Os Gêneros na Sala de Aula
Por: Josefa123 • 12/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.697 Palavras (7 Páginas) • 183 Visualizações
Gênero na sala de aula: a questão do desempenho escolar
Entre 2000 e 2009 foi realizada, por Marília Pinto de Carvalho, uma pesquisa em uma escola pública no Município de são Paulo para verificar o desempenho escolar dos alunos e alunas, envolvendo 240 crianças de 1ª a 4ª séries. Os critérios usados pelas professoras para avaliar esses alunos eram trabalhos individuais sem consulta (provas), trabalhos em grupo, participação nas aulas, lições de casa, testes orais, entre outros, e consideravam tanto o desempenho na realização dessas atividades quanto o envolvimento do aluno nas aulas, o interesse do aluno pelo que o professor ensinava.
Apesar de serem maioria na escola as meninas representavam menor número nas aulas de reforço (34%), já os meninos representavam 65% dos indicados para o reforço. As crianças classificadas como pretas ou pardas e com renda mais baixa eram mais da metade das indicadas ao reforço.
Um pequeno grupo de alunos classificados como brancos e de classe social mais favorecida se encaixavam como excelentes alunos, por serem participativos, críticos, organizados, que cumpria as atividades e aprendiam rápido.
Muitas meninas tidas como responsáveis, organizadas, estudiosas, sossegadas, atentas, eram menos inteligentes do que meninos agitados, indisciplinados e desatentos. Apesar da inteligência desses garotos, eles eram avaliados mais pelo comportamento inadequado do que pelas habilidades que possuíam e as meninas da mesma forma. Assim, elas, que eram mais disciplinadas, eram consideradas melhores alunas do que eles. As professoras associavam a feminilidade à organização, às cores, capricho e desenhos delicados nos cadernos, como flores e corações, e à masculinidade relacionavam o desleixo, a desorganização e a sujeira.
Na concepção das crianças o que caracteriza um bom aluno é, primeiramente, o seu comportamento em sala e não as notas. Apesar de ser mais fácil trabalhar com meninas, por serem mais comportadas, as professoras afirmaram preferir dar aulas para meninos, pois são mais interessantes, questionadores e com opinião própria, além de terem espírito de liderança.
Todas essas características que os alunos adquirem vêm de fora da escola. Desde que nascem as meninas são vestidas de rosa, lilás e os meninos de azul e verde, as meninas ganham “brinquedos de meninas” e os meninos “brinquedos de meninos”. O professor deve tomar muito cuidado para não reforçar essas diferenças, pois o educador é elemento fundamental na construção de iguais oportunidades de escolarização.
Diferenças de tratamento entre os gêneros
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Menino com as pernas sujas e com bola e espada, enquanto menina toa arrumadinha e com boneca. Quem disse que a menina não pode se sujar e brincar com bola ou espada também? A criança tem que ser livre para brincar com qualquer tipo de brinquedo e aproveitar bem sua infância.
http://veja.abril.com.br/especiais/crianca/p_056.html - acesso em 24 de Maio de 2014.
Separação de meninos e meninas na fila
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A separação de meninos e meninas é onde começa uma barreira para aceitação do ser igual. A partir daí a criança começa a entender que meninas tem que fazer coisas diferentes dos meninos.
http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2011/12/11/meninas-e-meninos-na-escola-juntos-ou-separados/ - acesso em 24 de maio de 2014.
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Meninos para lá, meninas para cá. Após anos de ensino misto, as escolas single sex – que separam meninos e meninas – estão voltando à moda. Segundo a Associação Latino americana de Centros de Educação Diferenciada (Alced), as escolas que seguem esse tipo de organização estão presentes em pelo menos 70 países, com quase 242 mil instituições. No Brasil, porém, são apenas quatro instituições de ensino diferenciado.
http://www.bemparana.com.br/noticia/325169/escola-single-sex-ganha-espaco-em-curitiba-e-cria-polemica. - acesso em 24 de Maio de 2014.
Preconceito contra o sexo feminino
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As meninas são tão capazes quanto os meninos de se saírem bem em qualquer tipo de brincadeira, basta que lhes sejam dadas oportunidades de participar.
http://educabrasil-telma.blogspot.com.br/2010_06_13_archive.html - acesso em 24 de Maio de 2014.
Por que as meninas vestem rosa e os meninos vestem azul?
Pelo menos são nessas cores que os pais de muitas crianças insistem em comprar roupas e brinquedos, de acordo com o gênero. Mas por quê?
Bárbara Helen de Souza - Por Mega Curioso
[pic 6]Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
Certamente, você já percebeu isso. Por aspectos culturais ou simplesmente pelo hábito e facilidade, muitos pais insistem em dar roupas, presentes e brinquedos em geral com cores que correspondam aos gêneros dos filhos – azul para os meninos e rosa para as meninas. De vez em quando, o amarelo e o verde também aparecem, como cores mais neutras, senão caímos no padrão duo das cores principais (que muitas vezes também servem para identificar o sexo dos bebês).
Desde crianças, esses estereótipos são reforçados nos pequenos em muitos países, mas por quê? Quem definiu que o azul é a cor dos meninos e o rosa é das meninas? Vamos entender um pouco desse costume relativamente mundial. Dois neurocientistas da Universidade de Newcastle, Inglaterra, estudaram diferentes casos para obter as respostas. Jovens chineses e ingleses de ambos os sexos e entre 20 e 26 anos foram selecionados para os testes.
http://www.portali9.com.br/entretenimento/por-que-as-meninas-vestem-rosa-e-os-meninos-vestem-azul - acesso em 24 de maio de 2014.
Meninos também brincam de boneca: 5 propagandas de brinquedos revolucionárias na Suécia
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Não é só pelo alto índice de desenvolvimento humano que a Suécia é conhecida. As discussões sobre igualdade de gênero no país europeu passaram da teoria para a prática. Ocaso da escola Egalia, que possui um método igualitário de ensino que mostra às crianças que meninos e meninas podem, por exemplo, brincar com os mesmos brinquedos, é uma das iniciativas mais famosas.
As mudanças agora chegam nas propagandas, que são conhecidas no mundo todo tanto por sacadas geniais quanto por verdadeiros desastres sexistas. Por lá, as marcas de brinquedos apostam em catálogos neutros, onde meninas e meninos são retratados com brinquedos que, até então, eram vistos como pertencentes a um sexo.
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