva, pois a escola está atrelada a concepções que requerem mudanças, uma vez que os professores não são formados para trabalhar com crianças com necessidades especiais, pois nem todos os participantes da educação infantil estão preparados para efetivar a inclusão propriamente dita. A inclusão de crianças com necessidades especiais tem se tornado o centro das discussões no ambiente escolar. Para entender a educação inclusiva, devemos primeiro entender o que é inclusão. Discutiremos sobre a definição de educação inclusiva e o que ela representa para a sociedade. De acordo com a Lei de Recomendações Básicas da Educação Estadual (LDB, Lei 9.394/96), o estado é obrigado a oferecer educação básica gratuita; uma delas era a educação inclusiva, que garantia educação para todos, independentemente das limitações pessoais de cada aluno.

 Então, o que é Educação Inclusiva? Educação inclusiva significa uma diversidade de alunos com diferentes formações, aptidões e necessidades, aprendendo lado a lado, na mesma sala de aula. Construir um ambiente educacional que aceite as diferenças, respeite as faixas etárias e priorize o respeito o acolhimento e a solidariedade entre os alunos. Dessa forma, alunos com e sem deficiência podem interagir entre si, participar das aulas e cada uma outorga de forma única para enriquecer o aprendizado de todos.

O objetivo geral desta pesquisa foi, portanto, conhecer as principais características da inclusão na realidade escolar e tentar compreender como se deu o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais.

1. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

A LDB tem como definição que a educação infantil é a primeira fase da educação básica, que tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança de 6 anos, tanto física quanto psicologicamente, intelectualmente e socialmente. Considerando a proposta de educação inclusiva aprovada na política educacional brasileira, entendemos que o movimento de reestruturação escolar deve começar desde a educação infantil, por ser a primeira etapa da educação prevista em lei. Segundo Mendes (2010, p. 47-48),

Os primeiros anos de vida de uma criança têm sido considerados cada vez mais importantes. Os três primeiros anos, por exemplo, são críticos para o desenvolvimento da inteligência, da personalidade, da linguagem, da socialização, etc. A aceleração do desenvolvimento cerebral durante o primeiro ano de vida é mais rápida e mais extensiva do que qualquer outra etapa da vida, sendo que o tamanho do cérebro praticamente triplica neste período. Entretanto, o desenvolvimento do cérebro é muito mais vulnerável nessa etapa e pode ser afetado por fatores nutricionais, pela qualidade da interação, do cuidado e da estimulação proporcionada à criança.

Construir uma escola inclusiva desde a educação infantil requer pensar em suas instalações, horários, especialistas, recursos pedagógicos, etc. O objetivo é também a acessibilidade, estabilidade e pleno desenvolvimento dos alunos com necessidades educativas especiais devido às suas características especiais. Provavelmente o maior problema esteja na prática pedagógica. Embora todos os aspectos mencionados sejam fundamentais e inter-relacionados, as atividades pedagógicas direcionadas e intencionais contribuem muito para a inclusão em seu sentido pleno.

 A inclusão ocorre quando todos os indivíduos têm a oportunidade de se desenvolver socialmente sem indiferença e têm acesso garantido a tudo a que têm direito. Aqui, o envolvimento da escola é uma parte muito importante desse desenvolvimento e deve ser um canal para a aprendizagem não discriminatória. No entanto, a escola é um local onde todos, principalmente as crianças, devem se sentir acolhidos e se desenvolver intelectualmente por meio da aquisição de conhecimentos.

“A promoção de uma igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso, com a participação de todos e o respeito pela diversidade individual e cultural dos alunos, através da inclusão na escola, bem como da inclusão da escola no meio local, permitirá uma intervenção integrada, no sentido da evolução do nível educativo da população.” (LOPES & SIL, p.2985)