Paulo Freire. O significado da leitura
Resenha: Paulo Freire. O significado da leitura. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Viicc • 11/12/2013 • Resenha • 853 Palavras (4 Páginas) • 724 Visualizações
O significado da leitura
Para Paulo Freire, muita de nossa insistência, enquanto professores, para que os estudantes “leiam”, num semestre, vários capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. O autor ainda diz que em sua “andarilhagem” pelo mundo, não foram poucas às vezes em que jovens lhe falaram da luta às voltas com extensa bibliografia a serem muito mais devoradas do que realmente lidas ou estudadas. Verdadeiras lições de leitura num sentido mais tradicional desta expressão, a que se achavam submetidas em nome de sua formação científica e de que deviam prestar contas através do famoso controle de leitura. O autor relata ainda, que parece importante, contudo, para se evitar uma compreensão errônea de sua afirmação, sublinhar que a crítica à marginalização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável com relação à necessidade que temos educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual sem a qual inviabilizaremos a nossa prática enquanto professores e estudantes.
Freire descreve: inicialmente parece interessante reafirmar que sempre vi a alfabetização de adultos como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, com um ato criador. Para mim seria impossível engajar-me num trabalho de memorização mecânica dos ba-be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Nota-se que a partir desta análise não se pode reduzir a alfabetização ao ensino puro das palavras, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse “enchendo” com suas palavras vazias dos alfabetizando. Na verdade, tanto o alfabetizador quanto o alfabetizando, ao pegarem, por exemplo, um objeto, sentem, percebe o objeto e são capazes de expressar verbalmente o mesmo objeto sentindo e percebendo. O analfabeto é capaz de sentir a caneta, de perceber a caneta e pronunciar o vocábulo caneta. Mas nós, porém, somos capazes de não apenas sentir a caneta, de perceber a caneta e, de dizer caneta, mas também de escrever caneta e, consequentemente, de ler caneta. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral.
Na prática, o que se observa é que a escola não vem desenvolvendo as atividades de leitura dentro dessa perspectiva ampla. Sendo função básica de a escola ensinar a ler e a escrever, ela vem privilegiando a leitura do escrito em detrimento da “leitura do mundo”, que a criança já faz e traz para a escola. Além de negligenciar a importância da interdependência entre essas duas leituras, ela vem em relação à leitura do escrito, enfatizando somente o trabalho de levar a criança a adquirir os mecanismos básicos da grafia que lhe permitem o acesso ao mundo do escrito. Embora seja um aspecto relevante do processo de alfabetização, merecendo atenção especial e sistemática do professor, a leitura não deve restringir-se ao ato mecânico de conhecimento, reprodução de palavras e frases, assim como não deve favorecer uma leitura passiva do texto.
Palavra – Chave: Ler, alfabetização, palavra, texto, escrito, leitura.
Fichamento (trabalho de recuperação)
Nome: Vitória Regina dos Santos Viana R.A: b8408c-7 Turma: Ciências Contábeis – Noturno.
Segundo Zoega, num processo natural de aprendizagem,
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