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Os quatros períodos históricos que marcaram a luta das pessoas com deficiência

Por:   •  28/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.695 Palavras (11 Páginas)  •  488 Visualizações

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Os quatros períodos históricos que marcaram a luta das pessoas com deficiência

  É importante conhecermos o passado para compreendermos o presente e procurarmos no futuro não cometer atitudes contra os nossos semelhantes.

            EXCLUSÃO : Idade Antiga de  4000- 3500 a.C.  a 476 d.C.

  • Grécia: formação do homem para a guerra.

  • Esparta: novo ser = soldado em potencial.

  • Ao nascer, a criança era observada detalhadamente por um grupo de anciãos. Caso apresentasse algum problema físico ou saúde debilitada, era lançada ao monte Taigeto.

  • Saudável, ficava com a mãe até os 7 anos. Depois, o governo assumia a sua tutela.  

  • A Ciência não explicava a deficiência. As diferenças individuais não eram compreendidas. As pessoas com deficiência foram ignoradas pela sociedade.

SEGREGAÇÃO : Idade Médiade 476 d.C. a 1453 – 1492 d.C

  •  Poder da Igreja Católica;

  • As pessoas eram deixadas em Instituições;

  • Cunho Assistencial;

  • Concepção mística;

  • Exclusão mascarada.

  • Os primeiros movimentos começaram na Europa e depois se estenderam para os Estados Unidos, Canadá e Brasil.

            INTEGRAÇÃO : Do século XVI até meados do século XX.

  • Do século XVI até meados do século XX: a concepções de deficiência era enxergada através de misticismo e ocultismo, tendo como base o cunho religioso ou crença em poderes sobrenaturais.

  • Com  o advento da ciência é possível percebermos, o início de alguns estudos e investigações sobre as deficiências e as possibilidades de intervenções junto a elas.

  • 1620 - Espanha (Bonet): o início de práticas educativas para as pessoas com deficiência.

  • 1829 - França (Braille): sistema Braille.

  • 1838 – França (Itard): estudo sobre privação cultural.

  • 1880 - França (Seguin): treinamento motor e sensorial.

  • 1956 – Itália: a médica Maria Montessori começa a desenvolver e a pensar procedimentos didáticos junto as crianças ou adolecentes que apresentavam necessidades especiais.

  • Conceito de deficiência era explicada a partir do inatismo: causas orgânicas, ocorridas no início do desenvolvimento, e que dificilmente seriam modificadas:  O distúrbio era um problema inerente à criança, com poucas possibilidades de intervenção.

 Era muito característico no movimento da integração a crença que o problema estava na pessoa com deficiência, portanto era ela que deveria se adaptar a sociedade . A integração era um movimento unilateral, a sociedade tolerava sua presença, mas não fazia esforços para adaptar seus serviços e espaços para receber as pessoas com deficiência.

  • A concepção inatista trouxe duas consequências:

1)         a necessidade da detecção do distúrbio, que encontrou forças nas pesquisas sobre testes de inteligência;

2)         conscientização de que essa clientela precisava de atenção educacional especial e que nem tudo poderia ser explicado pelo inatismo, sendo algumas questões passíveis de atenção, portanto um olhar atento para a possibilidade de educação para esssas crianças começou a surgir as primeiras escolas de educação especial.

Décadas de 40 e 50

  • Questiona-se a influência das questões sociais e culturais. A deficiência poderia estar vinculada à ausência de estimulação adequada ou a processos de aprendizagem incorretos.

  • Reforçou-se a possibilidade de intervenção, mediante os conceitos de adaptação social e aprendizagem.

A História da Educação Especial
no Brasil

  • Surgiu com as instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia, no século XVI.

  • No século XVII, surgiram as rodas de expostos.

  • A Constituição de 1824:  garante a instrução primária gratuita para todos, mas o direito político da pessoa com deficiência                                     ainda era restrito,ou seja, as pessoas que possuiam algumas deficiência não podiam votar nesse período.  

No século XIX: algumas províncias solicitavam a vinda de religiosas para cuidar da educação dessas crianças

 Já percebemos uma transição de cunho religioso para cunho educacional Os meninos, depois dos sete anos, eram enviados para o Seminário de Sant´Ana, onde ficavam até conseguirem uma profissão.

Instituições especializadas

  • 1854: foi fundado o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, posteriormente denominado Instituto Benjamin Constant – IBC

  • Em 1857: foi fundado o Instituto Nacional dos Surdos-Mudos, que também alterou o nome para Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Com a Proclamação da República de 1989 começam a pensar em escolas     para pessoas com deficiência, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

  • 1ª Constituição da República, de1891: o Estado foi se eximindo de sua responsabilidade, desencadeando a implantação de Instituições Privadas e Especializadas, como o Instituto Pestalozzi, fundado no Rio Grande do Sul, em 1926 e considerada a primeira instituição particular especializada no Brasil, na área de deficiência intelectual.

Algumas considerações sobre esse período...

  • Década de 30 - Constituição Brasileira de 1934 - a União deveria traçar as diretrizes para a educação nacional e difundir a instrução pública em todos os seus graus, inclusive a especial.

  • Década de 40 - Constituição Brasileira de 1946 - divulga a concepção de educação como direito de todos, devendo ser inspirada nas ideias da solidariedade humana. Assim, foi fundada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae, no Rio de Janeiro ( considerado um dos maiores movimentos comunitários do mundo, que foi fundado com um cunho mais assistencialista e posteriomente abraça outra concepção de cunho educacional, até hoje além de atender nossas crianças, também atende professores e oferece recursos a sociedade e a comunidade de modo geral.

  Todo esse resgate histórico foi par apensarmos principalmente na Educação Escolar.

  • A partir da L.D.B. nº 4.024/61: afirmou legalmente a modalidade de ensino especializada.

  • Reforma Educacional Lei nº 5.692/71: a educação é necessária para o progresso da sociedade, ao oferecer meios de adaptação do indivíduo, ou seja ainda enraizado com o conceito unilateral da integração, sendo o  indivíduo com deficiência apenas o responsável pela sua adptação a sociedade.

  • Constituição de 1988: defesa da inclusão no ensino regular.

  • L.D.B. nº 9394/96: preferencialmente o aluno deve ser atendido no ensino regular. Ela gera alguma discussões, devido ao termo preferencialmente, ela não diz que a criança com deficiência deve ser mantriculada na rede regular de ensino ela apenas faz uma ensinuação.

INCLUSÃO:   perspectiva atual

 Entendemos por Inclusão o ato ou efeito de incluir.                                                                                                         O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido as resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência. Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, o movimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.

 O Atendimento Educacional Especializado (AEE)

 De acordo com o novo norte da educação especial, as pessoas portadoras de deficiência (física, mental, intelectual ou sensorial), transtornos globais do desenvolvimento (síndrome de Aspeger, síndrome de Rett, autismo, por exemplo), assim como altas habilidades/superdotação devem ser matriculadas, concomitantemente, no ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), previsto no art. 208, III, da Constituição Federal de 1988 [02].

 O AEEconsiste no conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, mas nunca substitutiva(art. 1º, § 1º, do Decreto nº 6.571/2008) [03]. Destina-se a oferecer aquilo que há de específico na educação de um aluno com deficiência sem impedi-lo de frequentar, quando em idade própria, ambientes comuns de ensino [04].

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