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Pedagogia

Por:   •  30/9/2015  •  Artigo  •  4.997 Palavras (20 Páginas)  •  544 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente artigo apresentado pelo curso de Pedagogia, no 8º semestre de 2015, tem como temática Brincadeira de criança: O lúdico na Educação Infantil.  Na prática pedagógica do professor da educação infantil sugere-se que sejam utilizadas atividades lúdicas como forma de facilitar a motivação do aluno, além de sua adaptação e socialização, visto que, através do lúdico, a criança estando motivada torna-se capaz de adaptar-se melhor ao ambiente no qual está inserida, aprendendo a conviver no dia-a-dia com as pessoas que compõe o meio social. O brincar é uma ferramenta pedagógica que professores podem utilizar em sala de aula, visto que através do lúdico os alunos desenvolvem os aspectos cognitivos, ou seja, a atenção, a concentração, o pensamento, dentre outros.

O brincar na Educação Infantil, tem sido objeto de estudo, sendo sempre levando em conta a grande importância que há em momentos em que as crianças brincam e assim tem o seu desenvolvimento cognitivo cada vez mais ampliado.  Tem muitas crianças que aprende brincado se aprende com mais alegria e entusiasmo. A atividade  em que a brincadeira está presente torna o ambiente da aprendizagem bem mais enriquecedor, pois o ato de educar não está restrito simplesmente a um quadro de escrever e uma carteira onde o aluno fica sentado, vai muito além da transmissão de conhecimento

O lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância. A criança ao brincar e jogar se envolve tanto com a brincadeira, que coloca na ação seu sentimento e emoção. Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total. 

A problemática que será analisada busca compreender a importância dos jogos e brincadeiras como subsídios eficazes na construção do conhecimento infantil através de estimulações necessárias na produção de sua aprendizagem. Com o objetivo de servir aos educadores, pais, psicólogos e as profissionais de áreas afins,  o incentivo da ludicidade as crianças como uma das principais fontes de aprendizagem. Nesse sentido, de forma geral,  buscou-se analisar a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento infantil na faixa etária de 5 – 7 anos. E de maneira específica, estudar sobre o desenvolvimento cognitivo da criança; compreender a importância do lúdico para o desenvolvimento cognitivo e analisar as formas pelas quais o lúdico facilita os processos de ensino-aprendizagem no desenvolvimento infantil. O mundo infantil difere de uma maneira qualitativamente do mundo adulto, nele há fantasia, faz de conta, sonhar e o descobrir. Por meio das brincadeiras, ação mais comum da infância, que a criança terá oportunidade de se conhecer e constituir-se socialmente. Através da espontaneidade do brincar que a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.

Quando o professor consegue conciliar a ludicidade e a aprendizagem, consegue transmitir e construir conhecimentos de forma muito completa. O professor pode trabalhar por meio de uma aula lúdica, utilizando a imaginação, a criatividade, em que cada criança pode se expor de maneira particular, em que as características do brincar estão presentes. Através da elaboração do projeto pude constatar que o ato de brincar tem um papel vital na aprendizagem como o prazer, a socialização, o respeito e também a individualidade, a ludicidade é uma forma de se apresentar os conteúdos fundamentados nos interesses que possam levar as crianças a sentirem uma satisfação em descobrir um caminho novo para a aprendizagem.

Conclui que as atividades lúdicas são úteis e essenciais à vida humana, e uma prática voltada a ludicidade são indispensáveis para que a aprendizagem seja realizada com prazer, divertimento. Para que a ludicidade faça parte realmente do desenvolvimento infantil, é preciso que o professor se veja e se coloque como participante desse processo de construção do conhecimento.


  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

21. A importância do brincar para o desenvolvimento infantil

No que se refere ao desenvolvimento infantil brincar oferece contribuição em vários aspectos e a falta desta atividade pode ocasionar graves conseqüências para o futuro da criança em desenvolvimento. Teles (1997, p.13) apresenta algumas conseqüências em torno da falta do brincar na infância que leva a criança a desenvolver determinadas posturas como: a falsidade; a dissimulação; a agressividade; o desajustamento sexual; vícios; neuroses; falta de iniciativa; isolamento; timidez; preguiça ou lentidão; falta de criatividade.

Portanto, é necessário que se promovam condições para que o brincar aconteça na vida da criança, sem que esta atividade seja tomada como algo inútil ou “não-produtivo” perante a sociedade. O brincar precisa ser uma pratica reconhecida por pais e professores, pois o reconhecimento da relevância deste na vida do infantil é condição essencial para o desenvolvimento da criança criativa, de sua auto-estima positiva, e da criança segura e equilibrada. (TELES, 1997, p.20)

Desse modo, em se tratando de desenvolvimento infantil, é necessário também elencar os cinco estágios de desenvolvimento mental da criança. Piaget (1975) as classifica como: sensório-motora (nascimento aos 2anos), fase pré-operatória que compreende o pensamento simbólico (2 anos aos 4 anos) e o pensamento intuitivo (4 anos aos 7anos), fase das operações concretas (7 anos aos 12 anos) e das operações formais vai dos 12 anos em diante.

Piaget (apud Teles, 1997, p.26) designa como fase sensório-motora (0 a 2anos) quando:

[...] a criança desenvolve o que ele chama de esquemas circulares, pois o bebê, ao descobrir sua capacidade, volta a repetir sempre o movimento. No primeiro mês, ele apenas exerce os reflexos; de 1 a 4 meses, coordena os reflexos e reações; de 4 a 8 meses, repete, intencionalmente, as reações que produzem resultados interessantes; de 8 a 12 meses, distingue os meios dos fins; de 12 a 18 meses, faz experimentação ativa; de 18 a 2 anos, adquire a capacidade de reagir e pensar sobre objetos e acontecimentos que não são imediatamente observáveis.

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