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O RESGATE DA LEITURA E ESCRITA

Por:   •  25/8/2020  •  Monografia  •  17.443 Palavras (70 Páginas)  •  232 Visualizações

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INTRODUÇÃO

        No primeiro capítulo intitulado “O resgate da leitura e a escrita na educação”, discutiremos a História da Leitura e a importância da leitura na educação. Destacando o resgate da leitura; o objetivo de investir na criança a importância da leitura na sua trajetória acadêmica; O que a leitura proporciona para a vida.

        No segundo capítulo intitulado “As fases de leitura na educação da criança”, serão abordados as fases da leitura no desenvolvimento da criança.

        No terceiro capítulo intitulado “O papel da escola na formação de futuros leitores”, apresentaremos o desenvolvimento dos interesses e motivação da leitura e do hábito de ler no primeiro ciclo na educação fundamental. Mostrando o papel da escola e da sala de aula como um ambiente, estimulador. O valor educacional e a influência do interesse pela leitura na formação de futuros leitores. A valorização da prática dos recursos auxiliares e sua utilização no ambiente escolar.

        No quarto capítulo intitulado “A Pesquisa de Campo” entrevistaremos professores usando questionários para descreverem como eles realizam o ensino e incentivo da leitura para seus alunos. Também entrevistaremos os alunos para avaliação de hábito de leitura a fim de obter recursos para estudo.

        

CAPITULO I - O RESGATE DA LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO

1.1 - História da Leitura

        Para a Zilberman, (1988), a universalidade do ato de ler provém portanto pelo fato de que todo ser humano está intrinsecamente habilitado a ele, desde o estímulo da comunidade e da vigência de códigos que se transferem por intervenção de um alfabeto. Porém, como estes estímulos passam acontecer com maior intensidade a partir do século XVIII, logo a leitura se torna como um fenômeno historicamente delimitado e restrito a um modelo de comunidade que se valeu dela para o seu desenvolvimento.

        Neste contexto, desde do século XVIII, a comunidade européia, e ocidental, por dimensão, vive sob o emblema da revolução permanente que se revela em diferentes níveis – no econômico, persistem os resultados da revolução industrial a que se associam profundas transformações tecnológicas e científicas, no plano político, a revolução democrática, porém, determina o aumento das formas de participação popular, no rumo de um plano comunitário aprovado na igualdade entre os seus membros. Logo, desenvolve uma revolução cultural, marcada pelo aumento das oportunidades de acesso ao saber.

        Esta decorrer, de um lado, da intensidade dos meios de reprodução mecânica que transmitem os bens culturais, pois de uma elite social e também intelectual, e de outro, o fato advém da ampliação do sistema escolar, que ao iniciar sua atividade pela alfabetização, favorece o acréscimo do público leitor e fortifica modalidades de manifestação, que por sua vez não transmitem mais pelos códigos verbal e visual, sendo os seguintes: teatro, circo e a pantomima, tidos como populares até os séculos XVIII e XIX, através da intervenção da escrita.

        Portanto, a consolidação de um público leitor se transforma em um comércio vigoroso e exigente desde do tempo de que aqui se fala, é talvez foi o fenômeno cultural mais impressionante a distinguir a comunidade ocidental desde de então. Porém ele defini uma transformação fundamental no processo de circulação da cultura, que por sua vez se vulgariza ao se tornar adquirível por qualquer indivíduo; pelo mesmo motivo torna-se mais democrática e também mais popular. Pois é enquanto um comércio atuante que o povo emergente aciona um novo ofício: a da própria cultura, logo essa, estando em movimento requer novos contingentes compradores, para crescer de forma permanente. Entretanto, sua estabilidade não aconteceria sem a participação da escola, pois que funciona como um meio de iniciação a comunidade, despertando o envolvimento ideológico do ensino e também da pedagogia com os valores daquela.

        Logo, como a escola a partir do século XVIII, passa por mudança em conseqüência da necessidade de conquistar a infância durante esta fase da vida e instrui-la de um saber para os dias futuros de sua realidade, investiga-se por que a escola transforma-se no intermédio entre a criança e a cultura, fazendo uso como ponte entre os dois. Para Zilberman (1988:13), manifestam os motivos pelos quais essa vem a conquistar o primeiro plano, por sua vez funcionando como a porta de acesso do jovem ao mundo saber:

  • Neste contexto, dar acesso à leitura representou, estimular uma indústria, porém nascente, sendo no entanto a da tipografia que vinha crescendo muito na época e descobria maneiras exclusivas de impressão, como o livro, o jornal e o folhetim.

  • A esse respeito, a transmissão do saber, no ocidente, tinha decidido, a partir da Antiguidade, pelo livro com objeto privilegiado dos resultados intelectuais e da transmissão, em detrimento de outras possibilidade e expressão, como, as de ordem visual.
  • Desta forma, o caráter econômico de código escrito tornou mais fácil a divulgação deste, já que detém muita competência de condensação, ao fazer uso do alfabeto, que se distingue pela transcrição dos fonemas e, não das sílabas como também das palavras inteiras, sendo que é este fator que lhe garante a funcionalidade.

Assim, com o poder generalizado da capacidade de ler, resultado da atuação eficaz da escola opera-se uma crescente democratização do conhecimento. Mas também, surgem as primeiras expressões da cultura massificada, pelo fato da expansão de uma literatura popular, da qual a transmissão se fizera até aquele momento por intervenção das formas orais seguidas pela música. Neste sentido, sem perder sua popularidade, a literatura encontra outros meios de propagação entre seu público, concebendo a chamada leituromania, que levou pedagogos a realizarem campanhas de informação e cuidado contra os prejuízos da leitura em exagero. Portanto é resultado do período o conhecimento de uma leitura de modo exclusivo, mais conveniente mais eficiente e prática: aquela que se dedicasse à obras úteis, de caráter informativo ou evangélico, que por sua vez levassem à reflexão ou à aprendizagem, impossibilitando o escapismo e o devaneio.

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