Os Métodos de alfabetização e letramento no Brasil
Por: laritorres.s • 14/2/2018 • Trabalho acadêmico • 625 Palavras (3 Páginas) • 303 Visualizações
HISTÓRIA DOS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
A priori, a leitura e escrita eram consideradas práticas restritas e aconteciam por
meio de transmissão assistemática e em casa, e mesmo quando de forma menos
informal, era precária, nas “aulas régias” (como eram chamadas as poucas escolas do
império). No final do século XIX, principalmente com a proclamação da República, a
escola consolidou-se como instituição, onde aconteceria o preparo das novas gerações,
com o propósito de alcançar os ideais do Estado Republicano. Assim as práticas de
leitura e escrita passaram a ser fundamentadas da escola (obrigatória leiga e gratuita)
acontecendo de forma organizada e sistemática e intencional. Os processos de ensino e
aprendizagem da leitura e escrita são, então, uma “transição” onde o indivíduo entra em
um meio social, passa a ter novas formas de relação entre si e a natureza, a história e o
Estado. No entanto, mesmo em outras épocas, sempre houve dificuldades em relação a
este propósito, estas muitas vezes explicadas como problema do método de ensino, ou
do aluno, do professor, do sistema escolar, ou mesmo das condições sociais. Com a
necessidade de superar o que seria um problema a cada época, e o que era dito
tradicional no ensino de cada momento, houve disputas entre os que defendiam os
métodos que eram ditos como tradicionais e os que visavam novos métodos e técnicas,
considerados melhores em relação aos que eram declarados antigos e tradicionais.
Considerando as décadas finais do século XIX, houve quatro momentos importantes na
história da alfabetização. O primeiro foi o uso das cartilhas; as escolas dessa época eram
carentes de organização, eram poucas e com salas adaptadas, a estrutura não era
apropriada, estas eram chamadas “aulas régias”. Neste momento o método utilizado no
ensino da leitura eram as cartilhas ABC, onde primeiramente eram apresentadas as
letras e seus nomes, em seguida reunidas, conhecendo as famílias silábicas, e então
ensinava-se a ler palavras formadas com essas sílabas, para então serem lidas frases. Já
a escrita utilizava-se caligrafia, cópia, ditado e formação de frases. No Brasil as cartilhas
eram baseadas nos métodos de marcha sintética, em 1876 foi publicado em Portugal a
Cartilha Maternal, escrita por João de Deus, que foi divulgada sistemática e
programaticamente. No segundo momento, o método que se iniciava era analítico, onde
tinha como base princípios didáticos derivados de uma nova concepção da criança.
Neste método o ensino da leitura iniciava-se pelo “todo” e em seguida se dava a análise
de suas
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