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PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  20/10/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.949 Palavras (8 Páginas)  •  117 Visualizações

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 PERFIL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E PROFISSIONAL DE CRECHE:  E SUA TRANSIÇÃO DO ASSISTENCIALISMO PARA O EDUCACIONAL

Poliana Santos Rodrigues

Enoi Pires de Almeida

Daniela Queiroz Amaral Rodrigues

Roseni Santana Brandão Braga

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar o perfil do professor de educação infantil e profissional de creche em sua transição do assistencialismo para o educacional, para tanto foi realizada observações, entrevista e coleta de dados  em campo de uma creche municipal, nos dados observados podemos concluir que em termo de adequação das exigências da LDB, o perfil dos educadores estão condicentes com as normas, mas em relação ao atendimento  ainda a muito que ser realizado para de fato ter um trabalho diferenciado nas Creches, sair do assistencialismo para o educacional.

PALAVRA –CHAVE: História da educação, regulamentação e adequação a LDB, capacitação docente

INTRODUÇÃO

Antes da constituição de 1988 e das leis que regulamentaram as Instituições de Educação Infantil as creches não eram consideradas parte da historia da Educação, não só porque a lei não a reconhecia como parte do sistema educacional, mas também porque se consolidou a imagem da instituição voltada para dar assistência ao pobre.

A separação entre escolarização e assistência, muitas vezes, teve como resultado o fato de que nas creches e nas instituições pré-escolares, não houvesse a exigência de formação profissional para que o trabalho fosse diferenciado em relação aos outros níveis de ensino.

 De acordo com o MEC – Ministério da Educação, na Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

(BRASIL, 2009) estabelece que:

Educação Infantil:

Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (p.12,2009)

A LDB (Lei de Diretrizes e Base) define, a educação da criança de zero a cinco anos como primeira etapa da educação básica. Sendo assim, a Educação Infantil de uma perspectiva assistencialista transforma-se em uma proposta pedagógica aliada ao cuidar, procurando atender a criança de forma integral, onde suas especificidades (psicológica, emocional, cognitiva, física, etc.) devem ser respeitadas.

A LDB definiu também que para trabalhar nas creches e pré-escolas é preciso ter formação docente, ou seja, ser professor (a). Essa lei (LDB, artigo 62) estabelece como meta a formação em nível superior, no entanto, grande parte dos (das) professores (as) que atuavam na educação infantil não possuía ainda o nível médio, por isso que a legislação prevê o curso Normal em nível médio como formação mínima atualmente. Em 2003, o Conselho Nacional de Educação, reforçou essa decisão por meio de uma resolução que determina que o sistema de ensino deva realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício.

Sendo assim o presente trabalho traz resultados de uma pesquisa que pretende trazer informações e experiências de profissionais que atuam em creches e que passaram pela transição do assistencialismo para o educacional, qual o seu perfil, quais as capacitações recebidas, quais as mudanças no trabalho diário com as crianças depois dessa transição, quais as expectativas dos mesmos em relação a sua formação.

Materiais e métodos

A referente pesquisa foi realizada em uma creche situada no bairro Brasil com o Santa Cruz denominada de Creche Municipal Maria de Lourdes Torres Domingos, atende crianças de dois a três anos e onze meses, foi inaugurada em 2006 e possuem cinco salas sendo duas de dois anos e três de três anos, possuem quatorze professores sendo doze que trabalham diretamente com as crianças em sala de aula. Dentre esses profissionais existem os que participaram da transição das creches do assistencialismo para o educacional, como também os que foram contratados após e os que tiveram que se profissionalizar para continuar atuando como educador de educação infantil.

A referente pesquisa foi realizada com base cientifica e acadêmica do desenvolvimento cognitivo de crianças de dois a três anos e onze meses que é a referente idade atendida em creches. De acordo com a visão construtivista de Piaget que é a proposta a qual a Secretaria de Educação utiliza também Angotti que traz referências a questão desse profissional da educação e as Resoluções da LDB, para que assim se possam fazer os questionamentos necessários para a realização da pesquisa de como é o perfil do professor de educação infantil e profissional de Creche e sua atuação na transição do assistencialismo e o educacional.

Foi realizada pesquisa de campo para coleta de dados de quantas professoras passaram da Secretaria de Desenvolvimento Social para a Secretaria de Educação e como ocorreu essa transição bem como as professoras que não participaram do referido processo de transição. Junto a direção da creche, foi escolhido cinco professoras para participar como sujeitos da pesquisa sendo a mesma compostas de profissionais que passaram pela a transição e as que não passaram

 Observações foram feitas com o objetivo de ver a atuação da professora com as crianças, levando em conta afinidade interesse com a proposta da Secretaria de Educação e a polivalência que é necessária a essa função.

 Os questionários foram aplicados com base no desenvolvimento da criança que é atendida em creche bem como as referentes ações esperadas pelas as professoras que trabalham na educação infantil.

Analise das repostas e avaliação das aulas observadas comparando com as respostas dos questionários.

Resultados e discussão

Quando lançamos nosso olhar sobre a história do atendimento à criança no Brasil, percebemos o quanto esse “serviço” sempre teve uma forte ligação com as questões de gênero (delegava-se à mulher, por causa de seu “instinto” materno), com as questões de condição social (eram organizadas instituições principalmente para as crianças pobres, indesejadas e abandonadas), e, um pouco mais tarde, com a questão econômica, quando a mulher, em função do empobrecimento da classe média e da mobilização dos movimentos feministas, entrou no mercado de trabalho.

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