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Os Jogos Brinquedos na EI

Por:   •  3/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.640 Palavras (11 Páginas)  •  131 Visualizações

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Introdução

Brincadeira de faz de conta, também conhecida como "jogo simbólico", pelo fato de ser baseado na imaginação, é uma brincadeira que ajuda no desenvolvimento da criança, pois desenvolve habilidades motoras e psicológicas, assim, também desenvolve a autonomia. Esta é a maneira que ela começa a ter sua perspectiva de mundo, o que traz a criança amadurecimento social, emocional, físico e intelectual. Quando brinca interpreta papéis, interações e enredos, através desta brincadeira pode expressar como pensa, sente, e se comporta diante do mundo que vive. Nesta mesma fase da vida a criança está passando pela fase egocêntrica, fase que se refere a um pensamento realista centrado no ponto de vista da criança. Ela não conhece outras perspectivas e acredita que todos vêm o mundo da mesma maneira que ela. segundo Piaget o egocentrismo se caracteriza por centrar-se em seu ponto de vista, de tal maneira que não possa aceitar um outro ponto de vista. Existem outros autores que também comentam sobre esta fase, como por exemplo Maria Inez Gioca, que diz:  

"O jogo simbólico se trata de uma atividade puramente egocêntrica, onde a função é satisfazer o "eu" através de transformação do mundo real em função da própria realidade"

(GIOCA, 2001)

De acordo com Gioca quando a criança está brincando de faz de conta, ela transforma o mundo de acordo com sua visão, o que enaltece o "eu" através deste ato, podemos notar o egocentrismo.

O brincar é um momento único, de desenvolvimento e compreensão de si, onde é exercitada a imaginação, a capacidade de planejar, de criar situações lúdicas, ela pode brincar sozinha ou acompanhada, usando utensílios e/ou objetos que representem algo naquele momento, ela pode também chegar a imitar os adultos do seu convívio, que tenham significados importantes na vida delas, dessa maneira ela vai se comunicando com o mundo adulto, o brincar permite a criança uma porta aberta ao mundo real, trabalhando situações que vivenciará no social, podendo ter uma melhor compreensão, assim conquistando sua autonomia pode se permitir entender o mundo adulto, então deixa de permanecer no seu egocentrismo. Podemos citar algumas das habilidades que a criança vai desenvolvendo enquanto brinca, benefícios físicos: habilidades físicas motoras, ela trabalha a interação motor-visual, psicomotricidade, e coordenação espacial.  Benefícios emocionais: Aumento da autoestima (com princesas e super-heróis por exemplo) desenvolvimento dos sentimentos de segurança, proteção e  independência. Benefícios sociais: Ao brincar a criança vai aprendendo a se colocar no lugar do outro, interagir e superar disputas, aceitar interferências em suas idéias, liderar e ser liderando. Benefícios Intelectuais: Aprende a resolver problemas matemáticos, dividindo a comida entra as bonecas, aprende também as tradições de sua casa e seu grupo social. De acordo com algumas pesquisas, vimos que esta fase do faz de conta pode variar a faixa etária, mas, normalmente dura dos 2 aos 4 anos de idade, depende muito da criança, pois vale lembrar que cada uma tem um desenvolvimento em tempos diferentes.

Por volta dos 4 aos 9 anos mais ou menos, as crianças podem criar amigos imaginários, os quais podem ser mais novos ou mais velhos que elas, os motivos para a criação destes amigos imaginários podem ser muitos, como por exemplo não ter irmãos para brincar e conversar, não ter ainda uma relação próxima com outras crianças, não ter acesso a diferentes tipos de distração, entre outras. Ao contrário do que muitos pensam o amigo imaginário é algo bem normal, e ajuda sim no desenvolvimento da criança, pois através dele, essa criança vai aprendendo a interagir com outras crianças. Mas como tudo na vida das crianças deve ser acompanhado de perto pelos pais, pois assim como traz benefícios pode também trazer malefícios, por isso é necessário ter uma atenção. Caso a criança passe por uma mudança radical em seu comportamento se tornando agressiva, introvertida, ou algo assim, é necessário buscar ajuda psicológica, pois caso não seja tratado, pode causar consequências na vida adulta daquela criança.

A ação pedagógica é de extrema importância neste processo de faz de conta, as crianças e professores estabelecem internalização dos conhecimentos e informações existentes na brincadeira de Faz de Conta, logo no momento em que está brincando é também um momento de aprendizagem, para que isso venha se concretizar, entende-se que as ações educativas devem estar voltadas  para os interesses e necessidades da criança, a brincadeira deve ser planejada e coerente com a fase de aprendizagem daquela criança.

Em relação ao professor, é notório a importância do trabalho de mediação da brincadeira de Faz de Conta enquanto situação de aprendizagem, pois através das ações prazerosas a criança desenvolve e aprende, dessa maneira podemos destacar que o brincar é para ela a melhor maneira de obter conhecimento.

O intuito do grupo para com este trabalho, foi pesquisar, conhecer e analisar a brincadeira de Faz de Conta, estudando perspectivas de autores diferentes para que chegássemos a uma determinada conclusão, a qual veremos no decorrer do trabalho.

Foram observadas as crianças Sara, Carlos, Tifanny, Lívia, Esther, Miguel, Sofhie, e Arthur. Que estão na faixa etária de 2 a 6 anos de idade, a seguir mostraremos os resultados de nossas pesquisas e observações.

Relatório de observação da brincadeira de faz-de-conta

 

1º Criança

Estávamos eu, e a Rosélia (líder do grupo de crianças) cuidando e brincando com as seguintes crianças: Carlos, Sara Ketlyn, Kiara, Davi, Abraão, Nathan, Hadassa, e a outra Sara, todos estavam brincando de pintar, porém o Abraão (que no caso já é pré adolescente), não queria pintar e decidiu desenhar, desenhou um navio, e homens guerreando, conforme foram acabando de pintar perguntei se queriam brincar de outra coisa, ou continuar pintando, todos balançaram a cabeça dizendo que sim para brincar de outra coisa, então eu dei a idéia de brincarmos de batata quente, mas não tínhamos bola então pegamos um estojo de lápis, vazio e usamos como bola, todos ficaram bem animados e fingindo que o estojo era uma bola.

Ao observar crianças entre a faixa de dois anos e seis meses a três anos,notei que as brincadeiras dependem muito de todo um contexto, algumas queriam brincar de rodar e cantar, outras de casinha, outras de escolinhas, entre outras brincadeiras. Através destas brincadeiras, é possível imaginar um pouco de sua criação, pois desenvolvem na brincadeira, aquilo que veem no dia-a-dia delas, muitas querem ler livros, cozinhar e brincar com seus filhos (outras crianças ou bonecas) outras, querem passear com seus filhos dirigindo seu carro, outras fazem de conta que estão indo trabalhar, enfim… Ao brincar, a criança é representante daquilo que está acostumado a ver, ela reproduz o que vive. A brincadeira pode ser uma preparação para a vida, uma aula gratuita de futura realidade.

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