Os Desafios da Escola Pública Comtemporânea
Por: Fursy • 14/8/2015 • Resenha • 1.374 Palavras (6 Páginas) • 246 Visualizações
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) – Belo Horizonte.
Aluno: Lucas Bernardes Pereira Turma: P
Resumo - Os Desafios da Escola Pública Contemporânea
O texto faz uma reflexão analítica sobre os desafios da escola publica na sociedade contemporânea brasileira, mostrando alguns pontos que ainda precisam ser aprimoradas, como a dificuldade dos professores que iniciam a docência, a questão étnica-racial, gênero, sexual e religiosa.
Discute e problematiza o papel da escola na questão econômica da sociedade do não-emprego e do liberalismo como forma de ascensão social.
Conclui que o papel da escola é de um espaço de desenvolvimento do pensamento racional e reflexivo e que a formação docente deve estar em conjunto com a concepção de educação que os sustentam.
Os desafios da escola pública estão relacionados a tudo que o professor enfrente no cotidiano, na busca de uma aprendizagem qualitativas na educação básica e no que implica na compreensão do social na escolarização e na formação das crianças e jovens brasileiros, e isto reflete a escola como uma instituição estatal onde deve atender ao aluno e responsáveis mediante ao profissional da educação.
Com a implantação do capitalismo, o modelo escolar brasileiro, é construído diante do sistema publica de ensino Europeu do século XIX para criação de um novo homem, sendo que muitos ocupavam postos sem o mínimo de preparo intelectual e social, o modelo de sistemas público seria laico e gratuito sendo uma obrigação estatal.
Segundo Marx “para impedir esta total desfiguração das massas populares gerada pela divisão de trabalho (na produção capitalista), Adam Smith recomenda o ensino publico a partir do Estado” que no mais servia como qualificação de força trabalhista ao invés de criação de seres autônomos e mecanismo de poder pelos grupos dominantes.
Somente a partir do século XXI o ensino começa a ser obrigatório por lei, Segundo Saviani (2003) “O atraso na implantação de um sistema de ensino nacional gera um déficit histórico imenso e secular, de tal modo que o Brasil ainda é um dos países com os maiores índices de analfabetismo”
A organização do ensino brasileiro veio na ditadura militar com uma visão tecnicista um segundo período veio diversificar a organização pedagógica no ensino fundamental com as reformas neoliberais no fim dos anos 80 com uma grande falta de investimento
financeiro que se estende até os dias atuais, por não termos nenhum governo capaz de promover uma revolução educacional.
Mesmo as verbas sendo razoáveis diante de outros países ainda não são suficientes para suprir o déficit histórico, os professores diante de salas lotadas jornadas excessivas de trabalho negação intransigente do pedagógico ficam exaustos e 48% deles acabam desenvolvendo uma síndrome conhecida como Burnout que é entendida como uma síndrome de desistência está lá, mas já desistiu do emprego e também alguns que mesmo com condições precárias ainda desenvolvem trabalhos qualitativos.
A síndrome envolve três componentes, Exaustão emocional, Despersonalização e Falta de envolvimento profissional no trabalho, os estudiosos em Burnout destacam que cada um desses itens deveram ser estudados separadamente, muitos agravantes como problemas de disciplina, falta de segurança, burocracia com a administração violência, salario inadequado, falta de perspectiva de ascensão na carreira em relação a outro profissional são fatores que tem se apresentados associados ao burnout, e isso se deve a universalização precária do Ensino Fundamental no país e a exploração de força de trabalho onde nem sempre se há desvalorização de alguns empregos e a supervalorização de outros.
De acordo com Sacristán e Pérez Gómez (1998) “Nessas sociedades contemporâneas, a escola enfrenta um processo de socialização com demandas diferenciadas e contraditórias na própria esfera de ocupação econômica”.
Com as mudanças em curso os desafios para educação se tornam maiores, o papel da escola é incorporar a capacidade do pensamento criativo e critico do aluno.
Até o fim dos anos 70 era predominante que a Ascenção social do trabalhador estava ligada a sua escolarização, dando ao individuo toda responsabilidade pela sua mobilidade social, “para que estudar? Para que ir à escola? A primeira resposta que sempre aparece é ‘para ter um emprego melhor’”, observamos que o salario de alguém que tem curso superior é muito maior do que de alguém que tem somente o ensino fundamental, e podemos perceber que a escola não é capaz de produzir igualdade social, e sim é a primeira a construir a desigualdade dizendo para os alunos que se não estudarem não vão ser nada na vida, porem, “O máximo que a escola pode prometer não é o emprego, e sim um mínimo de empregabilidade na vida dos desempregados”.
A função essencial da escola é submeter elementos das diferentes criações culturais, mostrando e comparando os valores uns aos outros de forma que se tornem algo homogêneo porem com a singularidade de cada individuo inserido no contexto escolar, identificando as diferenças e abordando através de conteúdos acadêmicos que favoreçam a integração ao invés da exclusão, propondo a inserção desses temas como racismo, sexistas e homofobia no curriculum escolar pois o curriculum “cumpre uma função mais próxima da reprodução da cultura dominante do que da reelaboração critica e reflexiva da mesma”
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