Os Quatro Pilares Para Adaptação na Educação Infantil

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SONIA SOARES PIELECHOWSKI

os quatro pilares para a adaptação na educação infantil

Trabalho apresentado ao Curso Licenciatura em Pedagogia  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina TCC (Projeto do Trabalho de Conclusão do Curso) .

Orientador: Prof. Melina Klaus, Fabio Goulart Andrade

Tutora Eletrônica:Andrea Martins Messias

Tutora de Sala:Josecler Schutz Wittizorecki

Guaiba

2011

INTRODUÇÃO

A adaptação escolar é um assunto que preocupa sistematicamente pais e educadores. Com as mudanças culturais, ocorridas nos últimos anos, principalmente com o ingresso da mulher nos dinamismos da sociedade, as crianças antecipadamente convivem com pessoas que não são necessariamente, do núcleo familiar.

Orientado pela linha de pesquisa da história, filosofia e psicologia da educação, espera-se contribuir para melhor entendimento da relação entre a ansiedade de separação infantil e materna e a adaptação escolar de crianças com faixa etária entre 4 meses e 3 anos na Educação Infantil, bem como a importância da adaptação no ambiente escolar, inferindo sobre estratégias de enfrentamento neste processo tanto com as famílias quanto com os educadores envolvidos.

Neste trabalho, busca-se entender sobre a inserção da criança na escola e a fase da adaptação, questionando-nos sobre o que é necessário para que adaptação na educação infantil aconteça de forma harmoniosa entre os quatro pilares da adaptação sendo eles: Escola, família, criança e professores. Trazendo, assim conhecimentos acerca da preparação do professor pra receber as crianças anualmente com entusiasmo e motivação.

Considera-se, de significativa relevância este estudo para compreender o estabelecimento das relações afetivas com outros sujeitos diversos. Pois, uma adaptação, mal sucedida traz grandes traumas para a vida posterior do aluno ao ser inserido em outras escolas. E, então se faz necessário ter uma base de conhecimento sobre esse assunto que preocupa e envolve tantas pessoas no desenvolvimento social e emocional destas crianças.

Conforme ROSSINI (2007) é no ambiente escolar, que vamos destacar a adaptação e a afetividade como principais sujeitos de nosso desenvolvimento social e cognitivo, pois a adaptação torna-se um processo desgastante e lento, sendo um período de tempo e espaço. Onde a criança apresenta diferentes modos de contestar sua presença neste meio, ao qual não possui conhecimentos, e dentre eles podemos destacar o choro, a regressão, agressividade e o isolamento dos demais componentes do grupo. Por sentir-se abandonado e sofrer com a separação. E o vinculo de afetividade se faz presente neste meio de interação.

Aprender com as diferenças dos outros não é uma tarefa fácil para ninguém. Não existe uma aula específica para isso.

Todas as escolas e creches têm um ponto de vista a respeito da entrada da criança na escola e a respeito da separação, quer ignorem estes assuntos, ou quer tenham planos para eles ou não. Se os ignoram, é mais provável que o seu ponto de vista se baseie na posição tradicional de que a separação não é algo que tenha uma importância especial, e que largar a criança na escola e escapar é melhor para as pessoas envolvidas. Se a escola tem um plano para a separação, está reconhecendo a importância de ligação entre pais e filhos. (BALABAN, 1988, 103)

Segundo BALABAN (1988), a criança que é capaz de dominar os sentimentos de separação, e com a entrada na escola está dando um grande passo ao seu amadurecimento, que ao invés de encarar como um problema perceberá como uma oportunidade de crescimento. Na educação infantil, a criança assimila o que ela vivência, o que ela experimenta. E assim, não só a criança se adaptará, mas também a família, os professores, a escola. E todos terão um papel importante neste processo de desenvolvimento social e cognitivo da criança.

O objetivo geral deste projeto estende-se a:

• Compreender o processo de adaptação da criança na Educação Infantil apoiada em quatro pilares: família, escola, educadores e alunos e a importância do vínculo afetivo.

E os objetivos específicos:

• Conceituar o que é adaptação na educação infantil;
• Descrever a importância da família, escola, professor e aluno na adaptação;
• Coletar e analisar dados de pesquisa servindo de subsídios para o desenvolvimento do presente trabalho.

 

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Desde o princípio da humanidade sofremos com a adaptação de diferentes formas, e nos dias atuais não poderia ser diferente. Ao sairmos da proteção familiar, para freqüentar a escola pela primeira vez, sofremos por ansiedade, medos, separação e abandono. O que para estudiosos da área são fases do desenvolvimento que toda criança, família, profissional de educação e instituição, devera passar, não com sofrimento, mas como uma etapa de conquistas, de crescimento e de aprendizagem.

BALABAN (1988) orienta que antes do início das aulas, sejam organizadas reuniões coletivas e individuais com os pais, para a escola expor aos mesmos a sua proposta pedagógica, os seus objetivos, explicando-lhes como se dá esse processo de adaptação, enfatizando que esse momento merece uma atenção especial. Fica possibilitado nesse momento o esclarecimento de dúvidas, pois serão plantadas sementes nesse encontro para o estabelecimento de uma relação de confiança, afetividade e amizade entre escola e família.

Conforme BALABAN (1988), a adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas. Onde as relações, regras e limites são diferentes daqueles do espaço familiar a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas da família, do professor que irá acolher este pequeno ser. Mas ao contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação e vice-versa.