PORTIFOLIO PEDAGOGIA 6 SEMESTRE EM GRUPO
Por: luluzinha29 • 19/4/2021 • Relatório de pesquisa • 2.478 Palavras (10 Páginas) • 271 Visualizações
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 4
CONCLUSÃO 8
PROJETO.....................................................................................................................9
REFERÊNCIAS 12
INTRODUÇÃO
Atualmente, muito tem-se discutido sobre a metodologia passiva e ativa de ensino. A primeira se trata de um modo de aprendizagem pelo qual o aluno atua apenas como um receptor do conhecimento passado pelo professor, figura principal nesse modelo, enquanto a segunda coloca o aluno como protagonista em sua aprendizagem, fazendo com que o professor não tenha um papel central, mas sim de auxiliador nesse processo (MITRE et al., 2008).
Também se fala a respeito das brincadeiras, jogos e atividades lúdicas no ambiente escolar. Kishimoto (2008) relata que as brincadeiras são importantes atividades que não atuam somente como uma ferramenta pedagógica, mas também contribui para o conhecimento e desenvoltura corporal da criança em todas suas fases de desenvolvimento.
A brincadeira é uma necessidade das crianças. Porém, Moreira (2019, p. 194) diz que “é tradição, em nossas instituições de ensino, uma educação centrada nos conteúdos, no priorizar a ‘matéria’ para a cabeça dos alunos e não para seu corpo todo, para sua existência”. Assim, percebe-se que o método de ensino passivo, ainda muito utilizado no Brasil, resulta em crianças sentadas por horas em uma cadeira dentro da pequena sala de aula com outros alunos, espaço que não contribui para a brincadeira e movimento dos corpos.
Dessa forma, neste trabalho será discutido a metodologia ativa no ensino infantil e as brincadeiras e atividades lúdicas no ambiente escolar.
O objetivo desta atividade consiste em discutir as relações entre a metodologia ativa de ensino e o desenvolvimento da ludicidade no ensino fundamental.
A metodologia consistiu na leitura, fichamento e discussão do material teórico indicado na proposta, da qual destaca-se três obras: Moreira (2019), Farah (2010) e Costa e Pinheiro (2013). Também foram utilizados outros autores que abordam a temática para a realização da atividade.
Por fim, será apresentado um projeto baseado nas ideias levantadas a fim de contribuir para a solução do problema na proposta do trabalho.
DESENVOLVIMENTO
Moreira (2019) relata em seu estudo que a desenvoltura corporal é invisibilizada nas escolas frente ao ensino intelectual das crianças. Isso se dá por conta que as escolas visam preparar seus alunos para o futuro, e não dão atenção às necessidades presentes nas crianças: o movimento corporal e a brincadeira infantil (MOREIRA, 2019).
Ainda sobre essa perspectiva, Moreira (2019, p. 195) diz que ser criança é uma experiência única na vida de todos humanos, e que é uma fase em que se pode “viver imaginando, sonhando, brincando, construindo castelos, compartilhando segredos e necessidades, correndo ao sabor do tempo e da hora, buscando satisfação na presença do lúdico em sua vida”. As escolas, porém, não são um espaço em que a criança aproveita esse estágio da sua vida. Assim, Focault (apud SOUZA, 2019, p. 9) “compara a sala de aula com uma cela, como um local de sequestro, onde parte da individualidade dos alunos é suprimida por meio de condutas disciplinadoras”.
Ao relacionar a metodologia ativa de ensino com as brincadeiras e jogos, Souza (2019) diz que atividades lúdicas já trazem em si características que colocam a criança como sendo protagonista no processo pedagógico e, de certa forma, agem como uma crítica ao tradicional modelo de ensino realizado apenas em carteiras por exaustivas horas. Além disso, Souza (2019, p. 11) afirma que a “integração do lúdico às práticas educativas poderia embasar uma proposta de ensino que visasse romper com a passividade dos alunos, permitindo a construção coletiva e a expressão das identidades ali presentes”.
Moreira (2019) entende atividades lúdicas como ações que aguçam a criatividade, imaginação e proporcionam o entretenimento e a diversão. Essas atividades podem ser realizadas através de dança, de teatro, bonecas, jogos e outros. Ainda de acordo com o autor,
[...] para uma corporeidade aprendente, é a utilização de propostas pedagógicas hoje disponíveis sobre jogo e esportes para o dia a dia da sala de aula. Mesmo porque a partir delas poderemos ensinar e aprender mais que conceitos, adquirindo atitudes para o bom viver no que diz respeito às relações humanas. Uma educação que se apropria de princípios do jogo e do esporte certamente colabora para a formação de um adulto autônomo e crítico (MOREIRA, 2019, p. 196).
Assim, entende-se que as brincadeiras e jogos devem ser estimulados nos ambientes escolares e utilizados como ferramentas que auxiliam no processo de conhecimento das crianças.
Vivenciar o jogo e o esporte propicia o entendimento do todo, do contexto, sem o que o sentido, o sabor e a paixão, características do jogar, se dissolvam e o encanto se desmanche. Aprender jogando, se movimentando, saindo da carteira e explicitando a liberdade da corporeidade modifica nossa relação com o processo ensino-aprendizagem (MOREIRA, 2019, p. 198).
Farah (2010) aborda o tema “corpo” em suas perspectivas mais fisiológicas, de modo a entender que essa é a nossa unidade física de existência. A autora ainda vai além: levanta discussões a respeito de identidade de gênero, sexualidade, questões raciais e violência. Além disso, também se discute o conceito de corporeidade, sendo essa a forma com que o cérebro manuseia o corpo como ferramenta racional movido pela mente, e que varia em cada estágio da vida (FARAH, 2010).
O estudo de Costa e Pinheiro (2013) faz uma breve retomada histórica dos diversos paradigmas de formas de ensino, e traz vários autores que discutem a importância do papel protagonista dos alunos na construção de seu próprio conhecimento, e que esses o compartilham de acordo com a experiência de vida singular de cada um. Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, refere-se à metodologia ativa de ensino por meio de “temas geradores”, que trata de assuntos abordados em alguma atividade pedagógica a fim de que os alunos possam trazer justamente suas vivências particulares, problematizar certas situações e gerar conhecimento baseado em seu contexto (SOUZA, 2019).
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