O fracasso escolar
Por: biaberi • 20/11/2015 • Resenha • 994 Palavras (4 Páginas) • 675 Visualizações
Saberes e dizeres diferentes de crianças que "fracassam" na escola
A presente síntese tem como base nas informações presentes no livro organizado por Maria das Graças de Castro Sena, onde há uma série de artigos a respeito do tema Dificuldades de Aprendizagem na Alfabetização.
Com foco inicial na Linguagem e Educação, a referida autora trata do mal do século XX como sendo o “fracasso escolar”, será abordado ainda o “sucesso escolar”.
O fracasso ou sucesso estão relacionados especialmente aos processos de leitura e escrita. Assim, os artigos fazem um alerta para a necessidade de se explorar com as potencialidades das crianças, considerando de seus conhecimentos prévios, de modo significativo a realidade da criança.
Dentre os diversos artigos presentes no livro, nossa equipe ficou responsável pelo entendimento do intitulado “Saberes e dizeres diferentes de crianças que "fracassam" na escola” de Maria Cristina da Silva.
Em observação a um aluno denominado Carlos, aluno este que repetiu várias séries em sua vida escolar. Chamado pelo irmão de burro, foi direcionado a serviço de saúde na busca de soluções para suas dificuldades escolares.
Carlos era considerado um ‘mau’ aluno por seu comportamento habitual, no entanto, ele tinha aulas particulares. Em relação a suas características familiares, destaca-se que sua mãe não tinha completado seu processo de alfabetização, sabia escrever seu nome e algumas palavras. A mesma não trabalha fora, mas possuiu problemas de saúde que dificulta a realização de algumas atividades. Os pais tiveram de deixar os estudos para ajudar na renda familiar, pois moravam na zona rural e aos filhos de trabalhadores naquela época, cabia ajudar os pais no trabalho doméstico ou nas atividades que exerciam.
O pai do aluno em foco cursou até a 3ª série do ensino fundamental e trabalhava, sem horário fixo, porém é um bom amigo dos filhos e os incentiva a estudar. A mãe a irmã classificou o educando em foco como “desatento” e “preguiçoso”.
Por outro lado, a irmã afirma que a escola não tem muitos atrativos, é muita teoria e sempre que pergunta sobre a aula, o irmão diz não ter tido nada de novidade. A autora chama atenção esse fato: as aulas desinteressantes podem está relacionadas com as dificuldades de aprendizagem de Carlos, bem como na dificuldade na relação professor-aluno. Além disso, o papel da escola vai muito além do ensinar a ler e escrever e talvez Carlos não tenha sofrido nenhuma intervenção dos discursos docentes.
Outro problema usado para justificar os problemas de aprendizagem do menino é a questões de ter tido dificuldade em seu período gestacional, ela acredita que isso pode ter gerado algum problema em Carlos. Aos 10 anos de idade, ele vestia roupa pelo avesso, abotoava errado, calçava sapatos trocados; quando se machucava, ele chorava e ficava "sem fôlego", "ficava roxo".
Contudo, Carlos é considerado uma criança problema, que não gosta de estudar, somente de brincar. Quando ocorre um ditado ele inventa as palavras, por isso a professora pedia para a mãe colocar ele para ler mais, pois a docente acreditava que ler contribui para escrever melhor.
A professora particular, parecia acreditar pensar que a rigidez das normas escolares é fator que leva os alunos ao desinteresse e à desmotivação, além disso, aqueles alunos que apresentam problemas na aquisição da leitura e da escrita são discriminadas e, muitas vezes, ignoradas no ambiente escolar.
Os alunos passam a demonstrar desinteresse e mesmo com todas as tentativas parecem está marcadas com o fracasso. Na 4ª série ano em que ele não reprovou, parece que a docente havia dito que o mesmo iria estudar a noite, o que pode ter levado a um esforço para evitar que isso acontecesse.
Diante da observação do aluno em foco a autora conclui que muitas vezes o desconhecimento e a falta de compreensão dos educadores acerca do fracasso
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