PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

1 INTRODUÇÃO

A educação brasileira tem ao longo de sua história girado em torno do eurocentrismo e hoje sente dificuldade de se adaptar a educação voltada para a diversidade cultural. O Brasil é um país de diversas culturas, e é a escola quem acolhe todas essas diferenças, por isso precisa estar sempre disposta a aderir novas praticas para que possa haver uma maior facilidade de convivência com alunos e suas famílias, é necessário que a escola esteja preparada para mudanças e deve contar sempre com professores capacitados e dispostos a cooperar com o bom desempenho da mesma na formação de sujeitos livres de preconceitos e capazes de enxergar na diferença do outro uma forma de conhecimento.

As culturas precisam ser valorizadas, pois são uma das maiores riquezas do Brasil, nós somos frutos da miscigenação dessa forma não existe uma raça totalmente pura, somos todos diferentes, e a escola como principal transmissora de conhecimento deve abordar esse tema em todas as disciplinas de maneira a ensinar os alunos a respeitar e conhecer cada uma dessas diferentes culturas.

2 ESCOLA E DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural é um tema bastante extenso e necessário para a formação de cidadãos conscientes, em meio a tanta desigualdade e preconceitos existentes no Brasil, a escola sente necessidade de abordar esse tema no dia a dia de seus alunos e deve “repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raça/etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais” (PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas Transversais: PLURALIDADE CULTURAL)

Não basta apenas reconhecer que somos diferentes para estabelecer a diversidade cultural e combater os estereótipos que ainda tem uma forte presença entre as crianças na escola e também com milhares de adultos em nossa sociedade, é preciso desconstruir esses conceitos preconceituosos que foram estabelecidos historicamente nas escolas às vezes de maneira despercebida que acabam marginalizando nossas crianças.

A escola deve ser um ambiente harmonioso, formador de alunos críticos, criativos e solidários, capazes de respeitar cada diferença, e se adaptarem as mudanças e para isso é necessário um trabalho coletivo ligando pais, alunos, escola, família e comunidade. A escola tem um compromisso com a construção do conhecimento e a difusão do saber, possibilitando assim que a sociedade introduza-se em seu meio, atuando coletivamente com a comunidade.

Uma escola sem pessoas seria um edifício sem vida. Quem a torna viva são as pessoas: os alunos, os professores, os funcionários e os pais que, não estando lá permanentemente, com ela interagem. As pessoas são o sentido da sua existência. Para elas existem os espaços, com elas se vive o tempo. As pessoas socializam-se no contexto que elas próprias criam e recriam. É o recurso sem o qual todos os outros recursos seriam desperdícios. Têm o poder da palavra através da qual se exprimem, confrontam os seus pontos de vista, aprofundam os seus pensamentos, revelam os seus sentimentos, verbalizam iniciativas, assumem responsabilidades e organizam-se. As relações das pessoas entre si e de si próprias com o seu trabalho e com a sua escola são a pedra de toque para a vivência de um clima de escola em busca de uma educação melhor a cada dia. (ALARCÂO, 2001, p. 20).

A educação não necessita estar ligada somente a escola diretamente, o desenvolvimento de projetos culturais como grupos de teatro, dança e música poderiam ser introduzidos na escola e abertos ao público para que houvesse maior interação da comunidade com o ambiente escolar

A cultura deveria ser mais valorizada e incentivada tanto por parte da escola quanto pelo poder público, pois existem muitos locais que não tem acesso a teatros, bibliotecas e museus que são essenciais para a formação de sujeitos culturais. Todos necessitam de cultura e a inclusão de projetos culturais principalmente pelas culturas presentes no ambiente escolar ajudaria muito nesse processo.

O currículo pedagógico da escola precisa ser revisto de maneira a introduzir o modo de vida dos alunos, a educação necessita de um currículo que possibilite mudanças, que estimule e valorize a diversidade. O currículo é a identidade da escola e deve ser visto como elemento de transformação.

O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja a identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade. (SILVA, 1999, p.150).

. É necessário que se invista em cultura e também na formação continuada do professor, para que seja apto a trabalhar com todos os tipos de diferenças, o professor precisa estar sempre em uma constante rota de aprendizagem para que possa transmitir segurança em cada palavra dita aos alunos, pois a educação tem algo novo a cada dia e o educador precisa crescer junto com seu aprendizado.

Assim, defendemos a proposta de que a formação continuada deve se dar com base na realidade da própria escola, em suas reais necessidades e seu projeto pedagógico. Não se pode pensar a perspectiva de uma nova escola sem colocar como meta primordial a formação continuada. Para tanto, é necessário que a escola se constitua num espaço de crescimento do professor. (SILVA, 2002, p. 15)

E importante definir que o professor tem um papel fundamental para a formação do sujeito cultural, pois é ele quem prepara esses indivíduos para a sociedade, o Brasil necessita de educadores que tenham capacidade de formar indivíduos que respeitem a diferença, sendo capazes de olhar para