OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO
Por: douglas11030 • 17/1/2019 • Artigo • 1.278 Palavras (6 Páginas) • 331 Visualizações
OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO
Adenilton Douglas A. Araújo
Resumo: Este artigo trata sobre os métodos adotados em uma pesquisa de extensão realizada em uma escola pública pela Universidade Federal da Bahia e a intrínseca relação desta atividade com o livro de Edgar Morin “Os sete saberes necessário à educação do futuro”. Aqui, é comparado como os valores passados por Morin são de suma importância e como são análogos aos métodos de ensino adotados pelos realizadores da pesquisa.
Palavras-chave: ensino, fundamentos, valores, educação.
Introdução
Os conteúdos estudados no ensino fundamental e médio vêm sendo alterados de acordo os avanços e convicções acerca dos materiais didáticos considerados relevantes nos dias atuais. No entanto, assuntos importantes como a geometria estão sendo, gradativamente, esquecidos dentro do universo matemático das escolas.
Isso pode se configurar um impasse não só no âmbito estudantil geral, uma vez que a geometria estimula a criatividade e estabelece vínculos entre matemática e as formas, como também desprepara, especificamente, estudantes que queiram ingressar em áreas onde a geometria se configura essencial, como arquitetura, engenharias e artes.
Foi pensando nisso que o projeto de pesquisa de extensão “Como fazer? Redescobrindo o gosto pelo desenho geométrico” oferecido pela Universidade Federal da Bahia, levou professora e estudantes universitários à sala de aula de um colégio público soteropolitano, a fim de retomar conteúdos geométricos para alunos que possuem interesse em ingressar nas áreas supracitadas.
Em 10 aulas semanais, foram discutidos e trabalhados subtemas dentro do campo do desenho geométrico, oferecendo o ensino e estimulando a produção criativa dos educandos com trabalhos diversos. Nesse mesmo tempo, foram aplicados conhecimentos, implicitamente, do livro de Edgar Morin. Ele relata, em sua obra, sete ensinamentos que precisam ser passados aos alunos, para que se garanta uma educação de qualidade no futuro.
Material e método
Segundo Morin, as incertezas permeiam o conhecimento desde que o mesmo existe e elas precisam ser enfrentadas. Sendo assim, a história e os entendimentos decorrentes do tempo se atualizam constantemente ou são até reinventados, estes, portanto, não progridem em linha reta. Porém, dentre os fatores que o tempo não é capaz de refutar, está a matemática.
Neste vasto campo de cálculos, lógica e imprevisibilidade é preciso que se planeje e preveja estratégias, a fim da solução mais rápida para um problema, contando com imprevistos e possíveis transformações. Nesse meio tempo, o aprendiz ainda precisa lidar com outro fator citado na obra: a cegueira do conhecimento.
Mesmo com as respostas mais ágeis, toda compreensão comporta o risco do erro e do ilusionismo. É preciso que o aluno explore a possibilidade do erro, deixando-se possuir pelos ideais da autocrítica e complexidade, dessa forma é possível alcançar as condições de acerto e perceber a realidade com maior probabilidade de solução.
Tais características de incertezas e ilusões que adentram o âmbito matemático foram apresentadas aos alunos numerosas vezes em sala, assim, os mesmos puderam desenvolver suas habilidades através de jogos de raciocínio lógico e memória sobre a geometria e suas peculiaridades abordadas durante a pesquisa. O educando, nesses casos, precisou planejar métodos eficientes para resolver as atividades que tinham tempo limitado, exercitando a prática da análise e a própria visão sobre o autoconhecimento.
Além das realizações de atividades individuais, foram também trabalhadas questões em grupo. De acordo Morin, a simbiosofia (sabedoria de viver em conjunto) é indispensável como quesito a ser abordado na educação, uma vez que a herança de guerras e destruição que século passado deixou servem de lição para impor a cidadania terrestre como uma nova missão no âmbito educacional. Transmite-se assim, responsabilidade e solidariedade entre os filhos da Terra, alimentando um estreito e saudável contato entre os educandos, com o objetivo comum de aprender e compartilhar conhecimentos.
Como consequência dessa união, é instruída a ética do gênero humano, no qual a democracia permite o consenso, a diversidade e alimenta os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, vulgo iluminismo. Tal resultado pode ser alcançado através do vínculo entre indivíduo, sociedade e espécie, visto que um é co-produtor do outro. É a partir dessa interação que o aprendiz fortalece sua participação social.
Em consonância com a lógica da ética do gênero humano, o livro destaca o quão é pertinente ensinar a condição humana. Ensinar, portanto,
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