PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ORIENTADA. EDUCAR PELA PESQUISA: UMA NOVA FORMA DE VIVER A AULA
Por: Jaqueline Alves • 17/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.346 Palavras (6 Páginas) • 960 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA CIDADE DE ITABERAÍ
CURSO DE PEDAGOGIA
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ORIENTADA.
EDUCAR PELA PESQUISA: UMA NOVA FORMA DE VIVER A AULA.
Jaqueline Ferreira Alves.
Pâmela Mickaele dos Passos Costa.
ITABERAÍ
ABRIL/2013
Jaqueline Ferreira Alves.
Pâmela Mickaele dos Passos Costa.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ORIENTADA.
EDUCAR PELA PESQUISA: UMA NOVA FORMA DE VIVER A AULA.
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ITABERAÍ, 2013
Ao analisarmos a formação dos professores em pleno século XXI, vemos claramente a necessidade de uma melhoria em sua qualidade; Devido à cópia constante dos métodos adotados por seus formadores, sua prática se torna um ato repetitivo e sem inovação.
Dessa forma torna-se mais fácil dar ênfase a uma metodologia já existente, ao invés de produzir seu próprio procedimento, criando assim um ciclo onde professores e alunos não constroem seus conhecimentos sozinhos, mais acabam por reproduzir aquilo que já foi executado por alguém. Se tornando assim imitadores, e deixando de lado suas capacidades de desenvolverem o desconhecido.
O educador muitas vezes se subestima, e se julga incapaz de elaborar algo seu; e assim deixa de lado seus objetivos. É fundamental que os professores ignorem esse modo de se julgarem inaptos a gerar sua própria didática.
Esse sentimento de incapacidade se dá também pela falta de investimento e pela resistência que se tem quando se fala em pesquisa, pois se trata de um processo demorado e complexo. Lüdke (2001), afirma que:
Na verdade, falar em produção de conhecimento pelo professor ainda é tabu. Em primeiro lugar, porque as condições concretas de trabalho docente no Brasil tornam extremamente improváveis as possibilidades de a pesquisa vir, a curto ou médio prazo, a ser inserida no perfil profissional dos professores do ensino fundamental e médio. Nas condições atuais, pesquisar é um fardo praticamente impossível de se carregar. Em segundo lugar, há enormes resistências entre os acadêmicos e formadores de professores em admitir essa possibilidade. Se a pesquisa do professor se baseia no modelo científico tradicional, acusam-na de ser positivista e ultrapassada; se a pesquisa do professor parte para outras abordagens, acusam-na de ser pouco científica. (p. 30)
Na esperança de mudar o rumo desta história, é proposta então uma nova maneira de educar, onde o objetivo é alcançar uma educação pela pesquisa, pois a mesma proporciona a formação do sujeito crítico, afinal ela é a busca constante de respostas a questionamentos criados no nosso cotidiano, essas indagações possibilitam o surgimento do sujeito que busca constantemente se reconstruir.
Quando falamos de pesquisa e educação devemos ter a consciência de que ambas andam juntas, pois não existe ensino sem pesquisa e tampouco existe pesquisa sem ensino.
Ao iniciar uma pesquisa tem se em mente apenas um determinado assunto, mais quando ocorre o estudo do mesmo, nota-se que as perguntas surgem de forma extraordinária, fazendo com que um universo de questões se amplie, e então aquele determinado assunto ganha novos formatos e se torna um tema inacabável e objeto de estudo que pode ser avaliado por diversos pontos de vista, segundo Maldaner.
Este ciclo de questionamento, construção de novos argumentos e sua comunicação e validação crítica pode dar-se sobre qualquer tipo de conhecimento e prática. Entretanto na sua utilização na formação de professores terá como objeto preferencial o questionamento e investigação de conhecimentos e práticas relacionados à atividade docente. Assim, os objetos de estudo poderão ser as teorias didáticas pessoais, seja dos professores, seja dos alunos, implicando no questionamento das visões de ciência, de educação e de suas finalidades, de conteúdos, de metodologias e modos de avaliação, entre outros. Isto poderá ajudar os futuros professores não só a avançarem em seus conhecimentos e práticas, mas igualmente no seu entendimento epistemológico de como estes se constituem, superando visões simplistas que frequentemente trazem.
(Maldaner, 1999).
A educação pela pesquisa nos proporciona uma qualidade melhor na formação dos novos educadores, e de fato esse é o verdadeiro objetivo da pesquisa, pois a mesma visa o desenvolvimento de novos formadores de conhecimento que sejam capazes de argumentar, questionar e buscar a criação de sua própria base; Deixando de lado aquela figura docente que formam apenas reprodutores de conhecimento.
Aquele educador que não passa pelo processo de pesquisa se torna apenas um transferidor de conhecimento alheio, Demo (2001), mostra de uma maneira clara a diferença entre o professor e o instrutor, para ele se definem da seguinte forma:
Como não é difícil encontrar professor de metodologia na universidade que mal consegue mostrar intelecção satisfatória dos textos que se está lendo e repassando. Fez graduação escutando um “instrutor”, copiando fichas e anotações de aula, “colando” provas, jamais tentou construir elaboração própria, nem isto lhe foi exigido; tem de ciência a noção de algo que não faz parte do seu mundo profissional e cotidiano. À falta de conteúdo, resta apenas a forma, como casta externa frágil e estranha: professor é aquela figura que, tendo graduação, é contratada para dar Aulas. Pior que isso, há instituições de ensino superior que assim se definem: apenas dão aula e têm como professor típico esse biscateiro instrutor. (p.48)
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