PROJETO DE ESTÁGIO DE LÍNGUA PORTUGUESA – GOSTO DE ÁFRICA
Por: André Carvalho • 20/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.486 Palavras (10 Páginas) • 565 Visualizações
[pic 1]
FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO[pic 2]
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
André Carvalho Nº 9066229
Stephanie Carolinna de Andrade Martins Nº798351
PROJETO DE ESTÁGIO DE LÍNGUA PORTUGUESA-
“GOSTO DE AFRICA”
RIBEIRÃO PRETO – SP
ABRIL, 2016[pic 3]
ANDRE CARVALHO[pic 4]
STEPHANIE CAROLINNA DE ANDRADE MARTINS
PROJETO DE ESTÁGIO DE LÍNGUA PORTUGUESA –
“GOSTO DE ÁFRICA”
[pic 5]
RIBEIRÃO PRETO
2016
SUMÁRIO[pic 6][pic 7]
1. Introdução................................................................................................4
2. Objetivo....................................................................................................4
3. Fundamentação Teórica............................................................................5
4. Metodologia..............................................................................................6
5. O livro.......................................................................................................10
6. A mostra....................................................................................................10
Referências Bibliográficas
1. Introdução
Este projeto de ensino está sendo desenvolvido durante a disciplina de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa como parte integral da disciplina de Ação Pedagógica Integrada – Ensino Fundamental I, a qual abrange o estágio do 5º semestre do curso de Pedagogia. Neste estágio, serão cumpridas 60 horas de atividades, distribuídas da seguinte forma: 12 horas de organização do material, 8 horas de organização e mostra, 10 horas de observação, 10 de conversa com as crianças, 20 horas de desenvolvimento do projeto – sendo 10 horas dedicadas exclusivamente para este projeto –, 10 horas de discussão e aplicação do projeto conjunto às crianças e professora e 8 horas para a mostra de trabalhos feitos pelas crianças durante o estágio, sendo elas 5 horas para organização e 3 horas para realização.
O presente projeto será realizado pelos alunos Andre e Stephanie do 3º ano de Pedagogia, na Escola Estadual Herminia Gugliano, na sala do 1ºano B, no período da tarde, em parceria com a professora Cidinha. A realização e aplicação do projeto serão acompanhadas e supervisionadas pela docente da disciplina Soraya Romano Pacifico e pela educadora Delma dos Santos Bezerra em todas as suas etapas. Após a conclusão da intervenção na escola, será confeccionado um relatório contemplando as atividades elaboradas na escola-campo.
2. Objetivo
Temos como objetivo de nosso projeto “Gosto de África”, trabalhar com a autoria conforme descrita pela Análise do Discurso (AD) de matriz “francesa”. Segundo Silva-Rodrigues e Pacífico (2007, p. 50-57), é importante lembrarmos que a linguagem possui caráter opaco, é incompleta e apresenta movimentos de dispersão e deriva inevitáveis. Desta forma, o sujeito autor é aquele que controla os sentidos do texto, reformula sentidos circulantes e neles imprime sua marca; seu texto é passível de interpretação, que depende da posição ocupada pelo leitor na sociedade; ele organiza o intradiscurso de forma coerente e não contraditória, na tentativa de evitar esta dispersão de sentidos. E, também, promover a descoberta e, possivelmente, apropriação do conhecimento sobre alguns aspectos da cultura Africana.
Para estes fins utilizaremos diversificados portadores de texto que tratem da influência de cultura africana levando-os a refletir sobre a história e a importância da cultura e do povo africano, assim como, o impacto que tiveram no desenvolvimento da cultura brasileira. Incluindo, instrumentos musicais, músicas, poemas e vestimentas típicas. De forma à inspira-los no processo de escrita de textos coletivos, incentivando, sempre, os alunos assumir a posição-autor de suas produções.
3. Fundamentação Teórica
Nós iremos usar como fundamentação teórica o conceito de autoria tal qual exposto pela análise do discurso de filiação francesa através de textos apresentados na disciplina de metodologia do ensino em língua portuguesa. Segundo Tfouni (2001 apud PACÍFICO, 2008), assumir a posição de autor é saber controlar os sentidos e a incoerência de um texto por meio de elementos que promovam a sua coesão. Para tanto, a autora pontua que é necessário ao indivíduo levar em consideração os aspectos dialógicos da linguagem – o leitor, a ideologia e o interdiscurso. Em trabalho sobre os papeis de autor e leitor no jogo discursivo, Pacífico (2008, p. 238) afirma que “(...) toda atividade de linguagem deve pressupor o dialogismo”, elemento este que, segundo Bakhtin (1979, p. 238), é responsável por sustentar todo discurso. Tfouni (1995), afirma ainda que o processo de autoria se relaciona com a noção de sujeito do discurso, em que o autor trabalha no intradiscurso, e o sujeito no interdiscurso, sendo estes dois processos considerados inseparáveis.
Tendo em vista nossa percepção durante as observações, a escola muitas vezes assume que as crianças não consigam ser autoras de seus próprios textos, pois, podem conceituar que são nulas de conhecimentos prévios ou incapazes desse movimento de autoria efetivamente para escrever e construir o pensamento em si e para si. A proposta que nos compreende é de atividades em que todos tenham participação ativa e que possam exercer autoria, inclusive, por meio dos conhecimentos advindos da memória discursiva que cabe a cada aluno. Sempre levando em consideração os diversos sentidos que podem surgir a partir da interpretação, concepção de mundo, ideologias, experiências e fatores internos e externos que o permeiam. Cabe ressaltar que, sob o olhar da análise do discurso que utilizamos, interpretação não significa atribuir um sentido único, os sentidos mudam de acordo com a posição que ocupam aqueles que interpretam. Segundo Orlando (1988) aprender a ser autor é assumir um papel social na relação com a linguagem, inserir-se na cultura e posicionar- se no contexto histórico-social. Assim, tendo por base prática a reflexão e o trabalho com a multiplicidade de sentidos que envolvem os objetos discursivos trabalhados, possibilitando a assunção da autoria. Assim sendo, nossa intencionalidade pedagógica não é a de apenas apresentar textos para as crianças, não queremos que nosso objeto de estudo seja preso as palavras, mas que possam constituir-se com os textos, que os sujeitos e sentidos possam andar juntos (ORLANDI, 2003).
...