PEDAGOGIA DA VIRTUALIDADE
Por: Vania Nakagama • 22/4/2015 • Artigo • 4.485 Palavras (18 Páginas) • 677 Visualizações
Rede-instalação pedagógica e circulo de cultura virtual “Paulo Freire na educação superior”
Margarita Victoria Gomez, Adriano Nogueira Taveira, Vania Bueno, Claudiana Pereira Araújo, Daniela Oliveira, Marcos Penteado, Denise Mafra, Regina Santos, Márcia Cristina Barragan Moraes Toledo, Reinaldo Costa Jr., Kelly Victor, Eliane Guerreiro, Lucia Santos.
Universidade Nove de Julho /São Paulo
Resumo: Este trabalho propõe uma instalação pedagógica em rede a partir do tema gerador Paulo Freire e a educação superior e busca oferecer e aproximar alguns debates do IV Seminário Internacional a uma população, nacional ou internacional, que desenvolveu o habito de acesso às redes midiáticas e que talvez só tenha acesso através destas. Extrapolar e ampliar complementarmente os espaços físico e o virtual com a rede- instalação é uma das práticas educacionais de alunos e professores da pós-graduação em Educação; tal prática permitirá seguir e participar online, expondo noções, posturas e inquietações combinando linguagens (escrita, fotográfica e em outras formas estéticas) através de redes sociais, do blog, do twitter, do vimeo e outras. Considera-se que este trabalho encontra ressonância no tema geral do Seminário, pois ao realizar a instalação assume o compromisso de abrir os debates realizados no interior da universidade como uma prática de educar para a liberdade. O acesso inicial á instalação será a partir do blog http://pedagogiadavirtualidade.wordpress.com/ no qual educadores, tuiteiros e blogueiros vivendo a qualidade do ensinar /aprender e expondo reflexões fruto dos Círculos de Cultura peculiares a algumas disciplinas na pós-graduação poderão acompanhar e cobrir o seminário durante todos os dias de sua realização e, mesmo após sua realização, reelaborar o texto para a publicação final contribuir com ações futuras nas próximas edições do evento.
Palavras-chave: Paulo Freire, educação superior, instalação pedagógica, circulo de cultura.
Introdução
Vilma é uma estudante de Pedagogia que toma o trem todos os dias 5,40 para chegar 8h no trabalho, clara, de olhos vivos, de mediana altura, não muito magra. Seu esposo não a acompanha, pois ele já esta na horta trabalhando. No trajeto da viajem usa internet, redes sociais e editor de texto para concluir algumas das atividades escolares. Com vinte e oito anos de idade sua compreensão do urbano e do rural/quase urbano é indistinto e sabe muito bem que é na região da horta onde que morar. Apesar de residir nesse âmbito parte da sua vida acontece na rede, a última iniciativa foi contribuir para um blog sobre Paulo Freire e tecnologia digital na educação, usando o celular com discreção, pensando e organizando ...
A Rede-instalação Pedagógica e Circulo de Cultura Virtual “Paulo Freire na Educação superior”, vai-se tecendo no cotidiano e neste texto no âmbito do IV Seminário Internacional e implica a responsabilidade pela utilização das ações midiáticas já desencadeadas por esta Rede. Constituída a partir da organização do Seminário, a instalação sensibiliza a população não só acadêmica a difundir e ampliar o acesso ao evento valendo-se de recursos da rede mundial. A Rede-instalação vai tecer sensibilidades, pensamentos, reflexões que permearão o espaço-tempo do evento, contribuindo para a expressão das pessoas, a democratização das informações, dos debates, experiências em educação superior e “ a leitura de mundo” dos homens que no cotidiano das cidades e do campo são sujeitos da história.
A instalação de um Blog em rede busca repensar, debater e refletir sobre a Educação Superior sob a perspectiva de Paulo Freire (Educação como Prática da Liberdade, 1967; Pedagogia do Oprimido, 1968; Pedagogia da Esperança, 1992 e Pedagogia da autonomia, 1997), e que nos remete ao Seminário sobre Educação Superior, realizado na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), organizado por Miguel Escobar Guerrero, Alfredo L. Fernández D. e Gilberto Guevara-Niebla. Na oportunidade juntamente com outros professores, pesquisadores e intelectuais, Paulo Freire debateu longamente o tema.
Com Freire entendemos que aprendemos em comunhão com os outros, e que no circulo de cultura se estabelece em uma relação horizontal, reflexiva, participativa e dialógica entre todos os membros que ali participam. (Refazer: Tendo como base a visão de Freire entendemos que o aprendizado se dá em comunhão com os outros, e que no círculo de cultura se estabelece uma relação horizontal, reflexiva, participativa e dialógica entre todos os membros que ali participam. ) É uma experiência coletiva passível de ocorrer em diversos espaços educativos, concretizando-se como uma proposta metodológica que envolve a prática educativa, o trabalho em equipe, um tema necessário ou de interesse coletivo, o exercício do diálogo coletivo, da reflexão provocativa e a transformação dos sujeitos, seja na educação formal ou informal.
A Troca de saberes, experimentada nos últimos 4 anos na Universidade Federal de Viçosa nos aproximou a um esforço para reinventar o Círculo de Cultura de Paulo Freire que segundo Edgar Coelho trata-se de uma reunião anual dentro da Semana do Fazendeiro, quando se encontram acadêmicos, agricultores familiares e representações dos movimentos sociais para trocar conhecimentos. A universidade acolhe a instalação troca de saberes para dialogar com o conhecimento popular. Experimenta-se uma ciência dialógica e desvestida das verdades absolutas o que é um desafio.
As Instalações Pedagógicas são o lugar privilegiado de intercâmbio entre a sabedoria popular e o saber universitário [...]. Tomamos a perspectiva de Instalação Pedagógica como uma ambiência composta por elementos da realidade suscitadores de problematização e reflexão. Uma Instalação Pedagógica guarda semelhanças com uma instalação artística em sua dimensão estética, na multiplicidade de “suportes” utilizados e na espacialização que monta e desmonta conforme o contexto em que se insere. Além disso, promove um despertar de sensibilidades a serem re-simbolizadas e interdisciplinarizadas a partir da interpretação dialogada de “leigos”. [...] A experimentação das Instalações Pedagógicas advém dos programas de formação dos trabalhadores que a CUT e suas Escolas Sindicais inauguraram nos anos 1980 e 1990. Podemos ter como referência a “realha” utilizada em algumas classes de educação infantil" (ALVES et al. 2011, p.11)
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